Wednesday, April 15, 2009

espiritualidade e "cerumano"... no seu pior!


De vez em quando há notícias destas. Desde o início deste ano, o caso abaixo, em relato no DN, é conhecido. Sem conclusões à vista, para variar...

***é nestas alturas que me apetece pegar a minha nave espacial e regressar ao meu planeta... é que este não é o meu lar de certeza.***




Macumbas com sacrifício de animais investigadas

Sintra. A situação é conhecida da associação Animal e do gabinete veterinário municipal: animais são sacrificados em rituais macabros. O caso foi denunciado à PJ, que o remeteu ao MP, que arquivou agora o processo. Uma antropóloga diz que há práticas religiosas que podem ser confundidas com bruxaria
O Ministério Público de Sintra decidiu arquivar um inquérito sobre o sacrifício de animais na serra de Sintra porque não conseguiu identificar os responsáveis, mas admite reabri-lo "se surgirem novos elementos de prova". A denúncia partiu de Jorge Nascimento, um lisboeta que costuma passear aos fins-de-semana junto à lagoa Azul. "Costumo vir com a família e comecei a encontrar animais mortos e moribundos, cães, gatos, cabras e até sapos pregados nas árvores", conta.
"Fiz a denúncia à Polícia Judiciária [PJ] há quase um ano, mas isto está cada vez pior", assegura. Além dos animais, diz que é frequente encontrar muitas velas, comida e garrafas de bebidas alcoólicas. "É desolador e há também o risco de incêndio", avisa.
De acordo com o processo, a que o DN teve agora acesso, a PJ remeteu o caso à Comarca de Sintra por considerar "que a investigação não cabe nas suas competências". A procuradora-adjunta classificou os factos de "crime ambiental" e delegou as diligências na GNR de Sintra. Após cinco meses de investigações, o Serviço de Protecção da Natureza (SEPNA) devolveu os autos de inquérito sem ter conseguido apurar responsabilidades. No final de Setembro, a procuradora Susana Nunes arquivou o processo e enviou cópia da denúncia à Câmara de Sintra, "para os fins tidos por convenientes", sem informar que o processo fora arquivado.
A notícia do arquivamento apanhou de surpresa o Gabinete Médico-Veterinário Municipal, que continua a acompanhar o assunto com preocupação. "Quase todos os sábados vamos buscar sacos de animais mortos à lagoa Azul", revela Alexandra Pereira. As autoridades sabem que os animais são mortos sobretudo em cultos religiosos e acreditam que tenham origem ilegal.
Entre os vestígios recolhidos já apareceram corações. "Um deles teve de ir para análise porque parecia de humano, mas apurou-se que era de porco", conta a veterinária, para quem está em causa não só o bem-estar animal mas também a saúde pública. Além disso, diz,
a liberdade religiosa não pode servir de desculpa, porque a lei proíbe "todas as violências contra animais de companhia, nomeadamente todos os actos que, sem necessidade, inflijam a morte, o sofrimento ou lesões" e a violação desta disposição é considerada "uma contra-ordenação punível com uma coima entre 500 e 3740 euros".
Para Jorge Nascimento, "a lagoa Azul é a capital da bruxaria e chegam a vir pessoas do estrangeiro para fazer 'tratamentos'". Numa das macumbas detectadas pelo DN já em Novembro, era visível uma cabeça de cabra e pedaços de um galo envoltos em farinhas e frutas. Ali perto, o chão estava coberto de velas junto a panos pretos e vermelhos, garrafas de cachaça e whisky, roupa e charutos.
Estes casos são conhecidos pela associação Animal, que admite existir "uma actividade frequente de cultos diversos que incluem o abate ritual de animais em Sintra, na Arrábida e noutras zonas". Mas segundo Miguel Moutinho, "as denúncias reportam-se sempre aos vestígios mas nunca permitem identificar os autores".

***

CONHEÇA:

http://www.manifestoanimal.org/index.php?option=com_content&task=view&id=17&Itemid=31

2 comments:

  1. sem comentários ?????????????
    ninguem se preocupa com o assunto ?
    ninguém tem coragem ? passam ao lado virando a cara?
    nalguns casos a intervenção da Sepna tem tido desfechos favoraveis... fazem inaueritos , vão a casa das pessoas q torturam animais , aplicam coimas ou retiram os animais ... mas arquivar o processso por falta de provas ... parece o relato do caso de Entre os Rios q os coitados dos familiares é que ainda têm de arcar com as despesas judiciais !!
    fica bem , dentro do possivel destas noticias assustadoras.

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  2. Af, é o país/mundo que temos, Greentea!
    Tirando activistas e apaixonados p/ causa que não olham a esforços, a maioria fica inerte; saber de atrocidades é terrivel, desgastante, há até os que dizem
    "eu prefiro nem saber essas coisas, já que não posso fazer nada" Até certo ponto posso perceber, mas... como vamos erradicar maus procedimentos se não tomamos conhecimento deles?! E é sempre possivel fazer algo, a multiplos níveis.
    bjs

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