...para grande alivio de todos aqueles de quem somos os principais predadores e carrascos -acrescento eu.
(não lembro agora quem é o autor/a da frase que dá o título ao post)
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«L’avocat des bêtes»! O advogado dos animais, ou das bestas, para aqueles menos versados na língua de De Gaulle, o tal que disse que o Brasil não era . . . Um livro extraordinário que acaba de ser publicado, infelizmente, só em França.
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O autor, Michel Klein, veterinário, especializado em animais ditos selvagens, há décadas que prega: Por causa dos homens, numerosas espécies de animais têm desaparecido. Se não tomamos urgentes providências um dia é o homem que desaparecerá.
Como é triste ter que estar inteiramente de acordo com tão fúnebre perspectiva!
Numa entrevista na TV disse ainda o Dr. Michel: Nós não somos mais do que um chimpanzé com o cérebro um pouco maior!
E mais: Em milhões de espécies animais, o homem é o único que criou um completo sistema de auto destruição: governos, administração pública, impostos, exércitos, etc., para subjugar toda a espécie, acabando por se aniquilar!
Matamo-nos por bel-prazer, destruímos o nosso meio ambiente, por ignorância e sobretudo ganância (e o de milhares de espécies animais de quem também dependemos) e insistimos em cientificamente nos querermos intitular de sapiens. Sabemos, sim, destruir.
Os outros animais, não chamados de sapientes mas que sabem muito, muito, de inúmeras coisas de que nós nem suspeitamos – como por exemplo os tais chimpanzés que distinguem no meio das florestas (as poucas que lhes sobram) as plantas e os minerais que devem comer quando estão doentes, o que o sapientíssimo homem só sabe quando vai ao médico e olha lá . . . - ao conversarem entre si devem considerar-nos não um parceiro, nem mesmo um longínquo parente, mas algo que surgiu neste mundo para desgraça global.
Fazemos cinzeiros e porta-canetas das mãos desses maravilhosos primatas, bengaleiros das patas dos elefantes, ingerimos pó de chifre de rinoceronte como afrodisíaco, matamos aves maravilhosas para nos enfeitarmos e filhotes de focas para fazer sofisticados casacos de peles, mantemos em cativeiro passarinhos minúsculos porque cantam bem, etc. Ah! E ainda usamos insecticidas e pesticidas para matar mosquitos e quejandos que já andavam por este mundo bem antes da vovozinha Lucy ter visto a luz deste planeta há uns dois ou três milhões de anos.
Parece que de sapiens nada temos. Fomos dos últimos a aparecer e seremos o primeiro a causar a destruição total em vez de aprendermos com os povos primitivos como se convive com a Mãe Natureza.
Mas . . . andar nu na floresta não dá dinheiro. Todos teriam que trabalhar para comer, viver, sobreviver. Não cria postos de trabalho para os compadrios e/ou quadrilhas, nem necessita de governos, senados, câmaras legislativas, governadores e toda essa infernal máquina que, parecendo-nos lenta, nos vai torturando e levando à morte com uma velocidade incrível.
Ao homem faltou aprender uma coisa: ser simples! Ao ser simples ele pode reconhecer o Outro como o seu mais próximo!
E nunca deve chamar a um indivíduo menos culto ou inteligente: Sua besta ! A menos que o queira elogiar.
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O autor, Michel Klein, veterinário, especializado em animais ditos selvagens, há décadas que prega: Por causa dos homens, numerosas espécies de animais têm desaparecido. Se não tomamos urgentes providências um dia é o homem que desaparecerá.
Como é triste ter que estar inteiramente de acordo com tão fúnebre perspectiva!
Numa entrevista na TV disse ainda o Dr. Michel: Nós não somos mais do que um chimpanzé com o cérebro um pouco maior!
E mais: Em milhões de espécies animais, o homem é o único que criou um completo sistema de auto destruição: governos, administração pública, impostos, exércitos, etc., para subjugar toda a espécie, acabando por se aniquilar!
Matamo-nos por bel-prazer, destruímos o nosso meio ambiente, por ignorância e sobretudo ganância (e o de milhares de espécies animais de quem também dependemos) e insistimos em cientificamente nos querermos intitular de sapiens. Sabemos, sim, destruir.
Os outros animais, não chamados de sapientes mas que sabem muito, muito, de inúmeras coisas de que nós nem suspeitamos – como por exemplo os tais chimpanzés que distinguem no meio das florestas (as poucas que lhes sobram) as plantas e os minerais que devem comer quando estão doentes, o que o sapientíssimo homem só sabe quando vai ao médico e olha lá . . . - ao conversarem entre si devem considerar-nos não um parceiro, nem mesmo um longínquo parente, mas algo que surgiu neste mundo para desgraça global.
Fazemos cinzeiros e porta-canetas das mãos desses maravilhosos primatas, bengaleiros das patas dos elefantes, ingerimos pó de chifre de rinoceronte como afrodisíaco, matamos aves maravilhosas para nos enfeitarmos e filhotes de focas para fazer sofisticados casacos de peles, mantemos em cativeiro passarinhos minúsculos porque cantam bem, etc. Ah! E ainda usamos insecticidas e pesticidas para matar mosquitos e quejandos que já andavam por este mundo bem antes da vovozinha Lucy ter visto a luz deste planeta há uns dois ou três milhões de anos.
Parece que de sapiens nada temos. Fomos dos últimos a aparecer e seremos o primeiro a causar a destruição total em vez de aprendermos com os povos primitivos como se convive com a Mãe Natureza.
Mas . . . andar nu na floresta não dá dinheiro. Todos teriam que trabalhar para comer, viver, sobreviver. Não cria postos de trabalho para os compadrios e/ou quadrilhas, nem necessita de governos, senados, câmaras legislativas, governadores e toda essa infernal máquina que, parecendo-nos lenta, nos vai torturando e levando à morte com uma velocidade incrível.
Ao homem faltou aprender uma coisa: ser simples! Ao ser simples ele pode reconhecer o Outro como o seu mais próximo!
E nunca deve chamar a um indivíduo menos culto ou inteligente: Sua besta ! A menos que o queira elogiar.