Wednesday, September 27, 2006

Percursos inesperados


Mary Kay Letourneau e Vili Fualaau casaram-se em 2005
Um final feliz?

A história é invulgar: estamos em 1997, ela é uma professora de 34 anos, casada e mãe de quatro filhos, ele um seu aluno, um menor de apenas doze ou treze anos...

Na sequência do envolvimento amoroso que ocorreu entre os dois, Mary Kay Letourneau é acusada pela família de Vili Fualaau de violação, presa e condenada a alguns meses de prisão.

Está grávida e a primeira filha do casal nasce ainda nesse ano.

Após retornar à liberdade, Mary Kay Letourneau e Vili Fualaau continuam a encontrar-se; de novo apanhados ela é condenada, mais uma vez grávida e desta vez a sete anos de prisão

Segundo parece foi colocada uma restrição legal à possibilidade de ambos se poderem voltar a contactar, no futuro... essa restrição foi levantada em 2004 e um ano depois Mary Kay Letourneau e Vili Fualaau levam o seu projecto de união às últimas consequências legais e da forma mais aceite socialmente: casam-se



o casal vive actualmente com as duas filhas

Houve aspectos que discordei de imediato na altura do escândalo: Mary Kay Letourneau foi presa de modo absurdamente ignomioso: acorrentada e olhada como um monstro de um modo que por vezes nem acontece com pedófilos e seus crimes com vítimas com metade da idade de Vili Fualaau; depois a descriminação sexista entrou em acção: houve todo um espirito de choque acrescido por se tratar de uma mulher...

Obvio que não me parece à partida uma opção saudável uma mulher de 30's envolver-se sexualmente/amorosamente com um rapaz de metade dessa idade, seu aluno... mas tambem me parece óbvio que Vili Fualaau não foi violentado físicamente, nem coagido mentalmente e terá agido na sua vontade como ainda hoje continua a fazer...


São palavras de Mary Kay 'partilho com Vili uma unidade espiritual profunda, um sentido de humor compatível e uma perspectiva de vida'.

Fora polémicas penso que é sempre importante contextualizar todo o caso, generalizar pode ser o maior dos passos para practicar a injustiça
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