Thursday, June 23, 2005

Falar de especismo



[...] A minha complacência foi perturbada quando conheci Richard Keshen, um colega de estudos em Oxford que era vegetariano. Durante um almoço perguntei-lhe porque não comia carne e ele começou a falar das condições em que vivera o animal cuja carne eu estava a comer. Através de Richard e de sua mulher Mary, a minha mulher e eu travámos conhcimento com Roslynd e Stanley Godlovitch, tambem vegetarianos, a estudar filosofia em Oxford. Nas longas conversas havidas entre os quatro - e em particular com Roslynd Godlovitch, que tinha estabelecido a sua posição ética com um pormenor considerável - convenci-me de que ao comer animais participava numa forma sistemática de opressão de outras espécies pela minha própria espécie

in Libertação Animal - Peter Singer
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2 comments:

  1. De uma forma bem egoísta, o que me levou mais a pensar no vegetarianismo foi o facto de estar a ingerir outro ser. Será que já pensaram que assim que um corpo morre ele começa a entrar em decomposição e todas as energias da morte, por assim dizer, desse animal vão ficar dentro de nós.
    Ah, até me agonia!
    Se bem que o meu 1º impulso para ser vegetariana foi bem mais básico: os budistas não comem carne. (risos)
    Beijo!

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  2. É bem real o que dizes, Ananda!
    Para além da questão ética, o facto de comer carcaças animais deixa-nos com essa energia de morte e também com todos os detritos energéticos libertados pela agonia e sofrimento do animal... mesmo de um ponto de vista estrictamente físico o terror que geralmente acompanha essas mortes (para já não falar das vidas miseráveis e condições de transporte) libera imensos toxicos ... que vamos ingerir e com eles construir o nosso corpo!

    Não me lembro do autor, mas é uma grande verdade a frase que diz: "Somos o que comemos"
    Beijinhos :)

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