Friday, June 17, 2005

Culpa e Liberdade



O indivíduo perde a sua culpa e troca-a por inocência infantil, pode novamente atribuir a culpa disto ao pai malvado e à mãe pouco afectuosa. E, durante todo esse tempo, ele está preso neste inelutável nexo causal, como uma mosca numa teia de aranha, sem se aperceber de que perdeu a sua liberdade moral.

Mais, por mais pecados que pais e avós possam ter cometido contra a crinaça, o homem que é realmente adulto aceitará esses pecados como a sua própria condição, que tem que ter em consideração. Apenas um louco se interessa pela culpa de outras pessoas, visto que não a pode alterar. O homem sábio aprende com a sua própria culpa. Ele perguntar-se-á: Quem sou eu para para que tudo isto me aconteça?

Para encontrar a resposta a esta pergunta fatídica, ele olhará para dentro do seu próprio coração.

C.G. Jung - Psicologia e Alquimia
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