outras leituras

Diário das Minhas Viagens - Casa das Letras

Em tempo de semi-férias é tempo de ler o livro da Angelina Jolie em cenários bem verdadeiros:

África

Muitos refugiados foram forçados a cortar pessoas. Chegam-lhes uma arma à cabeça ou encostam-lhes uma faca de lado. Passam-lhes para as mãos espadas ferrugentas ou vidro afiado. São forçados a cortar mãos, pés, ou braços e pernas completos de pessoas que conhecem – com muita frequência, membros da família. Essas pessoas estão a ficar loucas. Já não conseguem funcionar como deve ser. [...] Não existe praticamente nenhum aconselhamento para estes casos. Mal existe financiamento suficiente para a sobrevivência física, quanto mais ajuda para a sua recuperação mental e emocional.
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Parto amanhã para o Paquistão. De propósito, esperei até agora para começar a ler a fundo o que se está ali a passar e no vizinho Afeganistão, onde as pessoas fogem para salvar a vida.

É uma vergonha que durante algum tempo eu consiga tão fácilmente fechar a porta aos problemas do mundo, quando estou em segurança em casa.



Paquistão

Vamos de carro até uma zona de bairros de lata perto de um terminal de autocarros e de um mercado de fruta. Os pobres vivem aqui para poderem aproveitar a comida deitada fora – a maior parte, podre. É uma zona muito triste que inclui muita exploração sexual de crianças. Disseram-me que as crianças vendem os corpos pelo equivalente a cinco cêntimos.

O Sach (grupo de mulheres que lutam pela mudança. Sach significa verdade em urdu) está aqui a trabalhar para ajudar as crianças. Muitas têm apenas seis anos. São levadas para o comércio do sexo e outras situações violentas. Há aqui outros programas a tentar ensinar os direitos das crianças.

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'Angelina é a prova viva do poder que todos temos -todos nós- de fazer a diferença'

(Janne Goddall - Fundadora The Jane Goodall Institute e mensageira da Paz da ONU)
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