Friday, July 27, 2007

E para finalizar, a terceira da trilogia...

livro



...trilogia quase espontânea que criei aqui em três posts sucessivos e que podia bem ser chamada de 'mulheres que intervêm activamente no mundo'...

*
Já trouxe Ayaan a esta casa virtual faz algum tempo mas agora tenho todas as razões para a trazer de novo, ela escreveu um livro que está a ser um êxito além de ter preparado o roteiro de um filme dando visibilidade a muitos dos temas islâmicos numa perspectiva intimista

Ayaan, filha de Hirsi que era filho de Magan: ainda em criança sabia recitar os nomes dos oito séculos de antepassados da linha paterna. Se não memorizava a bem, então era a mal e sempre às mãos da implacável avó. Lembra o Livro de Génesis e o recital dos descendentes dos patriarcas. Quando Ayaan conta a história da sua infância em Mogadishu na Somália e mais tarde na Arábia Saudita, na Etiópia e no Quénia, somos transportados para a época bíblica onde a tribo e o clã estão omnipresentes e a vida individual não conta. Apesar de haver camiões e carros, telefones e rádios, é um mundo muito distante do nosso.

[...]

Ela conta tudo, com uma candura quase compulsiva, não omitindo nada. Conta os horrores, mas também as benesses, Lembra-se da tirania da família e do clã, mas também da solidariedade e generosidade deles em tempos difíceis. Fala da ternura dentro da família, ternura que, apesar, da crueldade, também existia.

Fala, sobretudo do pai que adorava, e que relativamente ao obscurantismo generalizado na Somália, era um homem moderno e esclarecido, e que queria que a filha tivesse acesso ao ensino. Ele não concordava com a mutilação genital das raparigas mas a avó, na ausência dele, obrigou a mãe a cumprir com a tradição.

(texto completo no site da vigorosa Patrícia Lança )

mais e mais

*

2 comments:

  1. complemento q faltava, sem dúvida . Mas chocante!
    Tal como as imagens q hoje a televisão reproduziu de uma entrevista feita pela jornalista Márcia Rodrigues ao embaixador do Irão em Portugal e em que ela se apresentava totalmente vestida de negro - calça e casaco comprido, véu mas sobretudo luvas de cabedal calçadas enquanto fez a entrevista!
    Assim vão as mentes em pleno sec XXI eem plena capital europeia

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  2. Brrr...
    Ainda não vi, mas pelo que contas deve pertencer ao número de casos em que há uma manifestação de respeito para com a outra cultura...
    Pena que seja uma manifestação absolutamente literal...
    *suspiro*

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