Vou a caminho do terceiro livro , Filhas do Deserto.
Ainda não li mas sei que é centrado na luta de Waris Dirie contra a MGF
A mutilação genital feminina continua a ser praticada não só em 28 paises africanos (A ONU estima que seis mil raparigas e mulheres sejam diariamente atingidas por ela) como tambem é praticada no Ocidente por emigrantes oriundos desses paises que não abdicam da tradição.
Tem sido particularmente importante a criação de leis específicas em cada país para proibir esta práctica, contrariando assim todos aqueles que invocam o direito constitucional de liberdade religiosa...
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É facil erguermo-nos e falar contra algo distante - é fácil falar da MGF para uma sala de estranhos [...]
Falar da MGF no Ocidente era fácil - a verdadeira batalha é na Somália. Alá conduziu-me de volta ao meu país para que eu pudesse saber o que tem de ser feito. Rezo para que ele me dê a para força para falar ao meu próprio povo de uma forma que possam escutar e compreender. A minha visita mostrou-me como será dificil as pessoas mudarem - mas estou cheia de esperança. Amo o meu país. Se me perguntarem neste preciso momento onde desejaria estar - cantarei sobre África. "Olá, África! Como estás? Eu estou bem e espero que tu tambem."
(excerto final de Aurora no Deserto)
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Confesso que eu não consigo nem sequer imaginar uma dor dessas... Hoje no sociedade civil uma mulher (da associação dos direitos da criança, ou de proteção À criança...)dizia que essas violências e outras acontecem ainda pq os homens é que dominam, e eles não sentem essas dores, pois a violência atinge silenciosamente às mulheres... se fosse a glande do pênis que fosse mutilada, o mundo ficaria chocado e se mobilizaria pra que acabasse, mas como é com as mulheres eles estão se nas tintas... Mas nós não estamos... estamos solidárias... Marian, eu preciso agir, preciso fazer alguma coisa, não consigo mais ficar parada... mas não sei o que fazer, por onde começar...entende... Beijinhos...
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