imagem daqui, com muitas fotos de quem adora weimaraners
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Livro: Cão Zen
Autor: Adler / Tucker
Cortesia Editora: Bertrand (disponível o primeiro capitulo para download)
Fonte Digital: Sodiler Online
Autor: Adler / Tucker
Cortesia Editora: Bertrand (disponível o primeiro capitulo para download)
Fonte Digital: Sodiler Online
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DISCÍPULO
Como posso encontrar minha natureza de Buda?
MESTRE
Você não tem natureza de Buda.
DISCÍPULO
E os cães?
MESTRE
Eles, sim, eles têm natureza de Buda.
DISCÍPULO
Então, por que não tenho natureza de Buda?
MESTRE
Porque você precisa perguntar.
Os cães não têm simplesmente a natureza de Buda: sua própria natureza canina é natureza de Buda. E o que os torna pequenos Mestres Zen peludos, salivantes, latidores, pedintes, brincalhões? Bem, há um koan, ou ditado budista, do mestre Zen Shunryu Suzuki, do século 20, que o resume sabiamente: “Há algo de blasfemo em se falar de como o Budismo é perfeito como filosofia ou ensinamento se não se sabe o que ele realmente é.” A nosso ver, Suzuki não poderia ter dito melhor. Nunca deveríamos presumir que presumimos saber. E menos ainda um cachorro. E é exatamente esta a pista do Cão Zen. Mesmo nos piores dias de cão, os cães se sentam, param e abanam o rabo para expressar devoção, honestidade, lealdade, amor, compaixão e alegria – as mais puras qualidades Zen. Isso é tão visível quanto o focinho frio e úmido em suas caras. Os cães vivem o momento presente. A cada minuto que começa ou acaba com o próximo osso, bola, migalha de pão ou até com o cheiro realmente desagradável que venham a farejar, os cães vivem a verdadeira alegria da vida.
Certamente não foi obra do acaso terem sido os cães os primeiros animais a serem domesticados pelo ser humano e lhe terem permanecido fiéis desde então. Talvez seja por isso que não duvidam que têm um espaço garantido na cama – milhares de anos de serviço os tornam merecedores de pelo menos uma boa noite de sono. E, depois de um cansativo dia de trabalho, aqueles olhos puros, meigos, de cachorrinho olhando para você com devoção canina, atiram longe o estresse mais tenaz e o ânimo mais deprimido. E, quando o humor já está recobrado, fazem todo o possível para partilhar dessa felicidade – sobretudo se for a sua felicidade – com demonstrações de energia positiva, balançando o corpo e saltando de pura alegria.
Talvez um único ano de vida de um cão valha por sete anos humanos porque eles não têm coisas inúteis fervilhando em suas mentes, assim como podem armazenar sete vezes mais amor em um ano do que qualquer um de nós. Na categoria gosto-não-se-discute os cães ganham disparado. Quantas vezes você já viu cães amando incondicionalmente seus donos – mesmo quando são pessoas muito difíceis – de um modo que talvez o próprio Buda visse como um desafio a ser vencido? Talvez eles amem essas pessoas simplesmente porque são capazes disso e aceitem voluntariamente o dever do combate emocional, uma vez que sabem, assim como Buda sabia, que o ódio não se vence com o ódio, o ódio é conquistado pelo amor. Os cães fiéis ensinam seus donos, mesmo aqueles que não são dignos de ser chamados de pessoas, a amar de novas e diferentes maneiras.
Como posso encontrar minha natureza de Buda?
MESTRE
Você não tem natureza de Buda.
DISCÍPULO
E os cães?
MESTRE
Eles, sim, eles têm natureza de Buda.
DISCÍPULO
Então, por que não tenho natureza de Buda?
MESTRE
Porque você precisa perguntar.
Os cães não têm simplesmente a natureza de Buda: sua própria natureza canina é natureza de Buda. E o que os torna pequenos Mestres Zen peludos, salivantes, latidores, pedintes, brincalhões? Bem, há um koan, ou ditado budista, do mestre Zen Shunryu Suzuki, do século 20, que o resume sabiamente: “Há algo de blasfemo em se falar de como o Budismo é perfeito como filosofia ou ensinamento se não se sabe o que ele realmente é.” A nosso ver, Suzuki não poderia ter dito melhor. Nunca deveríamos presumir que presumimos saber. E menos ainda um cachorro. E é exatamente esta a pista do Cão Zen. Mesmo nos piores dias de cão, os cães se sentam, param e abanam o rabo para expressar devoção, honestidade, lealdade, amor, compaixão e alegria – as mais puras qualidades Zen. Isso é tão visível quanto o focinho frio e úmido em suas caras. Os cães vivem o momento presente. A cada minuto que começa ou acaba com o próximo osso, bola, migalha de pão ou até com o cheiro realmente desagradável que venham a farejar, os cães vivem a verdadeira alegria da vida.
Certamente não foi obra do acaso terem sido os cães os primeiros animais a serem domesticados pelo ser humano e lhe terem permanecido fiéis desde então. Talvez seja por isso que não duvidam que têm um espaço garantido na cama – milhares de anos de serviço os tornam merecedores de pelo menos uma boa noite de sono. E, depois de um cansativo dia de trabalho, aqueles olhos puros, meigos, de cachorrinho olhando para você com devoção canina, atiram longe o estresse mais tenaz e o ânimo mais deprimido. E, quando o humor já está recobrado, fazem todo o possível para partilhar dessa felicidade – sobretudo se for a sua felicidade – com demonstrações de energia positiva, balançando o corpo e saltando de pura alegria.
Talvez um único ano de vida de um cão valha por sete anos humanos porque eles não têm coisas inúteis fervilhando em suas mentes, assim como podem armazenar sete vezes mais amor em um ano do que qualquer um de nós. Na categoria gosto-não-se-discute os cães ganham disparado. Quantas vezes você já viu cães amando incondicionalmente seus donos – mesmo quando são pessoas muito difíceis – de um modo que talvez o próprio Buda visse como um desafio a ser vencido? Talvez eles amem essas pessoas simplesmente porque são capazes disso e aceitem voluntariamente o dever do combate emocional, uma vez que sabem, assim como Buda sabia, que o ódio não se vence com o ódio, o ódio é conquistado pelo amor. Os cães fiéis ensinam seus donos, mesmo aqueles que não são dignos de ser chamados de pessoas, a amar de novas e diferentes maneiras.
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Os cães nos vêem como somos ou até mais profundamente; vêem-nos como podemos ser. A fidelidade de um cão ajuda-o a fechar os olhos para a feiúra das pessoas que o maltratam, vendo nelas apenas a beleza enquanto espera pacientemente que o seu lado melhor venha à tona. Se fôssemos suficientemente sábios para dar uma olhada nos espelhos da alma de um cão, veríamos que o amor ali refletido está diretamente voltado para nós.
*excertos do 1º capitulo*
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*excertos do 1º capitulo*
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maravilha de texto!!!
ReplyDeleteE a propósito já está editado o livro "O que é o Amor?"
vou voltar para ver melhor este texto.Gosto imenso de cães.
Um beijo para ti
Já sim Greentea! confere: http://anjonovalis.blogspot.com/
ReplyDeleteDepressa, porque ali os posts eliminam-se c/ novas postagens
Faz o download do 1º cap do 'cão zen'... ;)