Tuesday, November 24, 2009

medicina: não ha certezas de nada e está em evolução...



...ou seja, as verdade de hoje podem bem verificar-se ser erros, amanhã!

Como qualquer retrospectiva sumária pela história atesta.

Entretanto alguem vai pagando isso, literalmente com a vida.


Depois da notícia abaixo, e agora que ganhou de novo o direito a ser ouvido e a interagir, Rom Houben recupera tempo perdido e capacidades físicas com fisioterapia, alem de escrever o que será um livro sobre o que é estar 23 anos encerrado num corpo sem qualquer capacidade de comunicar, mas... consciente de tudo!


* * *

Foram 23 anos preso a uma cama e a ouvir e ver tudo o que se passava à sua volta, mas sem conseguir reagir. Um belga vítima de um acidente de viação ficou totalmente paralisado e os exames médicos diagnosticaram-lhe coma, mas na realidade o homem esteve sempre consciente. Neurologista alerta que pode haver casos semelhantes.
Há 23 anos, quando sofreu o acidente, Rom Houben foi submetido a vários testes motores, verbais e oculares, conta a BBC. Os resultados indicaram que o paciente estava em coma, mas o diagnóstico estava errado, pois o belga estava consciente. A verdadeira situação de Houben só foi descoberta há alguns meses, quando foi submetido a exames de tomografia de última geração: os resultados indicaram que as áreas cerebrais relativas à consciência e à interpretação da informação auditiva e visual estavam a funcionar.
Desde essa altura, o belga tem sido submetido a fisioterapia e já consegue comunicar escrevendo mensagens no computador. “Nunca vou me esquecer do dia em que descobriram qual era o meu verdadeiro problema. Foi o meu segundo nascimento. Em todo este tempo eu tentava gritar, mas não havia nada para as pessoas ouvirem”, disse o belga, citado pela BBC, vincando que “frustração é uma palavra muito pequena para descrever” o que ele sentiu durante 23 anos.


O verdadeiro estado de Houben foi descoberto por uma equipa liderada pelo neurologista Steven Laureys, chefe do Grupo de Coma do Departamento de Neurologia da Universidade de Liège, que publicou o estudo relativo a este caso.
À BBC, Laureys deixou um alerta: “Só na Alemanha, em cada ano, 100 mil pessoas sofrem de traumatismo cerebral grave. Estima-se que de 3 mil a 5 mil se mantêm presos em um estágio intermediário entre o coma verdadeiro e a total recuperação de sentidos e movimentos. Vivem sem nunca mais voltarem.”



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