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imagem
Músculo floral,
abre-se pouco a pouco
De manhã a anénoma dos prados
ainda no seu regaço
a luz polífona
de retumbantes céus
irradia
Na tranquila florescência, flexionado
o músculo de infinita recepção
Tantas vezes submerso em plenitude
que a chamada à tranquilidade do pôr do Sol
com dificuldade te torna a dar
as pétalas descontraidamente abertas:
tu, a firmeza e a força
de muitos mundos.
Somos violentos
e aqui permanecemos mais tempo
Mas quando, em qual de todas as nossas vidas,
nos abriremos finalmente
e nos tornarmos receptivos?
*Sonetos a Orfeu de Rainer Maria Rilke
*Poema incluido no livro de Thomas More - Educar a Alma
*
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