Sunday, December 04, 2011

Bat World Sanctuary





Neste pequeno vídeo podemos observar como os voluntários do Bat World Sanctuary alimentam e cuidam de um pequeníssimo morcego da fruta abandonado pela sua mãe. Um vídeo super amoroso até para aqueles que não acham muita piada a estes mamíferos alados.

A mãe de Lil’ Drac foi salva, após ter estado enclausurada num zoo. O stress da sua transferência, fez com que abandonasse o pobre morceguinho. Segundo os especialistas, não é algo incomum quando a mãe não se sente segura.

Felizmente, o Lil’Drac foi encontrado logo após ser abandonado e alimentado à mão pelos voluntários do Bat World Sanctuary.

Foi examinado, aquecido e confortado com um cotonete quente e húmido, para simular a língua da mãe. Depois, foi alimentado. Para isso, colocaram um pedacinho de esponja na sua boca e depois de o Lil’Drac a ter agarrado, foram-lhe deitadas gotinhas de leite adaptado para que ele pudesse mamar.
Os dias passaram, ele tornou-se mais forte e a sua personalidade começou a ser notória… Os voluntários aperceberam-se que o pequeno Lil’Drac gostava de se embalar depois de comer.
Cuidadosamente é escovado para o encorajar a tratar do seu próprio pêlo.
O Lil’Drac cresce e torna-se mais forte de dia para dia… E embala-se…

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...e muito a propósito, o texto abaixo...

É que para quem ja teve o privilegio de despertar para isso, dar oportunidade e beneficiar uma vida -independente da espécie a que pertença ou de qualquer outra condição ou escala de valores... pode ser por si só uma das mais belas experiências que podemos ter nesta vida.

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O tempo e as várias reflexões que tenho feito sobre a temática e sobre essa tão badalada pergunta, permitem-me chegar a várias conclusões.
Primeiro que tudo, não há voluntariado mais nem menos nobre, todas as formas de dádiva e de contribuição acarretam um si uma grande nobreza porque permitem fazer o bem, sem olhar a quem. Sem olhar se esse bem que estou a dar de forma livre e espontânea é para um humano ou para um animal.
Se todos fizessem voluntariado com crianças, quem ajudaria os idosos? Se todos ajudassem os idosos, quem faria voluntariado com as crianças? E se todos apenas fizessem voluntariado com crianças e idosos, quem olharia pelos milhares de animais abandonados todos os anos?


Somos nós que tornamos nobres as causas onde nos envolvemos pela forma como lutamos por elas. Se trabalharmos com respeito, honestidade, vontade e muito amor não há causas no voluntariado menos dignas!
Dizer que um animal é menos digno que uma pessoa para merecer que alguém gaste o seu tempo com ele prova que nós, humanos, andamos muito enganados em relação à natureza. A convivência com animais tem-me ensinado que são seres maravilhosos.
De forma errónea o ser humano assumiu a supremacia de todas as espécies, colocando-se numa espécie de pódio que não lhe pertence, julgando que por ser dotado de racionalidade se poderia superiorizar à natureza, tornando-se um semi-deus sobre todas as espécies e sobre toda a natureza.
Por vezes basta um evento natural (um tornado, um terramoto, etc.) para recordar e reduzir o ser-humano à sua posição na cadeia natural.


Por isso, julgar que o voluntariado com animais é menos digno que com humanos, é continuarmos a considerar que estamos acima das outras espécies e da própria natureza.
Se somos nós os seres racionais, porque fazemos e temos atitudes que me parecem desprovidas de qualquer racionalidade para com os animais e com a natureza? Não somos nós seres-humanos que abandonamos, maltratamos, ferimos, magoamos, deixamos morrer à fome tantos milhares de animais por ano?
O animal tem-nos provado a sua incrível capacidade de resistência, de tolerar a dor, as feridas, a fome e até mesmo as mudanças climáticas e naturais. Os animais são uns resistentes, por isso não me podem dizer que merecem menos ou não merecem de todo que alguém se dedique a ajudar de forma voluntária aqueles que o próprio ser-humano mal tratou ou abandonou.
Afinal, o que é ser voluntário afinal? Acredito que quanto mais damos, mais temos para dar. Este é o verdadeiro lema de um voluntário. É a capacidade de nos despojarmos do nosso próprio eu em prol dos seres que amamos. É dar e nunca ficar mais pobre, antes pelo contrário, é enriquecer em sorrisos, em felicidade, em bem-estar e dignidade no outro.
Ser voluntário é dar sem esperar nada em troca, esse nada que é tudo, porque a recompensa é tão grande quando vemos que conseguimos dar a outro ser a felicidade, uma vida melhor, um sorriso, um olhar de gratidão eterna e de comunhão, de paz, de amizade sincera sem esperar retorno.
Por isso, o que importa é servir uma causa nobre, seja ela qual for, onde quer que haja alguém a precisar!

(ambos textos a itálico vêm de: http://www.mundodosanimais.pt/)

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