Saturday, June 16, 2007

Vicky Halls



vickyhalls.net/

Durante alguns meses namorei o livro, desde a primeira vez que o tinha folheado me pareceu muito interessante, fiquei com curiosidade sobre a autora e deliciada com a profissão que lhe descobri.

Por uma razão ou outra acabava adiando a compra, ou era a famosa falta de tempo, ou outros livros que estavam em fila de espera e que tambem queria muito ler, ou simplesmente porque não me dava jeito trazer mais um volume em mãos habitualmente às voltas com excesso de pastas, livros, documentos e carteiras tambem superlotadas desse tipo de artigos.

Aproveitando a última feira do livro em Maio, lá fui em demanda do pavilhão certo dos vários que a Europa-América tinha, e lá voltei para casa finalmente acompanhada do desejado Cat Confidential em versão portuguesa: Segredos de Gato -O Livro que o seu Gato Gostaria Que Lesse

Estou encantadissima, claro, e já tenho dado gargalhadas com partes que acho hilariantes. São leituras ainda curtas dos últimos dois dias mas já com dois capítulos devidamente absorvidos. Cada bichano é um caso e um desafio. O trabalho da Vicky é descobrir as razões dos desvios de comportamento e devolver-lhes a saúde emocional e física e a boa integração no meio ambiente já corrigido depois de detectivescamente ter percebido as razões do mau estar. Uma socióloga felina, enfim...
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Senhora desta informação, achei que estava na hora de conhecer o Monty. Nessa altura, a Isobel parecia muito ansiosa e profundamente preocupada com o facto de eu poder ser atacada. Lembro-me de ter dito um gracejo ligeiro do tipo 'vamos lá deixe o tigre sair da jaula!' reclinando-me despreocupadamente para lhe mostrar como era valente. Assim que a porta se abriu entrou por ela, como um relâmpago, uma mancha ruiva que parecia ter uma espécie de problema de spin nos pés enquanto tentava desesperadamente obter um ponto de apoio no soalho laminado. Esse correr no mesmo local depressa originou o momentum necessário, e ele dirigiu-se a grande velocidade na minha direcção. Ao mesmo tempo que levantava voo senti no rosto a ironia do meu presunçoso sorriso e preparei-me para o impacto. Pois bem, o Monty começou-me a morder a mão, o braço, a perna, o bloco de apontamentos, a caneta e tudo o mais que pudesse parecer gostoso. Enquanto o sangue jorrava, procurei manter a compustura e dignidade escrevendo (o melhor que conseguia) alguns comentários extremamente relevantes no bloco, que rapidamente estava a ser reduzido a tiras. Essas notas tintas de sangue estão agora preservadas para sempre por detrás de vidro e penduradas na parede do meu consultório. Quando me sucede sentir-me satisfeita comigo mesma ou arrogante, basta-me olhar para aquele troféu da minha completa estupidez e isso faz maravilhas. Sejamos realistas, a senhora disse que doía e eu devia ter-lhe dado ouvidos.

Tudo aconteceu no espaço de segundos, mas com uma ausência de dimensão temporal semelhante a um sonho e parecia durar uma eternidade. Quando por fim a poeira assentou e o Monty se deslocou para alvos mais receptivos, tive oportunidade de dizer à Isobel e ao Andrew as razões pelas quais achava que o Monty se comportava daquela maneira tão agressiva.

(excerto do capítulo 3 - O Gato Agressivo)


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2 comments:

  1. Anonymous11:46:00 pm

    En Italia, publicado por Salani Editore

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  2. Anonymous11:47:00 pm

    En Italia publicado por Salani Editore

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