Monday, November 05, 2012

Uma questão de ética e convicção?


Todos conhecemos casos de pessoas que aderiram a alimentação vegetariana ou mesmo vegan, com maior ou menor conhecimento de causa, com maior ou menor entusiasmo, e um dia desistiram, voltaram a pratica alimentar anterior.
Dá-se as mais variadas razões, desde a simples comodidade social até a questões de saúde (!)

O artigo abaixo e sobre esse tema e vale a pena ler integralmente


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Toda a exploração animal representa um mal em si mesmo, pois implica tratar os animais como recursos descartáveis que apenas existem para satisfazerem os nossos caprichos. A resposta à exploração animal não é procurar formas de diminuir o sofrimento dos animais explorados, é rejeitar por completo a exploração. A pergunta para a qual deves procurar resposta não é “como é que se pode retirar a maior quantidade possível de leite a esta vaca de forma a causar-lhe o mínimo sofrimento?”, mas sim “que justiça há em trazer esta vaca ao mundo, engravidá-la repetidamente para que tenha leite, retirar-lhe os filhos logo que nasçam e abatê-la ainda jovem, apenas para satisfazer o nosso paladar?”.
É importante termos o nosso veganismo bem assente em princípios éticos e não numa noção incoerente de diminuição do sofrimento, como se respeitar os animais fosse uma questão quantitativa, um qualquer somatório de medidas avulsas. Tal como acontece com os direitos humanos, ou se respeita os direitos dos animais ou não se respeita, não há posições intermédias. Ninguém diz: “era bom acabar com as violações de mulheres, mas, como é completamente irrealista pedir isso, devemos começar por pedir que os violadores sejam compassivos durante a violação”. Ora, então porque dizemos coisas como “se não te queres dar ao trabalho de adoptar o veganismo, já era bom se deixasses de comer carne”?
O veganismo é um princípio básico de justiça, e a justiça não se aplica aos retalhos nem se suspende só porque nos apetece saborear um produto de origem animal. 
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