Tuesday, October 30, 2007

Feiras e tambem lindos & feios...


Sábado dei uma voltinhas na Gare do Oriente chamada por uma Feira de Artesanato Étnico e Esotérico que vai lá estar até 20 de Novembro.

Tambem há uma mostra de automóveis e uma feirinha do livro ao centro do espaço.

Encontrei uns candeeiros de sal em enorme variedade de tipos e formatos lindos! Entre outras coisas catitas.

Acho que adorava comercializar eu própria uma coisa destas! :-)

São fantásticos, dão um ambiente super-relaxante: falo por experiência porque tenho em casa faz tempo.

Ainda no dia de sábado conheci mais de perto o último livro de Umberto Eco, não comprei mas está agendado para breve. Fica um aperitivo :

FRANKFURT - Narizes com verrugas, pele flácida e coxas gordas podem ser belos e fascinantes, segundo o escritor e acadêmico italiano Umberto Eco, que teceu elogios a corpos pouco convencionais na Feira do Livro de Frankfurt, na semana passada.

Eco, que está divulgando seu novo livro, "On Ugliness" (sobre a feiúra), disse que os corpos feios são mais interessantes que os belos, porque a feiúra não conhece limites.

"Descobrimos como é divertido buscar a feiúra, porque a feiúra é mais interessante que a beleza. A beleza frequentemente é entediante. Todo o mundo sabe o que é a beleza", disse o autor de "O Nome da Rosa" e "O Pêndulo de Foucault" no lançamento de seu novo livro.
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O livro, que desenvolve o tema de "História da Beleza", que Eco publicou em 2004, narra a história da feiúra ao longo dos anos, fazendo referências a pinturas célebres como "Mulher Chorosa", de Pablo Picasso.

Embora Eco tenha admitido que a feiúra, assim como a beleza, está nos olhos de quem a contempla, ponderou que esse pendor pelo que é formado com estranheza é, na realidade, um traço universal.

"Existem rostos horrorosos dos quais gostamos. Jerry Lewis é feio, mas gostamos dele", disse Eco, referindo-se ao semblante amigável do humorista norte-americano.

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Escritor, semiólogo, Umberto Eco faz uma peregrinação em 15 capítulos pelo universo do feio no seu estilo inconfundível, de forma tão empírica quanto teórica. A obra, do autor de O Nome da Rosa, inspira-se numa veia iconográfica vastíssima. Ao longo do livro, encontramos o feio na natureza, o feio aliado ao espiritual, exploram-se conceitos como desarmonia e assimetria, desfiguração e debilidade, pinta-se a *vileza ou banalidade, o grosseiro ou o grotesco, o horrendo ou o repulsivo. A narrativa de Umberto Eco é uma espécie de cartografia de emoções que alinha excertos picarescos de Rabelais (a invenção dos "limpa-cus" no tomo I de Gargântua e Pantagruel, 1532), o Manifesto Surrealista, de André Breton (1924), e a descrição de um inimigo de James Bond a ser devorado por tubarões no filme Vive e Deixa Morrer (1954).

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*Aqui para nós, o cruzamento obrigatório entre fealdade versus maldade estimulado por um certo imaginário popular -outra forma de preconceito, sempre me deu que pensar! É que as duas coisas não tem nada a ver...
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2 comments:

  1. tanto para fazer e eu sem tempo...


    bejs

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  2. tens que arranjar,querida! dá para aproveitar o feriado de amanha+fim de semana?
    bjs

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