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...e na falta desse amor primeiro, mal processando tão dura prova, seguem a vida incapaz do mais básico e importante dos amores: a capacidade de se amar a si própria (o), raiz indispensável para igualmente bem-amar e gerir eficazmente os afectos externos a si.
Escolhi trechos que acho emblemáticos do artigo da Vanessa Tulesky, mas aconselho a leitura integral.
(a perspectiva é astrológica, mas podia ser outra... aqui fala-se de almas feridas)
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Em 1973, Saturno transitava por Câncer, ainda distante de formar contato tenso com Urano em Libra. Mas os antigos rivais/parceiros já estavam em campo se preparando para a batalha. Saturno em Câncer que, dentre outras coisas, pode falar do doloroso embate com os pais, ou da profunda necessidade deles, beirando as raias da dependência. Saturno em Câncer, que pode ser a mãe extremada ou uma mãe extrema de qualquer tipo. Saturno em Câncer, tão sensível... Ou tão duro: as malhas conservadoras da ditadura na América Latina e, no restante mundo, de todas as inseguranças políticas. Saturno em Câncer que não quer chorar por fora, mas o faz por dentro... Mas Urano não deixará isto ocorrer sem colocar gigantescos holofotes. “Você não gosta de mim, mas sua filha gosta.”
Em 1973, Saturno transitava por Câncer, ainda distante de formar contato tenso com Urano em Libra. Mas os antigos rivais/parceiros já estavam em campo se preparando para a batalha. Saturno em Câncer que, dentre outras coisas, pode falar do doloroso embate com os pais, ou da profunda necessidade deles, beirando as raias da dependência. Saturno em Câncer, que pode ser a mãe extremada ou uma mãe extrema de qualquer tipo. Saturno em Câncer, tão sensível... Ou tão duro: as malhas conservadoras da ditadura na América Latina e, no restante mundo, de todas as inseguranças políticas. Saturno em Câncer que não quer chorar por fora, mas o faz por dentro... Mas Urano não deixará isto ocorrer sem colocar gigantescos holofotes. “Você não gosta de mim, mas sua filha gosta.”
Quase quarenta anos se passaram e Urano está no vibrante Áries, e Saturno, quem diria, em Libra. Plutão - que em 1973, em Libra, formava quadratura com Saturno, dando um tom de suspense àquele ano devido à Guerra Fria - agora está em Capricórnio, com um novo suspense, desta vez ligado à ameaça de um colapso na economia. Escolha qual dos dois pratos tem mais pimenta: a Guerra Fria, com sua ameaça de destruição nuclear, ou o receio de um colapso na Economia Mundial. Em suma, para quem não é versado em Astrologia, os três planetas lentos estão ativando os mesmos signos que estavam há quarenta anos atrás, só que em posições trocadas. Isto cria uma ligação oculta entre aquele tempo e este de agora. Naquele tempo, quando o poder de Plutão e a rebeldia de Urano estavam contidos em um só signo (primeiro em Virgem e depois em Libra), os rebeldes estavam levando surras homéricas ao redor de toda a Terra. Mas agora, durante a quadratura entre os dois planetas (espécie de segundo round, quarenta anos depois), as coisas estão um pouco diferentes.
...O que têm em comum estas quatro mulheres? Uma excruciante dor de amor, a funda ferida de uma rejeição: todas têm problemas com a mãe. Nenhuma se sentiu amada.
Estas mulheres falham em nome da mãe. Precisam cumprir a profecia de não serem dignas de serem amadas ou de serem felizes. Tiveram de engolir uma incontornável dificuldade e hostilidade neste relacionamento primário. Tentaram lutar contra isto à exaustão, e por isto se afundaram.
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Enxuguem o excesso desta sensibilidade, parem de insistir no que é inútil. Descubram, por favor, a sua verdade, como Chico Buarque fez nos anos de chumbo, quando nunca escreveu recados tão eloquentes, que a grosseira artilharia da ditadura não conseguiu filtrar.
Meninas, dêem fim aos seus sofrimentos por sua própria conta, como quem rasga um papel de uma dívida infinita. Declarem sua independência, como tantos países fizeram sempre que acharam que era tempo de terem seus próprios governos. Não esperem que suas mães abram as portas de suas gaiolas e as levem brandamente para os seus ninhos.
Meninas (e meninos mal amados), há coisas que vocês só descobrirão por si mesmas, se ousarem fazer isto, o que requer coragem. A vida nunca disse que seria fácil, e tampouco segura. Saltem para fora de seus muros (sim, ele estava lá, mas vocês depois os reforçaram com mais tijolos de sofrimento, mágoa, culpa e autopiedade) e verão que não é difícil fazer isto e que não se tornarão meninas más, pois o sofrimento deixou uma pequena pérola em seus corações. Olhem para ela e dêem-na a quem a merece, principalmente a vocês mesmas.
Meninas queridas, preciso lhes dizer que bruxas não se transformam em fadas, a não ser em éons, e não há mais tempo para esperar por isto. Se vocês não tomarem uma atitude (e, se realmente procurarem, encontrarão um número enorme de ajudas e tratamentos, para todos os bolsos), ninguém fará isto por vocês.
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