Thursday, July 07, 2005

125 Azul



Fazer o quê?
gosto mesmo desta música...
talvez me identifique imenso.


Gostava dos trovante... e sempre apreciei esta letra na voz do Luís Represas

Foi sem mais nem menos
Que um dia selei a 125 Azul
Foi sem mais nem menos
Que me deu para arrancar sem destino nenhum.


Foi sem graça nem pensando na desgraça
que entrei pelo calor
Sem pendura que a vida já me foi dura
Para insistir na companhia.


O tempo não me diz nada
Nem o homem da portagem na entrada da auto-estrada
A ponte ficou deserta nem sei mesmo se Lisboa

não partiu para parte incerta
Viva o espaço que me fica pela frente e não me deixa recuar
Sem paredes, sem ter portas nem janelas
Nem muros para derrubar.


Talvez um dia me encontre
Assim talvez me encontre


Curiosamente, dou por mim pensando onde isto tudo me vai levar
De uma forma ou de outra há-de haver uma hora para a vontade de parar

Só que à frente o bailado do calor vai-me arrastando para o vazio
E com o ar na cara, vou sentindo desafios que nunca ninguém sentiu.


Talvez um dia me encontre
Assim talvez me encontre

Entre as dúvidas do que sou e onde quero chegar
Um ponto preto quebra-me a solidão do olhar.

Será que existe em mim um passaporte para sonhar
E a fúria de viver é mesmo fúria de acabar.


Foi sem mais nem menos
Que um dia selou a 125 Azul
Foi sem mais nem menos
Que partiu sem destino nenhum

Foi com esperança sem ligar muita importância aquilo que a vida quer
Foi com força acabar por se encontrar naquilo que ninguém quer.

Mas Deus leva os que ama
Só Deus tem os que mais ama.


Letra - Luís Represas
Música - João Gil
*

2 comments:

  1. Lindo, Lindo, lindo!
    Também adoro essa música! Tem uma letra magnifíca!
    Beijinho!

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  2. Dá vontade de arrancar estrada fora a ouvi-la...
    Até que apetecia, com este calor que tem feito, tenho os miolos quase fritos!
    =P

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