Tuesday, June 12, 2007

das crianças... do que não devia acontecer...


notícia

Lisboa - Ishmael Beah foi uma criança soldado obrigada a combater no exército na Serra Leoa quando tinha apenas 12 anos. Resgatado pela UNICEF, vive actualmente em Nova Iorque e conta tudo em «Uma Longa Caminhada», editado em Portugal pela Casa das Letras.

Ishmael Beah nasceu na Serra Leoa em 1980. Mudou-se para os Estados Unidos, em 1998, e concluiu os dois últimos anos do secundário na Escola Internacional das Nações Unidas em Nova Iorque. Em 2004 formou-se pelo Oberlin College com um bacharelato em Ciências Políticas.

Em entrevista à Rádio Renascença Ismael explicou que o livro é para mostrar ao mundo «o que a guerra faz às pessoas, ao espírito humano; como destrói as culturas, as comunidades, rouba a humanidade de cada um».

«Por vezes, quando as pessoas tomam contacto com este conflito – e é uma das razões pela qual escrevi este livro – pensam que naquela parte do mundo todas as pessoas são violentas e que, por isso, houve uma guerra. Mas não. A população nunca foi violenta, foi empurrada para isso. É essa ligação humana que falta e eu quero que os leitores façam quando ouvem falar sobre estes conflitos longínquos», afirmou.

Actualmente, calcula-se que existam mais de 250 mil menores recrutados ou utilizados por forças ou grupos armados, essencialmente em África, mas também na Ásia e na Colômbia (pela guerrilha).

Leia a entrevista com o autor de Uma Longa Caminhada: Memórias de um Menino Soldado


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Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil
Em Portugal há cerca de 20 mil crianças a trabalhar na agricultura

Lisboa – Assinala-se hoje o Dia Mundial do Trabalho Infantil e segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), em todo o mundo pelo menos 70 por cento da mão-de-obra infantil trabalha na agricultura. Em Portugal, dados do Ministério do Trabalho revelam que pelo menos 20 mil crianças trabalham no sector agrícola, sendo impedidas de ir à escola.É o sector agrícola que mais explora a mão-de-obra infantil, segundo a OIT, uma das actividades mais perigosas, já que expõe as crianças a pesticidas tóxicos e ferramentas perigosas.A zona de maior incidência de trabalho infantil, em Portugal é a zona Norte, onde os menores têm que ajudar a família na agricultura de subsistência.
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Ana Maria Mesquita presidente da Confederação Nacional de Acção Sobre Trabalho Infantil (CNASTI), alertou para que «as piores formas de exploração de crianças e adolescentes, como a prostituição, tráfico de droga e pequeno crime» existem nas grandes cidades, sobretudo nos bairros degradados do Porto e de Lisboa.
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