Sunday, December 31, 2006

Alien, ou a iniciação feminina



Quem diria que a já clássica saga cinematográfica de Ridley Scott , Alien, 8º passageiro , com Sigourney_Weaver no papel principal, poderia ser interpretado enquanto alegoria de uma iniciação feminina ?
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Vejamos a trama do roteiro de Alien.

Uma jovem é retirada de seu meio habitual — a Terra — para ser imersa em um ambiente selvagem, não domesticado — o espaço intergaláctico —, onde deve passar por inúmeras provas que a confrontam com o aspecto da feminilidade ao qual ainda não tivera acesso: a maternidade, que a aterroriza e que adquire para ela a forma horrenda de um monstro. Mas ela é levada a assumi-la progressivamente. Ao longo dos quatro episódios, ela se torna sucessivamente: ama-de-leite de um gatinho, mãe adotiva de uma menina, genitora de uma fêmea e de um macho não humanos. Ripley acabará incorporando o lado animal que a torna mulher. Para tanto, deverá submeter-se à última prova — a morte — para renascer das próprias cinzas totalmente metamorfoseada, ainda mais forte e feminina do que antes. Assim, torna-se capaz de abater definitivamente o dragão maternal, o que a autoriza a ser reintegrada à sociedade humana, retornando à Terra.

As iniciações masculinas e femininas que ocorrem em outros contextos culturais — bem reais — legitimam o acesso dos indivíduos a um papel procriador que lhes permite passar do status de criança ao de adulto, apto a ser pai (cf. Moisseeff 1992; 1995; 1998). A iniciação da heroína de Alien, ao contrário, a leva a recalcar seu papel materno: ela o incorpora, mas para melhor silenciá-lo, matando a própria progenitura que gerou. O simbolismo da morte e do renascimento da heroína, dramaticamente veiculado nos dois últimos episódios de Alien, é justamente o que caracteriza a iniciação masculina nesses outros contextos culturais: graças a essa prova, os homens se transformam na própria garantia da fertilidade feminina. Podemos perceber que, se o alvo das iniciações tradicionais e utópicas diz respeito ao futuro da função reprodutora, o tratamento a que se submetem adquire direções contrárias (Moisseeff 2003a; 2003b): no primeiro caso, cabe aos homens, os iniciadores masculinos, favorecer a expressão da maternidade; no segundo, cabe à mulher privar-se desta. Essa inversão simbólica reflete maravilhosamente a transformação das relações entre os sexos que se está produzindo nas sociedades modernas e ocidentais: não caberá à mulher pós-moderna, representada pela estrela de cinema Sigourney Weaver, adotar uma função materna imposta pelos homens, e sim, em uma posição de comando, participar do controle dessa função. As mulheres são vistas como os heróis do futuro, capazes de domar a reprodução.

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O texto é de Marika Moisseeff, titulado O que se encobre na violência das imagens de procriação dos filmes de ficção científica e começa tendo como base o Admirável Mundo Novo de Aldous Huxley; segue para Alien e a autora aborda ainda outras obras de ficção cientifica
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Saturday, December 30, 2006

Para todos e para cada um...






















Desejos de um ano de 2007 melhor que o 2006 que está findando para todos os seres vivos deste belo planeta, são os meus desejos para todos e para cada um...

É natural que aqui tenha tempo de voltar ainda em 2006, mas fica desde já esse voto! ;-)

Brincar com algumas tradições em: trazoutroamigotambem

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Sabe que...



...a abóbora protege a visão, a função respiratória e cardíaca? (ver outros artigos)

e que o morango previne e trata a fadiga?

Kiwi: benéfico para situações de hipertensão, depressão e fadiga

Banana: excelente para combater o síndroma pré-menstrual

Laranja - como antioxidante e neutralizante de substâncias tóxicas

e maçãs ajudam na recuperação de ressacas alimentares ou alcoolicas!


(informações que vieram principalmente daqui)
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Em todos os dias, a todas as horas... III


















Caros Amigos
Temos aqui um 'amiga' que precisa da nossa ajuda. Passa-se que os donos morreram à relativamente pouco tempo, e esta «pequena» ficou sózinha e está em riscos de ser recolhida para o canil do Montijo. Pelas fotos é bem vísivel o estado em que o animal se encontra.
Alguma vizinhança na rua tem sido bastante benevolente em relação ao animal, dando-lhe de comer... porém, não é o suficiente. Infelizmente, a maior parte já começou a fazer queixas e a mostrar algum desagrado visto que a cadela de mais ou menos 2 anos e meio, chora noite e dia.
Tem sido muito complicado! O animal sente imenso à ausência dos donos...
Pedia, desde já, a vossa ajuda para tentar arranjar alguém que queira acolher esta cadela que é linda... que se chama "Carla".
Desde já, muito obrigado. Envio em anexo fotos.

Data:28/12/2006

Contactos: Francisco Ferreira 93 590 01 28

Com os melhores cumprimentos

Cristina Nogueira
SOS Bicharada (com muitos casos urgentes tambem)
Tel: 96 424 29 26

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Em todos os dias, a todas as horas... II

















Oi!
Estas pestinhas andam á procura de lar se achas que tens amor e condições para lhes dar contacta: 967641921 ou 967816339! Se não passa a palavra...Obrigada
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Homenagem a Biscuit





















Biscuit era a mascote da Anifieira

Escreve Maria Pinto Teixeira:

O Biscuit era o cartão de visita da associação, sempre disposto a receber os visitantes com saltos de alegria e beijos. O seu amor pela liberdade custou-lhe a vida, mas durante o tempo que passou connosco sabemos que foi o nosso residente mais feliz. Dava gosto vê-lo a correr e saltar pelos campos e a voltar ofegante e satisfeito para"casa". É essa a imagem que vamos guardar dele para sempre.

Gostaria de aproveitar a oportunidade para fazer um apelo a todos os que vivam na zona Norte do país.

Apesar de todos os nossos esforços para terminar as obras no abrigo (que incluem a construção de novas boxs e a criação de um espaço de passeio para os nossos animais), muitos dos cães que habitam a Aanifeira vivem fechados em jaulas pequenas de onde nunca saem para esticar as patas e ver um pouco do mundo exterior.

Para estes animais, mais ainda do que uma cama quentinha ou um petisco diferente, o melhor presente de todos é um passeio ao ar livre para dar umas corridas, sentir cheiros diferentes, ter um momento de liberdade e alegria.

Por isso agradecemos a todos os que possam vir aos sábados passear alguns dos nossos animais. A Aanifeira situa-se numa zona rural, com zonas verdes muito bonitas e ideais para passeios.

Se estiver disponível para ser um "padrinho de passeios" dos nossos animais, por favor envie um email para aanifeira.projectos@gmail.com e ser-lhe-á enviado um croquis com as indicações para chegar até ao nosso abrigo e os horários nos quais poderá visitar-nos.

Segue em seguida o texto do Victor, que conseguiu entrar na alma do nosso Biscuit e escrever as palavras que eu tenho a certeza que ele gostaria de nos ter deixado.

Abraços a todos,

Maria Pinto Teixeira


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Olá Amigos:
Peço desculpa por só agora enviar notícias, mas esta transição foi um pouco confusa... por vezes demoramos um pouco a apercebermo-nos da nossa nova condição, principalmente quando ela é feita num momento de felicidade.

Queria agradecer do fundo do meu coração a todos os voluntários e amigos da Aanifeira pelo carinho com que sempre me trataram. Graças a vocês, recuperei a confiança no Ser Humano.

Não me recordo bem como nem porquê entrei na Aanifeira, mas lembro-me que foi um momento de grande tristeza, pois aqueles a quem eu tinha jurado fidelidade eterna deixaram-me num local desconhecido sem meterem dado qualquer hipótese de encontrar o caminho de regresso a casa. Pouco tempo depois vi-me rodeado de seres na mesma condição que eu, alguns numa profunda tristeza, outros numa imensa revolta, outros ainda, conformados e outros tão confusos como eu...

Aos poucos fui entrando na rotina diária: umas pessoas enormes vinham limpar o chão e depois davam-nos comida e água. A comida não era muito variada, mas eles tinham sempre a preocupação de que esta nunca nos faltasse.

Por vezes nós brigávamos por causa da comida, ou por causa duma mantinha, ou por causa de um lugarzinho mais favorável, ou por causa de qualquer coisa... na realidade brigávamos porque por vezes esta rotina cansa-nos; ver sempre os mesmos focinhos aborrece-nos; estar constantemente a empurrar os outros por falta de espaço enerva-nos; estar sempre no mesmo metro quadrado mata-nos aos poucos... Não é nada fácil a vida num canil!

Comecei aperceber-me que de quando em quando vinham pessoas diferentes visitar-nos, faziam-nos uns miminhos e davam-me uns biscoitos que eu gostava muito. Um casal em especial vinha lá regularmente e começaram a levar-me a passear um dia por semana a que eles chamavam sábado. Sabia-me tão bem aquele passeio semanal. Todo o stress acumulado ao longo da semana esvai-se um pouco com aquele pequeno passeio e os dias custavam menos a passar. Começaram a chamar-me Biscuit e até achei piada ao nome.

Nunca soube o porquê, mas eles deixaram de aparecer... eu mantinha-me colado à porta na esperança que eles viessem. Mas passaram algumas semanas e continuaram sem aparecer. Comecei a ficar desesperado! Talvez lhes tivesse acontecido algo e isso deixava-me muito preocupado. Tentei chama-los. Gritei por eles e nada... todos os sábados tentava, mas eles não apareciam. Comecei a achar que ele talvez eles não voltassem... Bom... os humanos são mesmo assim. Não sabem dar valor ao compromisso. E que ser fiel é estar sempre lá. Nem que esse sempre seja apenas um sábado por semana! Não sabem o quanto ficamos dependentes desse compromisso.

Decidido a não confiar mais nos humanos e a conquistar a minha independência, comecei a estudar uma forma de sair da Aanifeira.

Os meus "colegas" diziam-me para eu não o fazer, porque ali tinha comida e água, um abrigo e algum conforto e que o mundo lá fora era cruel e que talvez pudesse ter a sorte de ser adoptado por alguém que nos desse um lar outrora perdido.

Mas eu tinha tomado a minha decisão e iria com ela em frente. Sabia por onde se entrava e saía e algumas pessoas eram distraídas e se fosse suficientemente rápido, iria ter sucesso!

Um dia a oportunidade surgiu e a sorte sorriu-me bem na hora. Já estava tão desesperado que quase trepava pelas paredes. Liberdade, doce liberdade! Por uma porta entreaberta, saí que nem uma flecha, pulando e dançando de alegria. Senti vários humanos atrás de mim, mas nem olhei para trás, só queria correr, correr desenfreadamente! Na estrada, nos campos, no mato, no pinhal, tantos cheiros novos, tantos caminhos para percorrer, ervas para rebolar... ahhh... é isto que nos faz sentir VIVOS! Corri até ficar exausto...

Depois de todo este esforço, a fome apertou um pouco, a sede já me secava a garganta e precisava de descansar. Olhei em volta e não vi nada que me pudesse saciar... "aqui pelo menos temos comida e água, um abrigo e algum conforto", lembrei-me do Teddy ter-me dito. Talvez tenha razão! Agora que a minha ânsia foi acalmada, talvez fosse bom regressar. Se calhar já não me aceitam de volta... ou se aceitarem, vou levar uma bronca daquelas... ou ainda me vão bater como faziam os anteriores donos e amarram-me a um canto sem comida nem água... bem... tenho de arriscar, afinal de contas aquela é a minha casa agora e é a eles que devo a minha fidelidade.

Lá voltei, um pouco a medo, mas cumprindo a meu dever. Podia ter optado por ir em frente, buscando outras paragens na esperança de conseguir beber, alimentar-me e um local para me abrigar. Mas os caninos têm por obrigação nunca abandonar a mão que o alimenta e cuida, mesmo que isso signifique levar pancada!

Apesar dos meus receios, fui bem recebido e recolocado no meu lugar! Os outros vieram logo perguntar-me como tinha sido, se me tinha cruzado com muitos cheiros novos, se tinha visto humanos maldosos, se vira os cães que ouvíamos ladrar ao longe durante a noite... mas eu estava tão feliz e cansado, que comi um pouco e fui para o meu canto dormir tão relaxadamente como há muito tempo não dormia.

Comecei a fazer a minha própria rotina... cada vez que podia, escapava-me e ao fim dumas horas voltava. Fi-lo repetidas vezes, até que as pessoas começavam elas próprias a colocar-me cá fora... bastava eu pedir muito muito muito... eh eh eh...

As terras circundantes da Aanifeira já não me eram estranhas e fui tratado com tanto carinho que tinha de dar algo em troca. Achei por bem tomar contas dessas terras. Comecei achar que ali era um lar perfeito. Um local onde animais e pessoas se relacionavam lindamente. Um grupo muito bonito se tinha ali juntado. E apareciam pessoas novas, que nos cumprimentavam, mimavam, davam-nos um biscoito. Tudo fantástico... bem, quase tudo! Havia aqueles que não paravam e seguiam sempre pelas minhas terras. Eu ia atrás deles furioso, dizendo-lhe para virem conhecer o "lar perfeito". Mas porque não paravam eles? Eu queria muito que eles parassem...

Neste momento estou no céu dos cães. É um local fantástico, com muita ervinha verde, com cheiros de todo o tipo (todos os dias encontro um cheiro novo), espaço imenso para corrermos e brincarmos. Temos sempre alguém que nos faz uma festa ou nos coça as costas (huuuummm, sabe tão bem). Comida variada, com muitos sabores, aguinha sempre fresca a correr em riachos. É lindo isto aqui. Encontrei todos os meus amigos que tinham partido antes de mim. Brincamos juntos, dormimos a soneca ao sol juntos e quando nos chateamos vamos para longe uns dos outros para nos voltarmos a encontrar quando a chatisse termina. É lindo o céu dos cães.

Só me entristece um pouco a saudade que tenho de todos vocês! Mas de vez em quando irei até aí! Já me disseram que poderei ir. Talvez alguns de vocês não me consigam ver, mas enquanto mantiverem viva a minha memória, estarei correndo na rua e nos campos da Antiga Bolsa de Gado em Mosteirô.

Obrigado pela melhor vida que me puderam proporcionar.
Biscuit
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Tuesday, December 26, 2006

Importante



Em época de festejos é mais que provável o uso e abuso de bebidas alcoólicas para a maioria das pessoas...

Os resultados negativos estão patentes todos os dias em estatísticas e a comunicação social não se poupa a esforços na divulgação; apesar disso as mesmas cenas repetem-se infinitamente.

A propósito disso, veio o texto abaixo sobre a ditadura social quantas vezes presente a interferir em detrimento de escolhas mais saudáveis!
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Se tem uma coisa que eu detesto é quando tentam mudar minha cabeça de uma coisa certa pra algo errado. Geralmente fazem isso com bebida. Em festas, as pessoas ficam levemente horrorizadas quando digo que não bebo, aí usam subterfúgios pra me forçar a fazer o que elas acham socialmente correto (algo como um terraforming).

Beber "socialmente" é um ato aceitável, até mesmo incentivado. Enturma as pessoas, facilita namoros, aproxima os colegas de trabalho, e nesse fim-de-ano a coisa toda se torna mais evidente nas confraternizações que antecedem o ano novo. Só que esquecem que o álcool é uma droga, com efeitos muito similares a maconha, cocaína, crack, etc. Cria uma dependência química e psíquica, induzindo a um desvio de comportamento que muitas das vezes se torna perigoso pra própria sociedade e pra própria família (estão aí as milhares de mulheres que sofrem violência em casa, esposas de alcoólatras que não me deixam mentir). Então, por que o álcool é "aceitável" e a maconha não? Basicamente porque a maconha não está enraizada na cultura humana. É muito mais difícil pra um ilibado pai-de-família, com seus 50 anos, admitir que está cometendo um erro ao tomar aquela cervejinha "pra desopilar" do que dizer que está "bebendo socialmente", afinal, ele só está repetindo o que o pai fazia, e o que o avô e bisavô faziam antes deles.

Lembrando que até a pouco tempo o cigarro era tido como um símbolo de glamour, amplamente aceito socialmente e usado por todas as celebridades, mesmo se sabendo dos riscos de câncer na garganta e no pulmão. E por que o cigarro tem sido banido na última década? Não é exatamente pelo seu bem-estar, mas não deixa de ser uma preocupação com sua saúde. Por que? Porque nos EUA e Europa, cada vez mais pessoas doentes lotavam hospitais e sobrecarregavam os servições de saúde com tratamentos longos e CAROS pro governo. Processos eram movidos contra as indústria de cigarro e também ao governo, por permitir a venda de uma substância tão nociva sem, que o consumidor seja informado disso. E é por isso que temos avisos em cada propaganda de cigarro, fotos horríveis em cada maço, não porque o governo se preocupa com você, pois se se preocupasse simplesmente
baniria a venda de cigarrros - mas porque ele não quer ser processado.

Lembrem disso quando estiverem bebendo "socialmente"

(texto no saindodamatrix
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Monday, December 25, 2006

Um novo ano que chega...



texto e imagem do somostodosum desta semana

Talvez você já tenha se feito esta pergunta: “o que realmente importa em sua vida? Quem realmente importa?”. Sei que este parece ser um questionamento muito simples, mas quando mergulhamos profundamente na questão, descobrimos que nem sempre vivemos a partir daquilo que realmente tem importância pra nós!

Somos incitados, quase que hipnotizados, diariamente, a engolir verdades que não são nossas, regras impostas por quem não sabe nada sobre nosso coração, leis inventadas sem levar em conta delicadezas como um coração, uma alma, um sentimento. Apenas determinações na tentativa de nos manipular, de nos julgar, de nos imprimir rótulos que nada dizem sobre nossas dores nem tampouco sobre nossos amores.
[...]
Pois é isso que desejo a mim e a você neste tempo de recomeçar, de refazer os planos, de relembrar os sonhos, de reabrir os caminhos tortos desta busca sagrada: a loucura da alegria de viver... pautada naquilo que realmente tem importância.
[...]
Que 2007 seja – de verdade – bem menos rótulos, muito menos preconceito e mais, cada vez mais, regido pelo que tem importância! E no fundo, no fundo, a gente sempre sabe o que realmente importa, especialmente quando decide abandonar a postura medíocre de juízes do Universo para agir com o coração!

O que realmente importa... de Rosana Braga
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Clonagem... e já agora analisar alguns mitos!





















Um destes dias ao folhear uma revista Science & Vie de Maio-2005, encontrei uma matéria sobre a utopia que pretende colocar em práctica a ideia de clonar o homem-histórico que conhecemos como Jesus Cristo; para o fazer teriamos que contar com o material genéctico supostamente presente no conhecido Santo Sudário, isto partindo do principio que esse material é de facto de Cristo.

Pois foi mesmo essa última questão que me deixou com mais reservas... o acreditar na possibilidade de realização imparcial de todo o processo! Claro que cada passo levanta
numerosíssimas questões cada uma mais importante que a outra: mesmo que fosse possível -e eu acho que não é, termos a certeza que estavamos com o material genéctico 'certo', o obstáculo seguinte seria a própria sequência de DNA estar incompleta (nada que a ciência não resolvesse) mas sobretudo parece-me da mais elementar prudência colocar em dúvida se o facto de reproduzirmos um corpo igual produziria uma personalidade, alma, espírito iguais

Passo a palavra para os que aprofundam várias das questóes:

Sobre a veracidade do Santo Sudário (do ateusbr.blogspot.com)

Outra opinão...

Sobre a clonagem

Mais especulações...

(A morte na cruz era uma pena comum aplicada como método de execução na época em que Jesus viveu. Um método de repugnante barbaridade, pelo sofrimento que infligia ao condenado como se pode perceber pela Fisiopatologia da morte de Jesus Cristo)


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No principio somos todos mulheres...



A lengalenga onde o Deus dos hebreus teria retirado uma costela de Adão e com a mesma produzido Eva, a única mulher sem umbigo... Não passa de uma tolice e uma inversão do ato de dar a vida. Pois antes do cidadão atual, existiram outros hominídeos que tiveram o homem como seu antepassado quaternário. Através do estudo do Cromossomo X, ficou provado que não foi à mulher que imergiu do homem... Mas sim, o homem que nasceu cerca de 140 mil anos depois da primeira Eva mitocôndrial. Pois o macho só surgiu milhares de anos depois que a fêmea passou a guardar os ovos dentro do próprio corpo, para que ele não ficasse a mercê das alterações de ambiente. No principio a vida desconhecia a diferença entre o feminino e o masculino, já que ao receber os genes alheios, a Célula fazia o papel de fêmea e ao penetrar em outra para injetar o seu material genético, ela fazia o papel de macho. O fato dos homens possuírem 2 mamilos que não têm utilidade. É mais uma prova de que o homem começa como feminino. E de que os genes do sexo só teriam se especializando com o tempo e a Evolução por que passaram. Pois até hoje, (quando blastócito e embrião), o homem começa como feminino, passa para masculino e sai de dentro da mulher... A título de curiosidade lembramos que quem tem a função de disparar o mecanismo de ativação da diferenciação masculina do embrião é o gene SRY, que é um pedaço do cromossomo Y. E que até a sétima semana após a fertilização, o embrião humano não tem uma definição de sexo, uma vez que só após há sétima semana, é que o gene SRY começa a se expressar, produzindo uma proteína que entra em funcionamento e começa a criar as características do fenótipo masculino.

Já que os humanos têm o sexo masculino determinado pelo Antígeno HY, que existe no cromossomo Y, e que é transmitido basicamente pelo pai biológico. Pois os embriões humanos começam a gestação como feminino e só passam para masculino caso recebam as informações contidas no Antígeno HY... A versão de alguma mãe virgem seria uma fantasia sem qualquer fundamento cientifico e na contra mão da realidade. Pois as “Estórias da Carochinha” que nos são enfiadas goela a baixo sobre alguma mãe que não precisou copular para ter um filho homem... Não passa de uma interpretação que visa levar o crente à adoração de alguma suposta mãe Virgem.

Mesmo sendo possível que as mulheres engravidem por meio de um Espermátide, um Espermatozóide, da Partenogênese, da Clonagem, através de algum processo onde o núcleo de alguma célula somática é inserido num óvulo humano maduro [...] É incontestável que todos os filhos gerados sem o DNA de algum macho, seriam forçosamente do sexo feminino e uma cópia da sua mãe biológica.

daqui
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Sunday, December 24, 2006

Desejo...



















Um Natal em Luz de Paz



Em Cada Casa...



E Em Cada Coração...



De Todos Os Seres...

(publicado por mim no colectivo Lirismo Minimalista)
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Saturday, December 23, 2006

Prespectivas






















imagem de Willy Dorn

Encontrei este texto, do Vitorino de Sousa que achei por demais interessante para partilhar, porque esta é uma época onde alguns de nós vivem o dia-a-dia para corresponder à espectativa alheia, ao que a sociedade espera e acha razóavel que se faça e muitas vezes isso nem sequer é correspondente ao que realmente queremos, ou sequer ao que é o melhor para a nossa evolução - ou para a de outros.

Ele toca em algo demasiado importante para realmente poder ser esquecido: a infinita capacidade de (re)nascer que todos temos... se quisermos!



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Na véspera de mais um natal, gostaria de compartilhar consigo o seguinte pensamento: se quer festejar um nascimento, não festeje o de Jesus, pois, como se sabe, ele não nasceu a 25 de Dezembro, e a primeira cama que conheceu não foi uma manjedoura. (Muito menos festeje o nascimento de Cristo; Cristo nunca nasceu pois é um princípio.) Se quer festejar um nascimento, festeje o da sua Criança Interna - aquela que adora brincar onde o medo não existe. Contudo, para festejar um nascimento, algo tem de ter nascido. Assim, a pergunta chata é: a sua nova Criança Interna já nasceu? Se sim, excelente; se não, reflicta sobre o assunto em vez de se empanturrar de bolo-rei para compensar a frustração de se sentir infeliz.
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Vídeo de Natal Vegetariano


veja e ouça o vídeo rolando a página até meio, além de belas imagens de opostos, natureza versus depredação humana, tem a bonita e poderosa voz da Simone
* * *
Natal é tempo dos homens desejarem paz, saúde e amor
mas será que há merecimento?
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Que o Natal traga
mais do que paz, saúde
e amor aos homens
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Que desperte nele
o respeito por todos
os seres vivos.
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E traga o começo
de uma vida nova
para a terra em 2007
*
Que 2007 seja um ano melhor para todos os animais, humanos e não humanos!
*

Fazer a diferença...



...pode ser possivel e começa a nível individual

Um natal sem exploração animal e sem dar lucro à industria e comércio de tortura e morte é mais fácil de realizar do que parece

E se quer saber mais Peça já o seu Kit de Iniciação ao Vegetarianismo - Grátis

Experimentem aqui algumas receitas deliciosas (palavra de maraoluar!)


Lasanha de Beringela

Ingredientes
1 beringela
1 tomate
1 pimentão
1 cebola
Milho verde
Ervilhas
Óleo
Azeite
Molho de tomate
Orégãos


Modo de Preparação
Corte as beringelas em fatias e frite-as no azeite até ficarem douradinhas. Prepare o recheio com tempero de tomate,
pimentão, cebola e molho de tomate, e misture ao milho verde e às ervilhas. Numa tigela, ponha um pouco de óleo,
coloque uma camada de beringela fatiada e outra de tempero. Depois cubra com mais beringela. Deixe assar até as
beringelas ficarem meio derretidas.


*
Natal é carnificina!
assinado Babe o porquinho
*
As festas de fim de ano se aproximam e, mais uma vez, me lembro de um diálogo entre os animais do filme Babe, o porquinho atrapalhado (de Chris Noonam, 1995), que culmina com a frase: "Natal é carnificina!" De fato, se observarmos bem, verificaremos que muitas vezes identifica-se uma "boa mesa" pela quantidade de proteína animal que ela oferece. Quanto mais especial é uma ocasião, tanto maior tende a ser a quantidade de proteína animal em nossas mesas
[...]
*
(...leia mais)
*

Friday, December 22, 2006

Cidadão encontrado!



Hoje tomei conhecimento através de um jornal, da existência no mundo dos blogs de um, criado por alguém que está privado da liberdade, a cumprir pena em Lisboa, presumo que .

Esse jornal informa também que a razão da detenção não tem como causa tráfico ou crime de sangue.

Visitei, gostei e trouxe para aqui; o nome do blog é intuitivo e bem escolhido e penso continuar a visitá-lo, até porque dei uma olhada às numerosas escolhas de links que o autor fez e na sua grande maioria pareceram-me excelentes o que é sempre um factor de identificação! :-)
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Wednesday, December 20, 2006

E porque estamos em tempo de festas...


imagem da Galeria de Fotografias "O Que Tem Realmente no Seu Prato?" na tvanimal.org/


...não vamos esquecer que o cenário descrito abaixo se passa todo o ano, mas muito especialmente agora por ser época de reunião e celebração alimentar no meio familiar acompanhada de troca de presentes. A maiorias das vezes a questão da parte de sofrimento animal envolvida para que essas celebrações possam ter lugar, nem sequer é tida em conta por desconhecimento absoluto...

Assim escolhi esta altura para divulgar a investigação levada a cabo pela
Animal recentemente:
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Investigação Especial Expõe Inferno em Quintas de Peles em Portugal

Investigadores da ANIMAL entraram sob disfarce no mundo secreto das quintas de coelhos em Portugal para expor a violência sofrida pelas verdadeiras “vítimas da moda”, das quais o Governo e as autoridades afirmam não ter conhecimento :: Peles de coelhos produzidas em Portugal são enviadas para a China, via Espanha, de onde são enviadas de volta para entrarem nos mercados português e europeu

No final de Outubro, investigadores da ANIMAL entraram sob disfarce no mundo da produção e comércio de pêlo de coelho em Portugal, conseguindo, pela primeira vez, ter acesso a locais e a informações até aqui escondidos, e falando com agentes-chave desta indústria, usando câmaras ocultas para captarem em vídeo provas da violência a que as verdadeiras “vítimas da moda” neste Inverno são sujeitas.

Muitas quintas de coelhos, de pequena, média e grande dimensão, assim como locais de abate de coelhos, em diferentes regiões de Portugal, foram visitados pelos investigadores, que cedo perceberam quão secreto é o círculo de produção de pêlo em Portugal. Os investigadores perceberam também quão lucrativo é realmente este negócio – e como está disfarçado sob a capa da produção da carne de coelho.

Coelhos aterrorizados mantidos em jaulas miseráveis são mortos com apenas 6 semanas idade – ou com entre 3 a 5 meses, se criados apenas pelo seu pêlo –, a elevadíssima mortalidade de coelhos que morrem devido às condições extremamente pobres em que são criados e tratados, os agressivos e indignos métodos de inseminação artificial, o maneio violento no carregamento dos animais e a morte dos coelhos sem sequer haver atordoamento eficaz, com os coelhos ainda conscientes depois de terem sido degolados, sendo o seu pêlo imediatamente separado dos seus corpos. Estes factos resumem, em termos gerais, o que os investigadores observaram, filmaram e documentaram, e que agora é apresentado no vídeo “As Verdadeiras Vítimas da Moda” (clique aqui para ver o vídeo), acompanhado de um relatório escrito, que a ANIMAL leva, a partir de hoje, ao conhecimento do público. Reportando-se a um problema internacional, a divulgação destas descobertas começa hoje também a ser feita internacionalmente.

Agentes-chave envolvidos na produção de pêlo de coelho em Portugal disseram aos investigadores da ANIMAL que os coelhos são criados e mortos em Portugal, sendo depois enviados para Espanha, de onde é mais barato exportá-los para a China; aí, as peles são tratadas a muito baixo custo, sendo depois exportadas de volta para a União Europeia, tanto para fornecer o mercado português de pêlo coelho – que é, de longe, o tipo de pêlo mais usado em Portugal e na Europa –, quanto o mercado de pêlo de países como Itália, França, Alemanha e Reino Unido.

Esta investigação também revela que espécies “especiais” de coelhos, como os coelhos Chinchila Rex, são criados em Portugal para serem vendidos apenas pelo seu pêlo, que é muitas vezes vendido como se fosse pêlo de Chinchila, dada a forte semelhança entre o pêlo destes animais – de acordo com o que foi explicado aos investigadores por produtores destes coelhos, apenas especialistas em pêlo seriam capazes de distinguir o pêlo de coelho Chinchila Rex do pêlo de Chinchila, uma vez que seja tratado. O lucro, aqui, é muito mais elevado, uma vez que os coelhos têm muitos mais bebés por ano do que as chinchilas, e dado que criar coelhos é, aparentemente, mais fácil e menos dispendioso do que criar chinchilas – pelo menos, segundo o objectivo estritamente económico de extrair o pêlo destes animais.

Para Miguel Moutinho, Presidente da ANIMAL, “Esta investigação assume uma importância máxima, não só porque nos permite revelar o sofrimento extremo a que os coelhos são expostos para serem transformados em peças de vestuário de mau gosto ou em acessórios de moda de um luxo sanguinário, para alimentarem a oferta de estilistas e cadeias retalhistas sem ética, mas também porque clarifica que o pêlo de coelho não é um produto derivado da produção de carne de coelho, uma vez que a procura pública pelo pêlo de coelho é completamente independente da procura pela carne destes animais, sendo muito grande em Portugal e em toda a Europa – e em todo o mundo –, especialmente tendo em conta o desastrosamente forte regresso recente do pêlo, que infelizmente voltou a estar na moda”. “Além disso, a produção de pêlo de coelho pode ser um negócio altamente lucrativo para os que estão envolvidos neste, incluindo para os produtores envolvidos na criação e morte de coelhos Chinchila Rex e de outras espécies “especiais” de coelhos criados apenas pelo seu pêlo, que é vendido a preços muito elevados”, disse ainda.

O Ministério da Agricultura, através do Gabinete do Ministro e em articulação com a Direcção-Geral de Veterinária, afirmou, a 12 de Outubro (muito pouco tempo antes do início desta investigação), em resposta a um requerimento do Deputado Luís Carloto Marques, que “A Direcção Geral de Veterinária não conhece a existência e funcionamento de quaisquer unidades, centros ou quintas de criação e/ou abate de animais para extracção do seu pêlo, nem existem normas legais para o seu funcionamento”. Esta investigação prova, por um lado, que o Governo não controla de todo este comércio secreto e que, por outro lado, mostra que as autoridades máximas em Portugal neste domínio (Ministério da Agricultura e Direcção Geral de Veterinária) nem sequer têm noção de que existem dois decretos-lei diferentes aplicáveis a esta área: o Decreto-Lei n.º 64/2000, de 22 de Abril, relativo à protecção dos animais nas explorações pecuárias (incluindo de animais mantidos para produção de pele com ou sem pêlo), e o Decreto-Lei n.º 28/96, de 2 de Abril, relativo à protecção dos animais no abate ou occisão (incluindo de animais destinados ao aproveitamento da sua pele e pêlo). Estes diplomas estabelecem, de modo geral, de que modo devem os animais ser mantidos nas quintas de peles, e, de modo específico, como devem ser mortos (tendo referências explícitas e específicas, até, ao modo como raposas, chinchilas e martas devem ser mortas, incluindo o uso da electrocussão e de câmaras de gás, que são métodos chocantemente regulamentares segundo este decreto-lei).

A ANIMAL espera que esta investigação ajude a conseguir alcançar uma futura proibição em Portugal da captura e/ou criação e morte de animais apenas para extracção do seu pêlo, e espera também que esta exposição leve o Governo a intervir drasticamente nesta área que tem desconhecido por completo até agora – e que tem permanecido sem qualquer controlo aparente, de tipo algum.

A ANIMAL também detectou um esquema de criação de chinchilas que funciona em Portugal sendo desenvolvido por uma empresa, Exporpele, que negoceia e desenvolve a criação tanto de chinchilas como de coelhos Chinchila Rex, contratando pessoas para terem criações domésticas de chinchilas numa alargada rede de criadores domésticos de chinchilas, sendo estas depois mortas e compradas novamente pela Exporpele, que introduz as peles nos mercados – novamente, para vários países europeus.

O vídeo “As Verdadeiras Vítimas da Moda” desta investigação está disponível online, em TVANIMAL.org, acompanhado do relatório e das fotografias resultantes desta investigação especial.

A ANIMAL aliou-se a organizações suas parceiras – nos EUA, com a Anti-Fur Society e a RabbitWise: Rabbit Advocates USA, e, em França, com a Fourrure Torture –, para expor este comércio cruel internacionalmente. Os resultados desta investigação foram hoje divulgados publicamente em Portugal, em França e nos Estados Unidos da América, marcando o primeiro passo de uma nova campanha contra a produção, comércio e uso de pêlo que a ANIMAL desenvolverá em Portugal, baseada nos factos chocantes agora expostos.

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“Neste Inverno, pergunte a si mesmo: «Quem são as verdadeiras vítimas da moda?»” :: TVANIMAL.org :: Informação e Intervenção Pelos Animais
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Thursday, December 14, 2006

Somos todos iguais...



Boris Cyrulnik é um neuropsiquiatra e etnólogo francês, tambem autor de vários livros.

...perante a felicidade? é a pergunta que dá o tom a uma entrevista na visão desta semana com Boris Cyrulnik, ele próprio personagem passivo de vivências negativas e marcantes que superou da melhor maneira.

é autor do conceito de resiliência (a capacidade de resistir positivamente à adversidade) e vale a pena ler a entrevista e esclarecer alguns mitos

[...] Etnólogo de formação, Boris Cyrulnik abriu o campo da pesquisa, na França, à etologia humana, dentro de uma abordagem decididamente pluridisciplinar*, revolucionando inúmeras idéias pré-estabelecidas sobre o ser humano. Suas duas últimas obras, Un Merveilleux Malheur [Uma maravilhosa infelicidade] e Les Vilains Petits Canards [Os patinhos feios], que fizeram um enorme sucesso na França, relatam seus trabalhos sobre o conceito de resiliência, essa capacidade de superar os traumatismos psíquicos e as mais graves feridas emocionais: doença, luto, estupro, tortura, atentado, deportação, guerra... Violências físicas e morais às quais milhões de crianças, mulheres e homens estão expostos no mundo de hoje. Apoiando-se em inúmeros exemplos observados localmente, em seu consultório de psicoterapeuta assim como em suas missões no exterior – da Bósnia ao Camboja, passando pelo Brasil e pela Rússia –, ele nos explica como, mesmo nos casos mais terríveis, as pessoas podem se recuperar e retomar o curso de suas vidas, graças a algumas faculdades adquiridas na infância e ao apoio recebido depois da experiência traumatizante.
(mais)
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Preservação!

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Tambem importado do National Geographic posto uma boa notícia: uma espécie julgada extinta foi supostamente avistada: o pica-pau-de-bico-de-marfim!
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...o último destes animais terá tido uma morte solitária, há várias décadas, deixando atrás de si apenas os espécimes tristes e ressequidos que repousam nas morgues ornitológicas dos tabuleiros dos museus.
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Reinhold Messner


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Gente que Faz:
Maior nome do montanhismo mundial, Messner sempre foi adepto da filosofia do “aventurar-se onde ninguém nunca esteve”. Segundo ele, “longe dos caminhos conhecidos é onde os sentimentos e experiências resultam mais intensos”.
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O National Geographic desta semana trouxe-me Reinhold Messner um dos grandes montanhistas da actualidade...
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Tuesday, December 12, 2006

Mais leituras, as actuais...


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Será nestas ferias de natal que eu vou ler esse livro?! Já iniciei a caminhada: vou nas primeiras páginas...

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Este livro vai numa fase de leitura adiantada; Nine Parts of Desire é um excelente documento de vivência pessoal na realidade do oriente nos dias de hoje, visto pelos olhos e experiência de uma mulher ocidental lá destacada em trabalho de jornalismo.
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Escrito pela jornalista Geraldine Brooks, que passou 6 anos no Oriente Médio como correspondente do Wall Street Journal, o livro foge ao sensacionalismo e aos estereótipos e mergulha no complexo mundo do islamismo e, particularmente, na questão da mulher e a interligação entre costumes, religião, tradição e política. Ela começa dissecando o islamismo, narrando que a religião forma a camada externa de várias culturas que já existem há muitos séculos. Livro denso, claro, opinativo sobre esta questão tão forte no final do século: o islamismo e os direitos da mulher.
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'No andar de cima, Noor(1), de jeans, falava ao telefone com amigos na américa, oferecendo-se para lhes mandar faxes do discurso do rei, para que eles pudessem ler as suas declarações no contexto em que as fizera. Nas ruas da Jordânia os seus esforços eram recebidos com elogios nos salões e nas mesquitas. Até mesmo os fundamentalistas achavam que ela estava a prestar um bom serviço ao fazer a defesa da posição da Jordânia perante a hostilidade do mundo exterior. Era a primeira vez que eu ouvia a gente das mesquitas elogiar uma mulher por ela desempenhar um papel activo
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(1) Rainha Noor, da Jordânia
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Ultimas Leituras


livro

O livro acima é na realidade a tese de mestrado de Isilda Alves, Mestra em Estudos Americanos pela Universidade Nova de Lisboa, transformado em livro. Li, gostei e aconselho a leitura; deixo algumas passagens



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Mary Daly defende a originalidade do sexo feminino ao caracterizar a mulher como sendo 'ecológica', e ao criticar uma sociedade que a escritora designa como 'phallotechnic society' que segundo a sua opinião se encontra sob o dominio patriarcal, e subjuga as Mulheres a nível do corpo, mente e espírito.

Mary Daly, na sua obra Gyn/Ecology, está preocupada com a poluição da mente, espírito e corpo infligida à comunidade através do mito masculino e da linguagem patriarcal utilizada nos mais diversos níveis.. Desde a utilização da gramática, até novas concepções de estilos de beleza e sedução, desde o mito religioso, às graças menos bem educadas que se proferem na sociedade acerca das mulheres
[...]
A 'mulher ecológica' para Mary Daly é a Mulher capaz de se libertar totalmente do regime patriarcal, e das estruturas sociais, procurando e afirmando o seu eu, através da sua forma de vida e integridade.

Daly faz referencia a actos extremamente violentos, que tem destruido a Mulher a mulher a nível biológico e emocional

Presentemente, as Mulheres estão a ser exploradas no seu dom mais natural, o da procriação da vida [...] A escritora condena behaviorismo de B. F. Skinner e as variações monstruosas de maternidade que tem sido realizadas, por aquilo que Mary Daly designa como sendo os 'Master Mothers'. Estes são os médicos, os cirurgiões, os ginecologistas, os obstetras, os neuro-cirurgiões

Apesar de eu não partilhar da sua prespectiva tão radical, não deixo de felicitá-la pela sua grande capacidade de ilustrar e referir constantemente afirmações e factos, que nos confrontam com esta verdade cruel.

[...] Na prespectiva de Mary Daly, a maioria das religiões legitima e confere sempre mais importancia ao sexo masculino, conforme se verifica na seguinte citação:
'Patriarchy is itself the preveiling religion of the entire planet and its essential massage is necrophilia... All from buddhism and hinduism to islam, judaism, christianity to secular derivatives such as freudianism, jungianism, marxism and maionism - are infrastructures of the edifice of patriarchy'

Daly menciona a exploração do sexo feminino essencialmente a nível emocional. É utilizada a terminologia 'the Myth Masters'
[...] toda esta ideologia se insere num contexto social, cultural, religioso muito abrangente, e é fácil em termos sociológicos instaurar esta capacidade emocional perante a sociedade e a política, a que as Mulheres estão sujeitas subrevalorizando-as constantemente. É evidente que a televisão, os filmes, a música e os 'mass-media' desempenham tambem nesta polémica um papel crucial
[...]
Podemos então perguntar-nos: o que é o 'Indian sutte', o 'Chinese footbinding', a 'African female genital mutilation', senão a violação da integridade física, da vida e da autonomia da Mulher?
[...]
A violência do sexo masculino pode ser observada através destas atrocidades, assim como a sua tendência para a destruição do mundo. [...] Por cómico ou irónico que pareça actualmente, o objectivo deste ritual (Chinese footbinding') era tornar as Mulheres totalmente dependentes dos homens fisicamente e psicológicamente.
[...] no capitulo VI 'European witchburnings purifying the body of Christ', Daly confronta-nos com mais exemplos nos quais a Mulher é ecológicamente agredida. As bruxas também eram acusadas de impureza sexual [...] foram perseguidas, igualmente porque contrariavam a forma de estar na sociedade de então [...] contrariavam a ordem pré-estabelecida, o que não podia suceder.

o medico americano J. Marion Sims é acusado por Mary Daly de ter utilizado mulheres como simples objectos, a fim de realizar todas as suas experiencias, chegando mesmo a ter praticado várias mutilações no Woman's Hospital in New York.[...] Alem destas terríveis atrocidades, sucedeu algo ainda mais grave durante este período. Refiro-me sobretudo ao valor simbolico que culturalmente os médicos adquiriram, chegando Mary Daly a chamar-lhes'holy ghosts' porque na altura chegavam a ser vistos como divindades imortais.



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e no capítulo
A EXPLORAÇAO DOS ANIMAIS E A DEGRADAÇÃO DA TERRA MÃE. QUE FUTURO?
Referindo Josephine Donovan, os animais possuem uma complexidade emocional e social pertencente ao seu género [...] sendo estes capazes de mostrar emoções e reacções afectivas, que direito temos nós de violar a sua privacidade? Não terão tambem os animais direito a um estatuto jurídico que beneficie a sua própria protecção? que direito tem a humanidade de explorar os animais e degradar o ecossistema
Mas, a tendencia antropocêntrica e egocêntrica do Homem remonta aos tempos de Aristóteles e Descartes. A supremacia do Homem perante a Natureza e o mundo animal estiveram sempre nas suas intenções. Aristóteles ao justificar que a escravatura 'por natureza' deveria ser aceite, e Descartes ao destinguir os Homens dos animais, remetendo sempre para segundo lugar os últimos. [...] Muito desta política de deve às ideias de Aristóteles[...] na sua obra Nicomachean Ethics [...] chegou a pensar que Mulheres e animais não tinham alma.
Tom Reagam , na sua obra The case for Animal Rigths fala-nos desta grande polémica em que o animal é utilizado apenas para servir os interesses humanos e Reagan leva esta defesa dos animais até à ultima instancia, chegando a defender os animais como seres possuidos da sua própria alma e sagrada existência. Seres esses, que segundo Tom Regan, o homem não tem qualquer direito de explorar muito menos para fins económicos.
A visão em que a Natureza é valorizada como Mãe e Deusa, constituiu a semente de inspiração para muitas ecofeministas. Este principio relativo à espiritualidade humana e à natureza, tambem evocado por Peter Singer em Animal Liberation, representa em termos sociais e culturais, um exemplo da nova visão da Natureza e das Mulheres, como elementos sociais poderosos
Por exemplo Paula Gunn refere-nos a seguinte imagem:

Corn women is one aspect of her, and Earth woman is another, and what they together have made is called Creation, Earth, creatures, plants and ligth...
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Sunday, December 10, 2006

Rumo a Antártica!


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Na companhia desses meninos!

Acompanhe a viagem: lideresantarticos.blogspot.com/

A 1ª expedição turística 100% brasileira na Antártida

São 17 dias partindo de Ushuaia, na Argentina

Imagine um lugar todo branco, onde a temperatura máxima gira em torno dos 5 graus, o clima seja instável e a vida humana praticamente inexistente.

À primeira vista, viajar para uma terra assim pode parecer um "perengue" danado.

Mas a Antártida tem a seu favor colônias de pingüins, leões-marinhos e outras maravilhas que atraem anualmente 7 mil turistas. Para o próximo ano, uma novidade: os visitantes brasucas terão a oportunidade de participar da primeira expedição turística 100% brasileira.

"É uma aventura para quem quer algo inusitado", garante o chefe da expedição, Silvio Martins. A expedição terá como base o navio holandês de bandeira brasileira Inspector, que será apresentado ao público no sábado, dia 9 de dezembro, no Espaço Cultural da Marinha, no Rio.

A embarcação partirá do porto de Ushuiaia, na Argentina, para uma viagem de, ao todo, 17 dias. No caminho, estão previstas paradas nas Ilhas Decepção, Elefante e King George, onde estão a Estação Antártica Comandante Ferraz -- base brasileira no continente branco -- e a estação polonesa de Arctowski. Outro ponto alto promete ser o acampamento de três noites na Baía Pleneau

(Adriana Moreira-Jornal O Estado de S. Paulo)
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Wednesday, December 06, 2006

Fora de orbita...



Michael Richards (o Kramer de Seinfield) fora de órbita num ataque de fúria em descontrole absoluto...
Alguem já viu, no Youtube?

Ou aqui
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Tuesday, December 05, 2006

Alguns raios de sol... e um alerta!



Duas notícias do mesmo blog do post anterior que penso ser importante destacar

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Fazer bem aos animais não merece, regra geral, honras de um título nas primeiras páginas. Daí que a tarefa desenvolvida pelos dois veterinários alemães passe despercebida ao comum dos mortais, se calhar também ele pouco dado à questão dos direitos dos animais. Mas eles não parecem nada preocupados por a fama lhes passar ao lado. Têm um objectivo que os une, quiçá uma utopia acabar com os animais abandonados.

Para tal, trabalham 12 horas por dia e todas as semanas mudam de país, às vezes de continente. É um trabalho ciclópico, que os obriga a não ter descanso. Os animais agradecem, o homem segue indiferente. Prefere assobiar para o lado.

Trabalham no anonimato. Quase não se dá pela sua presença. São dois médicos alemães, da organização Veterinários Sem Fronteiras, que trabalham 12 horas por dia no Centro Veterinário Municipal de Valongo.

As suas funções resumem-se à castração de cães e de gatos, pertencentes a associações da área que se dediquem, sem fins lucrativos, à recolha e protecção de animais abandonados. Só nestas condições é que os dois germânicos trabalham. Em meia-dúzia de dias em Valongo, irão castrar, entre machos e fêmeas, cerca de 200 animais, pertencentes ao Cantinho das Quatro Patas, aos Amigos dos Animais de Valongo, à Associação da Quinta e ao próprio canil municipal.
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Os riscos para a saúde dos animais que comem rações vendidas no comércio são inúmeros.

Estas rações contém, freqüentemente, restos de matadouros : carne 4-M (carne proveniente de animais mortos, moribundos e doentes) ; carne com a data vencida ou carne deteriorada proveniente de supermercados, restos de inúmeros animais abandonados em refúgios, restos de gorduras usadas em restaurantes com uma alta concentração de radicais livres e ácidos graxos trans, peixes com data de validade vencida ou deteriorados, com alta taxa de mercúrio, saturados em bifenis policlorados e outras toxinas. Bactérias patogênicas, fungos, vírus e prions bem como endotoxinas e micotoxinas que lhes são associados, resíduos de hormônios e de antibióticos adicionados a perigosos conservantes.

Para tornar o produto final apetitoso para os animais, adiciona-se, ao todo, uma sopa digestiva composta de vísceras de galinhas parcialmente dissolvidas. Mais de 95% dos animais de estimação são alimentados dessa forma.

Como era de se esperar, encontramos na literatura científica a descrição de várias doenças provocadas por esse tipo de alimentação destinada à cães e gatos : doenças renais, hepatite, doenças coronárias, neurológicas, problemas oftalmológicos, desordens musculo-esqueléticas e sanguíneas, doenças de pele, deformações congênitas, queda da imunidade e doenças infecciosas.

Como veterinário, afirmo que as doenças degenerativas como o câncer, as insuficiências hepáticas e as paradas cardíacas ocorrem com muito mais freqüência do que deveriam, e que muitas dessas doenças são agravadas ou diretamente provocadas pelos numerosos ingredientes (mais que duvidosos) presentes nos alimentos com carne vendidos em latas, ou adicionados às rações para alimentar os cães e gatos.

Por outro lado, uma alimentação vegetariana nutricionalmente equilibrada parece estar associada a vários benefícios: aumento da vitalidade, diminuição do número de cânceres, diminuição de infecções, hipotiroidismo e ectoparasitas (pulgas, carrapatos, piolhos e ácaros), embelezamento da pelagem, controle de alergias e do peso, redução da artrite, progresso na redução da catarata e melhoria dos odores das fezes. (Gillen 2003, Peden 1999, PETA 1994).

Mesmo que existam casos de animais debilitados por terem sido alimentados com comida vegetariana nutricionalmente inadequada (mas isso também ocorre com animais alimentados com regime cárneo), tais casos são pouco pertinentes do ponto de vista científico, a ponto de duvidarmos da viabilidade de uma alimentação vegetariana de qualidade. Não existem provas científicas que uma dieta composta essencialmente de plantas, minerais e alimentos de base sintética, não possa ser formulada para paliar as necessidades gustativas, nutricionais e biológicas dos animais. Várias dietas vegans (sem produtos de origem animal) que encontramos no comércio, defendem esse princípio e mantém saudáveis, durante anos, milhares de cães, gatos e furões (considerados animais carnívoros por excelência).

Muitas pessoas se tornaram vegetarianas por causa dos animais, do meio ambiente ou por razões de saúde. Dê uma olhada no site VeganOutreach.org se você ainda não está convencido sobre os benefícios que o vegetarianismo pode trazer. Os benefícios obtidos são imensos, porém, a maior parte dessas mesmas pessoas continuam alimentando seus animais de estimação com alimentos que possuem carne, o que é quase tão prejudicial, como se elas mesmo comessem carne (visto que um cão de tamanho médio ou 3 gatos consomem a mesma quantidade de carne que um ser humano).Muitas pessoas alimentam seus animais com carne com medo das conseqüências nefastas de um regime vegetariano para a saúde de seus animais.

Por isso VegePets.info foi feito, e é destinado tanto a profissionais que trabalham com a saúde animal como para o grande público, para que todos possam enriquecer seus conhecimentos sobre os problemas nutricionais e de saúde, associados aos regimes carnívoros e vegetarianos para os animais.O site inclui ainda conselhos sobre a transição de regime (de uma alimentação carnívora para uma alimentação vegetariana), sobre a preservação da saúde dos animais, principalmente dos gatos. Inclui endereços de fornecedores de comida vegetariana e complementos nutricionais, uma informação detalhada sobre a saúde e a nutrição e todas as informações essenciais científicas e anedóticas que eu pude encontrar sobre o tema, após ter consultado a literatura biomédica e os livros relacionados com o assunto.

Fonte

(Ambas notícias encontradas aqui)
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Bad Days



Todos os dias tenho conhecimento de casos apavorantes relativos aos animais, pelo que revelam no lado humano de... bem, no mínimo de imensa imaturidade afectiva, de completa ausência de empatia para com outras vidas, de uma emoção míope para tudo o que não se quadre exclusivamente no que as pessoas acham ser os seus melhores interesses...

Ficou-me na memória o conhecimento a dois dias atrás de uma cadela Dálmata levada pela dona ao canil e entregue para abate... porque ela, dona, estava grávida, o animal festejava-a demais, lambia-lhe as mãos, incomodava!
Sem comentários.

Flashes que ficaram na memória como amostra fiel de certa mentalidade: retratos de graves culpas não reconhecidas de profundo egoísmo e ignorância de prioridades como a daquela mulher que confidencia num grupo de ocasião ter mandado abater o seu cachorro por 'lhe ter roído os sofás' com um certo ar de malevolência vingativa satisfeita... silêncio geral pesado e ausência de comentários. Não se tocou.

Se calhar ainda não se tocou e já passaram quase 20 anos!

Quantos crimes inúteis.

Como os de todos-os-dias; sabem-se, evita-se discretamente aprofundar muito a extensão do dano para não enlouquecer com tanta dôr alheia. Dizem-se frases de circunstância: isso não é bem assim, às vezes exageram...

Exagero nenhum, no muito que se pode aperceber neste blog omeumelhoramigo

O imenso despreparo dos funcionários, a absoluta ausencia de afinidade com o que têm como trabalho de todos dias, bem patente nas descrições deste, como de outros canis, municipais ou não

(Canis exemplares onde o bem estar animal é observado tambem existem, mas são excepções) a norma é isto:

As condições em que os animais estavam hoje eram horríveis como sempre. Os estrados de madeira tinham sido lavados à mangueira assim como os próprios cães. Os cães mais pequenos estavam gelados e molhados até aos ossos, a tremer encolhidos nos cantos. Muitos dos cães tinham as trelas presas nas duas argolas da parede, fazendo assim com que ainda ficassem mais curtas.

O cão castanho e branco ainda saiu e foi à consulta para ser adoptado, mas o veterinário disse que seria hoje adormecido. O cão estava tão prostado, que do estrado de madeira até à porta da sala, ele foi sempre deitado no chão e o funcionário arrastou-o pela corrente.

O cachorro arraçado de boxer que está na ala dos gatos, também seria hoje abatido.

(post de 3 dezembro 2006)

CÃO QUE VIVE HÁ MAIS DE UM ANO NESTA JAULA, E APESAR DE TODA A SUA VIDA DESGRAÇADA, AINDA HOJE DE MANHÃ FOI PONTAPEADO POR UM FUNCIONÁRIO DO CANIL.Dizem que não está para adopção. Porque????? Isto é maneira de um animal viver????? Por favor temos mesmo que nos unir contra este campo de concentração. E é isto o canil municipal de capital de Portugal...

(post junto a foto, tambem de 3 de Dezembro 2006)

Sunday, December 03, 2006

conselhos



Se quiseres 1 ano de prosperidade, cultiva sementes
Se quiseres 10 anos de prosperidade, cultiva árvores
Se quiseres 100 anos de prosperidade, cultiva pessoas

(provérbio chinês)
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Citação encontrada num dos livros desse senhor
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Educação ambiental



Questões ecológicas, podem obter aqui informação e actualização...
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Reaprender as coisas simples...



Um excelente tema. Quantas vezes esquecemos que felicidade e bem estar não se faz acompanhar necessariamente de poder de compra e consumismo?...

Daqui, um dos blogs do jornal Sol


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Costumo dizer que vir para África aos 40 anos é ter 20 anos outra vez. É o que sinto.

[...] Com filhos criados, com um novo desafio profissional, com um prazer enorme no olhar e na alma por este espaço, este povo, reaprendi a viver na simplicidade com o dobro do prazer. O dobro? O quíntuplo!

Isso não quer dizer que eu não tenha tido grandes prazeres nos 40 anos anteriores. Se tive! Mas hoje tudo rola a uma velocidade diferente, com um desprendimento maior do que é material e um prazer simples e apaixonado pelas pequenas coisas.

Há pouco tempo descobri que só tenho 3 pares de chinelos e que isso é a única coisa que calço todo o ano. Que nos ultimos dois anos só comprei uma saia e duas blusas aqui em Moçambique. Que a a maioria da roupa que visto tem mais de 10 anos (felizmente não engordei tanto assim, apesar de...), que os livros que leio, da Biblioteca do Centro Cultural Português têm, na generalidade, mais de 20 anos de edição, que deixei de ter a Fnac e passei a ter tertúlias de amigos e algumas exposições de arte. Que passei a conhecer os empregados de todos os locais comerciais onde me abasteço. Que conheço os meus alunos pelo nome e lhes dou boleia para casa. Que a fome está aqui ao lado e que não é possível mudar o mundo mas é possível mudar o nosso mundo ajudando com dignidade quem nos rodeia. Que o mundo em desenvolvimento não é só violência mas também trabalho e fuga da miséria. Que muçulmanos, cristãos e hindus podem viver juntos e respeitar-se. Que o meu jardim tem hibiscos de 3 metros. Que os meus rabanetes parecem nabos. Que tenho tempo para fazer petiscos para os amigos e para mim própria. Que tenho que esperar pela 3ª feira para ler a visão. Que é possivel andar dias seguidos com meia duzia de tostões no bolso. Que talvez haja um menino ou uma menina orfã moçambicana à espera dos meus braços.Que há cadernos feitos nos Emiratos Árabes Unidos. Que o Conselho Municipal tem uma máquina do tempo da II Guerra para tapar os buracos das estradas. Que fico contente quando se faz um parque de estacionamento novo no centro da cidade. Que a água do mar é quente e confortável.
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verdades e consequências


imagem roubada daqui...

O texto abaixo foi encontrado aqui e porque faz parte do meu modo de estar na vida uma postura de respeito para com a vida animal e de anti-especismo, trouxe-o para cá: é que tambem faz parte das minhas convicções que a vida de tudo o que é vivo não termina com a desativação do terminal físico com que operamos neste planeta...

(...) Até aqui mencionamos o que chamamos de considerações físicas e egoístas que poderiam fazer um homem abandonar o habito de comer carne e voltar-se, mesmo que apenas para seu próprio bem, para uma dieta mais pura. Pensemos agora por alguns momentos sobre as considerações morais e inegoístas relacionadas com seu dever para com os demais. O primeiro destes - e isto parece-me a coisa mais terrível - é o horrível pecado de desnecessariamente matar estes animais.

Aqueles que vivem em Chicago sabem bem como este chocante e incessante massacre prossegue em seu meio, como eles alimentam a maior parte do mundo com a matança por atacado e como o dinheiro feito neste abominável negocio é manchado de sangue, cada moeda dele. Tenho mostrado claramente, com testemunhos irrepreensíveis, que tudo isso é desnecessário, e, se desnecessário, isso é um crime.

A destruição da vida sempre é um crime. Podem haver certos casos nos quais é o menor dos males, mas aqui é desnecessário e sem sombra de justificativa, pois ocorre apenas devido á ganância egoísta e inescrupulosa dos que cunham dinheiro em cima da agonia do reino animal, a fim de suprir os gostos pervertidos daqueles que são suficientemente depravados para desejar tal repugnante aflição.

Lembre-se de que não são apenas aqueles que, ao alimentarem-se de carne os encorajam a cometer seu crime remunerado, que são culpados perante Deus desta coisa terrível. Cada pessoa que compartilha deste alimento impuro tem sua parte nesta indescritível culpa e sofrimento através dos quais ele é obtido. É uma Lei universalmente reconhecida que qui facit per alium facit per se – seja o que for que o homem faz através de outro, o faz ele próprio.

Muitas vezes haverá alguém que dirá: “Mas não faria diferença em todo este horror se apenas eu deixasse de comer carne”. Isto é inverídico e falso; em primeiro lugar, porque isto faria uma diferença, pois ainda que se consuma apenas meio quilo a cada dia, com o tempo chegaria ao peso de um animal; em segundo, porque não é uma questão de quantidade, mas de cumplicidade com um crime, e se você compartilha dos resultados de um crime, está ajudando a torná-lo rentável e, assim, toma parte na culpa. Homem honesto algum pode deixar de ver que é assim. Mas quando os desejos mais baixos dos homens estão envolvidos, eles são usualmente desonestos em sua visão e declinam de encarar fatos evidentes.

(...) Outro ponto para ser lembrado é que há uma espantosa crueldade relacionada com o transporte destes infelizes animais, tanto na terra quanto no mar e, muitas vezes, uma horrível crueldade no próprio abate. Aqueles que desejam justificar estes abomináveis crimes dirão que se faz um esforço para matar os animais tão rapidamente e sem dor quanto possível; mas é preciso apenas ler as reportagens para ver que, em muitos casos, estas intenções não são levadas a efeito e segue-se um aterrador sofrimento.

(...) Se você próprio tivesse que usar a faca ou o machado para matar o animal antes de comer sua carne, compreenderia a natureza repugnante da tarefa e logo se recusaria a fazê-la.

(...) Temos, então, de lembrar que todos nós estamos esperando o tempo de paz universal e bondade – uma “era de ouro” quando não haverá mais guerra, um tempo em que o homem estará tão distante da rivalidade e da cólera que todas as condições do mundo serão diferentes daquelas hoje prevalecentes. Será que o reino animal também tomará parte neste bom tempo que está por vir – que este terrível pesadelo do abate em massa seja removido do mesmo?(..) Os sentimentos de nervosismo e profunda depressão tão comuns devem-se, em grande parte, a esta terrível influência que se espalha sobre a cidade como uma calamidade. Não sei quantas milhares e criaturas são mortas a cada dia, mas o número é muito grande. Lembre-se de que cada uma destas criaturas é uma entidade definida, não uma individualidade permanente, reencarnante como vocês ou eu, mas ainda assim uma entidade que possui sua vida no plano astral onde persiste por um considerável tempo.

Lembrem-se de que cada uma delas permanece para verter seu sentimento de indignação e horror por toda a injustiça e tormento que foi afligida. Compreendam por si mesmos a terrível atmosfera que existe em volta destes matadouros; lembrem-se de que um clarividente pode ver a vasta hoste de almas animais, de que ele sabe como são fortes os seus sentimentos de horror e ressentimento e o quanto isso repercute em todos os sentidos sobre a raça humana. Eles reagem principalmente sobre aqueles que são menos capazes de resistir-lhes – sobre as crianças, que são mais delicadas e sensitivas do que o adulto endurecido.

Trechos extraídos do livro - Vegetarianismo e Ocultismo
(C.W.Leadbeater e Annie Besant)
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Saturday, December 02, 2006

confesso...



...que encontrei motivo para rir e gostar da argúcia social do obnoxio que nas suas por vezes poucas e irónicas palavras dá espaço para muitas imagens falarem por sí próprias...

Imagens para pensar, sorrir e até reflectir como essa aí abaixo...


[Condição feminina?...]

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No obnoxio actual, realço a homenagem a Mário Cesariny de Vasconcelos: Palavras imensas que esperarão sempre por ti...
Porque há pessoas que nunca morrem e Mário Cesariny de Vasconcelos é certamente uma delas
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Qual é o Deus do Mediterrâneo?



O escritor Salman Rushdie esteve em Portugal para participar no simpósio de Santa Maria da Feira de 1 de Dezembro subordinado ao tema Qual é o Deus do Mediterrâneo?

Fico curiosa sobre o conteúdo do simpósio e sobre as palavras de Salman Rushdie...

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Quíron, planeta da cura da alma


Que Quíron é o planeta dos curadores e capacidade de cura num mapa, todos os que sabem um bocadinho de astrologia, assumem como dado fixo.

Mas há muito a dizer e sobretudo a estar consciente: por exemplo os trânsitos que acontecem na vida de cada um de nós à medida que os anos vão progredindo e nos trazem novos cenários e desafios...

Um pouco de tudo isto aqui e tambem aqui, muito bem explicadinho

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Quíron é um pequeno astro descoberto em 1977 por Charles Kowal, cuja órbita ocorre entre Saturno e Urano sendo muito irregular. Para completar uma deslocação ao longo do zodíaco demora cerca de 50 anos e, atendendo à irregularidade da sua órbita à volta do Sol, a sua passagem por cada signo varia entre 1 ano e meio quando passa por Balança, a 8 ¾ anos quando atravessa o signo oposto, Carneiro. Sente-se que existe alguma dificuldade em analisar este astro. Há pouca bibliografia, comparada com os restantes planetas. Aprendemos em astrologia que Quíron nos fala de uma ferida [física, material, psicológica ou mental] algumas vezes provocada por acidente, por distracção, por algo irrazoável ou que nunca é esperado, introduzindo, desse modo, o tema do sacrifício na vida da própria pessoa: na sua «mortalidade», na sua projecção mundana, na sua saúde, na sua vida material, etc.Também se aprende que Quíron representa um passo importante na descoberta das fragilidades, desajustamentos e incoerências humanas, através da compreensão da inutilidade de se lutar contra ou fugir daquilo que é a nossa realidade e essência mais básicas. É por ser insolúvel a dor sentida, que Quíron obriga ao caminho em direcção à mestria das energias humanas
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Se a média de idade do ser humano ronda os 80 anos, é normal que se considere os 40, como o meio da idade do Homem. É nesta oposição de Urano, quando se pede uma maior ligação ao cosmos, ao universo. Esse Urano, regente de Aquário, representando “a voz de Deus”, faz-se ouvir com intensidade. E deveria dar-se uma profunda alteração na vida. Cumpre-se assim um grande ciclo do ser humano. Os propósitos anteriores associados ao corpo físico (juventude) e corpo emocional (harmonia interna) deveriam estar resolvidos. É o início do trabalho para uma mais íntima ligação com o nosso corpo mental. Ao chegarmos os 50 anos atingimos a maturidade adulta. Entre os 49/51, temos o retorno de Quíron. Os assuntos dos corpos físico, emocional e mental, já deveriam estar bastante bem resolvidos, para agora se processar um contacto em maior plenitude com a alma. Esse contacto com a alma existe desde que nascemos. Mas esta é a fase da plenitude. A iniciação deveria estar a atingir um ponto de contacto com as Hierarquias. O trânsito é profundamente espiritual, e por o ser, é vivenciado com o corpo, sendo no dia-a-dia que aprendemos os trânsitos deste astro. Enquanto Quíron não tiver feito conjunção a ele próprio, o processo Kundalini pode não estar terminado. É onde Quíron se encontra, no signo e na casa, que nós podemos ser úteis a nós mesmos, curando as nossas feridas internas e se isso ajudar os outros, é muito bom. Quiron e a kundalini estão intimamente associados. É a ferida e a cura, o bloqueio e o potencial. É onde Quíron se encontra no mapa natal, que cada um tem o que de melhor possui, pois é aí onde se “esconde” a sua verdadeira essência. É o nosso ser espiritual. Por isso, Quíron reflecte a nossa frustração. A frustração de não conseguirmos ser quem somos ao mais alto nível espiritual.
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Quiron pretende apenas que utilizemos o nosso corpo para conectarmos com o nosso Eu Interior, ou os seres multidimensionais, com o mundo espiritual. Por isto afirmamos que Quíron é o planeta do como fazer. Quíron ensina-nos o caminho do silêncio interno.
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(daqui, disponível o artigo completo)
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