Monday, December 31, 2007

Bom 2008! ;-)

alcançando 2008 com força e paz no coração (e coisas boas na mesa!)
;-P

Um bom 2008 a todo o mundo...

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Sunday, December 30, 2007

coisas importantes - sobre a Paz

imagem do blog shekynah, cheio de recados e lembranças bonitas...

Não se pode falar de educar para a paz se, em primeiro lugar, não se favorecer a análise da realidade. Abrir os olhos, ser capaz de reconhecer as contradições do mundo em que vivemos, é fundamental. Uma educação para a paz não pode ser um processo que leva, de alguma forma, a velar a realidade, a calar as diferentes vozes, particularmente as dos excluídos, a não enfrentar a desigualdade e a exclusão crescentes na nossa sociedade. O primeiro passo para uma educação para a paz é andar com os olhos abertos, não se negar a enfrentar a realidade por mais dura e desconcertante que seja e não querer “ proteger” as crianças e adolescentes da dimensão dura da vida. No entanto, não basta ser capaz de ver, analisar, conhecer, é necessário também se situar diante desta realidade, compreender os mecanismos que perpetuam a exclusão e as desigualdades e produzem violência, assim como os esforços de tantas pessoas, grupos, organizações para criar uma realidade diferente.

A paz não pode ser construída como um elemento isolado. É indissociável da justiça e da solidariedade. Paz, justiça e solidariedade constituem um conjunto e não se pode separar qualquer destes elementos dos demais. Querer a paz exige favorecer a justiça e construir solidariedade. A paz é um produto que se constrói com estes diferentes componentes. Não é somente uma meta a ser alcançada. É também um processo, um caminho. Neste sentido, é importante radicalizar a capacidade de diálogo e de negociação. Não construiremos a paz se não nos desarmarmos das nossas armas materiais, mas também se não desamarmos nossos espíritos, nossos sentimentos, tudo o que há em nós de negação do outro, de não reconhecimento, de prepotência, de exclusão dos “diferentes”. Para educar para a paz é fundamental desenvolver a capacidade de diálogo e de negociação sem limites. Sempre é possível conversar, expressar a sua palavra, resgatar o melhor de nossas experiências, ressituar as questões, construir plataformas de negociação no plano interpessoal, grupal e social. Trata-se de trabalhar muito a capacidade de escuta do outro, de deixar-se afetar, de repensar as próprias convicções, idéias, sentimentos, de desenvolver a capacidade de negociação, básica para construir com outros, conjuntamente. Em sociedades e culturas autoritárias como a nossa esta é uma dimensão fundamental.
[...]
Uma educação para a paz procura desenvolver uma cultura dos direitos humanos, que passa pelo reconhecimento da dignidade de cada pessoa, pelo resgate da memória histórica, por nomear os mecanismos que favorecem em cada um de nós e no corpo social as reações violentas, pela expressão de sonhos partilhados, pela construção de um horizonte comum de vida e de sociedade que assuma a diferença positivamente.
[...]
Uma quarta característica da educação para a paz é o reconhecimento da pluralidade. Não querer uniformizar, não querer que todos pensem da mesma maneira, nem atuem do mesmo modo. Supõe manejar a pluralidade e a diferença. Romper com o etnocentrismo, não hierarquizar os “outros”, pessoas, grupos sociais ou culturas, como inferiores ou superiores a mim, ao meu grupo ou cultura. Procura reconhecer a contribuição de cada um a partir da diferença. Uma educação para a paz supõe uma educação para o reconhecimento da pluralidade e da diferença, exige uma educação intercultural, que promova o diálogo entre diferentes grupos e culturas.
[...]
Aspiramos a um amadurecimento humano pleno que não esteja bloqueado pelo medo, a insegurança, a falta de confiança nos demais, por sentir-se excluído, pela falta de auto-estima e pelas diferentes formas de violência. A educação para a paz supõe liberar o dinamismo profundo de crescimento de cada pessoa e de cada grupo humano, indispensável para se assumir a vida como uma aventura positiva, para enfrentar riscos e empenhar-se em construir com outros novas possibilidades de futuro. A sociedade nova que sonhamos exige atores sociais comprometidos, processos coerentes com o que se pretende alcançar, que enfatizem métodos pacíficos e não violentos – a paz é processo e produto.

A paz é um modo de viver o humano, de enfrentar os problemas e conflitos, de promover uma maneira não violenta de lutar pelos direitos humanos, capaz de reconhecer o outro e de realizar ações e processos coletivos. A paz é responsabilidade de todos Governo e sociedade civil. Homens e mulheres. Crianças, adultos e idosos. Afrodescendentes, indígenas, brancos, mestiços, etc. Todos temos que expressar nossa voz. Somente na sinfonia de diferentes vozes podemos construir a paz.

( texto importado daqui )
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Thursday, December 27, 2007

Benazir Butho, hoje

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Hoje, Benazir Butho, antiga primeira ministra e candidata actual à presidencia do Paquistão não resistiu ao segundo atentado...
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Horas depois de recordar que toda a sua família foi sacrificada na luta pela democracia e de pedir ao povo que a "ajudasse" a "acabar por completo" com os terroristas.
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Tambem são palavras dela que "os terroristas não venceram"
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Esta batalha ela perdeu, mas por vezes ganham-se guerras, mesmo perdendo batalhas...
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Wednesday, December 26, 2007

notícias por aí II... - libertação eminente



A libertação eminente da assistente da candidata presidencial Ingrid Betancourt, Clara Rojas, e filho Emanuel, alem da ex-deputada Consuelo Gonzales -todos detidos pelos guerrilheiros das FARC na Colômbia desde 2001, está eminente segundo se notícia à vários dias na comunicação social...

Estou torcendo demais para que tudo dê certo e se conclua rápidamente; no caso de Ingrid Betancourt, segundo algumas fontes, tudo parece mais difícil, mas estou desejando fortemente que tambem a libertação chegue muito breve para ela e outros capturados/as.

Há fontes quem afirmam que tal libertação já ocorreu.

notícia

daqui: PNN
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notícias por aí... - 50 baleias-corcundas não serão capturadas

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Prova de que a união e acção produzem efeitos concretos... Fiquei contente com o facto de estes imensos guardiões dos mares poderem continuar a viver a sua longa vida em paz... mas preocupada com o destino das baleias da Antárctida...
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Hong-Kong - O Japão anunciou hoje que desistiu de caçar as 50 baleias-corcundas (Megaptera novaeangliae) previstas na campanha anual em curso depois de um coro de protestos internacionais, liderados pela Austrália. Esta espécie, conhecida também por baleia-de-bossas, já não é caçada há 40 anos, avançou a edição de hoje do Público online.

Esta é a primeira vez que o Japão faz uma concessão em matéria de caça à baleia, é considerada uma vitória para o novo Governo de esquerda australiano do primeiro-ministro Kevin Rudd.

«O Japão não vai caçar as baleias-corcundas», declarou aos jornalistas o porta-voz do Governo, Nobutaka Machimura, lembrando que a Austrália «expressou o seu forte descontentamento junto do Japão sobre este assunto» e acrescentou «Em troca, espero que isto se traduza numa melhoria das relações com a Austrália».

Apesar desta desistência, a campanha de caça à baleia lançada no mês passado na Antárctida vai mesmo continuar, com a morte de mil baleias, a maioria baleias-anãs (Balaenoptera acutorostrata). O Japão contorna a moratória internacional à caça à baleia para fins comerciais, em vigor desde 1986, alegando que as suas campanhas têm fins científicos.

Na Austrália, a organização Greenpeace comprometeu-se a manter as pressões sobre o Japão, lembrando que a frota da Antárctida mantém a intenção de matar 50 baleias-comuns (Balaenoptera physalus), o segundo maior animal do planeta, depois da baleia-azul (Balaenoptera musculus).

O Governo australiano enviou um navio de guerra desarmado e um avião de reconhecimento para vigiar a frota baleeira japonesa, que será seguida também por dois navios das organizações ecologistas Greenpeace e Sea Shepherd.

Para Junichi Sato, que coordena a campanha contra a caça à baleia para a Greenpeace japonesa, «isto prova que a pressão internacional pode ter sucesso».

O Governo australiano vai pressionar a Comissão Baleeira Internacional a proibir a caça para fins científicos e trabalhar para fortalecer uma coligação de países contra a caça à baleia, no seio da Comissão.

PNN Portuguese News Network
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Os Within Temptation: Angels ...

Belém 2007 d.C.


arte de Howard Weingarden

Não foi assim que Maria e José entraram em Belém, mas hoje é assim que lá se entra. Espera-se junto ao muro, uma desanimadora barricada de betão, com a altura de três andares, revestida de arame farpado.

Belém e Jerusalém distam entre si nove quilómetros e meio, embora a geografia comprimida e fraccionada da região as posicione em universos diferentes. Um bilhete-postal pode demorar um mês a viajar de uma cidade para outra.
Belém localiza-se na Cisjordânia, em território tomado por Israel durante a Guerra dos Seis Dias, travada em 1967. Trata-se de uma cidade palestiniana: a maioria dos seus 35 mil moradores são muçulmanos. Em 1900, mais de 90% da cidade era cristã.

Actualmente, apenas um terço da população continua a ser cristã, e essa percentagem vai diminuindo a bom ritmo, à medida que os cristãos partem para a Europa e para a América. Pelo menos uma dúzia de bombistas-suicidas são originários desta cidade e da região adjacente. A verdade é que Belém, a “pequena aldeia” venerada durante o Natal, é um dos lugares mais conflituosos do planeta. Situada na cintura semiárida que circunda o deserto da Judeia, a cidade ergue-se sobre várias colinas amplas, de topos planos e vegetação esparsa. As casas velhas são construídas em pedra amarela pálida, encavalitando-se ao longo de ruas íngremes e estreitas.

Numa banca de rua, um espeto com carne de borrego vai rodando, pingando gordura. Sentados em cadeiras de plástico, os homens beberricam pequenos copos de espesso café árabe. No ar, paira o fedor de lixo por recolher. Enquanto subimos penosamente a colina, apercebemo-nos da extensão do muro e mapeamos a sua expansão contínua – uma espécie de cobra cinzenta, entrecortada por torres cilíndricas de vigia, fechando metodicamente a cidade num abraço apertado.
No interior do muro, ao longo das fronteiras de Belém, ficam três campos de refugiados palestinianos, blocos quadrados de apartamentos construídos uns sobre os outros. Cada brisa que atravessa as vielas dos campos levanta os cantos de centenas de cartazes de mártires – jovens de olhar impassível, alguns empunhando armas de combate. Muitos foram vítimas das Forças de Defesa de Israel. Outros fizeram-se explodir contraum centro comercial, um restaurante ou um autocarro israelita. O texto dos cartazes, em língua árabe, exalta a grandeza destes feitos. Ao lado do muro, mas fora dele, dominando os pontos mais altos e as colinas circundantes, avistam-se colonatos judaicos em expansão, onde despontam gruas de construção, sintomas de crescimento febril.

A luz do Sol ao fim da tarde refulge contra os edifícios dos colonatos, como se Belém estivesse rodeada por um incêndio. No cume da colina principal de Belém, situa--se a Praça da Manjedoura, um largo com o chão empedrado em frente à Igreja da Natividade. A estrutura mais alta e mais destacada da praça é uma mesquita. Quase todas as lojas de recordações têm as montras tapadas. O turismo é escasso: os peregrinos religiosos são trazidos e levados em bandos pelos guias – uma paragem curta na Praça da Manjedoura, seguida de uma partida apressada colina abaixo e travessia do muro, com regresso a Jerusalém. Os hotéis estão quase vazios e poucos turistas passam aqui a noite. O desemprego em Belém, segundo estimativa do presidente da câmara, eleva-se a 50%.

(parte do texto com o mesmo nome de Michael Finkel no National Geographic deste mês)
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Saturday, December 22, 2007

Tarja, Forever!... :-)




Aqui num registo mais contido que o habitual, Tarja Turunen que certamente alguns lembram como a bela voz e presença feminina dos Nightwish...





site...

Friday, December 21, 2007

Year in Pictures

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um belíssimo slide para ver e ouvir...
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fotos surpreendentes : sports photos
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As 11 mulheres mais influentes de 2007


Em tempos de balanço, encontro as 11 mulheres consideradas mais influentes no ano de 2007...
da senadora Hillary Rodham a Tina Fey (a primeira redatora-chefe do programa SNL ,
tambem eleita uma das 50 pessoas mais bonitas do mundo)
passando por Benazir Bhutto , Pat Summitt e outras mulheres destacáveis nos seus campos de acção
e a acabar com J.K. Rowling...
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Thursday, December 20, 2007

Pensamos demasiadamente...

Pensamos demasiadamente
Sentimos muito pouco
Necessitamos mais de humildade
Que de máquinas.
Mais de bondade e ternura
Que de inteligência.
Sem isso,
A vida se tornará violenta e
Tudo se perderá.
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Desejos... e pedidos!

Feliz Natal para todos!


Para quem visita e para quem não visita assim tanto,

para todos uma óptima recta final de 2007 e um óptimo ano 2008!


se puderem, passem aqui e clikem

não só hoje, não só agora, mas todos os dia que puderem de 2008...

a nós não custa nada,

para eles é uma ajuda importante

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Wednesday, December 19, 2007

2008 - ano de Marte


O PASSADO É HISTÓRIA;
O FUTURO UM MISTÉRIO;
O PRESENTE UMA DÁDIVA (por isso se chama PRESENTE)
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Receber sabiamente e viver com intensidade essa bênção que é o presente, criar um futuro brilhante através de telas mentais e pensamentos positivos, transmutar e cancelar tudo que vier de negativo no mundo dos pensamentos deve ser uma constante na vida de todas as pessoas.
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2008 - Regido por MARTE.
Planeta da ação, da força e do poder, da iniciativa, da agressividade, da sexualidade, da competitividade nos esportes, dos empreendimentos arrojados, da luta pela sobrevivência, dos avanços em técnicas cirúrgicas, da ousadia na tecnologia bélica.
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TÔNICA PARA 2008.
• Sublimar a agressividade desenvolvendo a força espiritual.• Pontuar com muito carinho a constância na fraternidade.• Desenvolver a justiça em todos os sentidos, inclusive consigo mesma.• Responsabilidade pessoal com a flora e com a fauna.• Garimpar a serenidade nos momentos mais difíceis.
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KHAMAEL é o arcanjo de Marte.
Seu nome significa força e heroísmo. Remove todos os obstáculos que impedem o cumprimento das leis de Deus. Pilar do Rigor. Guardião dos animais, protege a perpetuação da espécie viva do Universo. Remove todos os obstáculos que impedem o crescimento das Leis de Deus.
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Regente de Marte e da terça-feira. Sua cor é a vermelha. Protege os nascidos nos signos de Áries e Escorpião. Marte é impetuoso e o seu arcanjo regente é arrojado e guerreiro. Tem poderes sobre os exércitos do astral. Comanda tudo para resolver rapidamente. Seu forte é a agilização. Se o problema é urgente, difícil, demorado ou de justiça, recorre-se a ele. Quando entra na briga, sai vitorioso, jamais perde a batalha. Age em situações de grande aflição, afasta más influências e age em problemas demorados com justiça. Protege contra perigos de fogo e contra a violência.
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Também limpa o campo áurico dos ambientes. Age também na busca de emprego, procura de vaga em hospitais. Protege engenheiros, caminhoneiros, metalúrgicos, cirurgiões, arquitetos, militares e viajantes.
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2008 - Regências e Correspondências.• Planeta: Marte• Dia da Semana: Terça-feira.• Cor: vermelha e escarlate.• Pedras: rubi, ágata vermelha, cornalina.• Animais: tigre, lobo, javali.• Incenso: canela, flor de laranjeira, verbena.• Metal: ferro.• Elemento: fogo.• Partes do Corpo: órgãos externos de reprodução, cabeça, cérebro, olhos, glóbulos vermelhos, nervos motores.• Vegetais e Ervas: cactos, alcaparra, gengibre, tabaco, cebola, pimenta, manjericão, noz moscada, alho, guiné.
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SUCESSO! FELIZ ANO NOVO!
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Tuesday, December 18, 2007

Instantâneos do mundo... da Unicef

La imagen de Ghulam, una niña afgana de once años sentada junto a su marido de 40, ha sido elegida como mejor fotografía del año por el Fondo de las Naciones Unidas para la Infancia.
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En segundo lugar, se ha reconocido el trabajo del bangladesí Bhuiya Akash sobre la explotación laboral de niños en su país.
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La imagen de Annalyn, una niña filipina que vive en una colonia de mineros cerca de Manila, ha recibido el tercer premio.

Daqui

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um livro invulgar



O médico alemão Hans Halter publicou um livro invulgar: após um trabalho de pesquisa, reuniu o que é atribuido como as últimas palavras ditas por por cerca de 150 personalidades conhecidas imediatamente antes de falecerem.

A obra de Halter se titula "Já cumpri minha missão aquí", que é tambem a última frase que se atribui ao génio da ciência Albert Einstein. Entre outras frases, figura a serena confirmação de John Lennon: "acertaram-me", pouco antes de morrer víctima dos disparos. Outros se despediram com frases românticas de amor, como a lenda do reggae Bob Marley, que, após receber sem êxito tratamento nuna clínica alemã contra o cancro, voltou moribundo de regresso a Jamaica e teve que fazer uma escala em Miami ao agravar-se seu estado: "Não chores, eu fico melhor e prepararei para ti um lugar no paraíso celestial" disse à sua mulher Cindy ou o assertivo "quisemos tudo e conseguimos, não é verdade?" de Marlene Dietrich...
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notícia
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Saturday, December 15, 2007

Song of Joy - Nana Mouskouri

as últimas vitímas...



Agora venho falar de outro tipo de vítimas...

As mais desprezadas de todas, porque não tem como agir, porque para muitos não interessam, não contam e há coisas mais importantes em que pensar...

Estou a falar dos animais

*Dos animais-não-humanos

*Parece haver sempre uma força de resistência, de inércia a qualquer modificação mesmo que seja para beneficiar a dinâmica da vida.

Tempos atrás, quando alguns loucos começaram a dizer que todo ser humano mesmo sendo de cor de pele e religião diferente devia ter os mesmos direitos à liberdade e bem-estar, foram ferozmente combatidos, houve guerras e dramas, mortos de ambos lados até ser do consenso comum a aceitação de que assim é...

*Quando as mulheres começaram a reivindicar o direito a uma vida própria e não a serem "propriedade" de alguém (não estamos esquecidos que em Portugal, país dito de brandos costumes, a mulher -só ela, precisava de autorização do marido para viajar para fora do país há bem menos de cem anos atrás...) não faltou quem achasse que estava tudo louco e a luta mais que justa era encarada e taxada da pior maneira

*O mais recente preconceito é o especismo: achar que o direito à vida em plenitude e bem-estar -dentro dos cânones naturais de cada espécie obviamente, é uma coisa supérflua e frívola, coisa de quem não tem mais que fazer e lá vem o argumento mais que batido -e rebatido!, de que enquanto houver criancinhas a passar fome no mundo, o animal maltratado ao nosso lado não interessa mesmo nadinha.

Especismo é achar que a nossa espécie tem mais direitos do que as outras espécies...

Pessoalmente parece-me um argumento o mais pobre de espírito possível: afinal qualquer atentado à vida está errado e o que está na nossa mão acudir em algum grau não deve ser negligenciado ou seria o tipo de raciocínio de que não vale a pena acudir uma criança porque há muitos velhinhos a passar mal ou vice-versa...

*Quando vamos ver quem fala assim, geralmente encontramos alguém que não faz nada, nem prática nem teoricamente, limita-se a criticar quem faz.

*Os animais domésticos viram muitas vezes saco do lixo das emoções doentias do seus donos

*os animais de criação para abate vivem vidas miseráveis em linhas de produção que os trata como objecto de lucro e não como um ser que sente e sofre

*nos laboratórios -em experimentos na maioria das vezes inúteis, o que lá se passa daria para fazer as delícias de qualquer psicopata sádico

*a industria de moda estimula procedimentos abjectos quando promove o uso de peles verdadeiras -uma beleza assente no sofrimento e morte

*A lista é longa, muito longa, para vergonha de toda a humanidade; são mil e uma torturas perpetradas pelo ser humano aos animais num completo desprezo pelos mais elementares direitos de vida em nome de vaidade, exibicionismo ou simples conveniência e muita, muita ignorância. Ignorância e cegueira de alma suficiente para achar que os animais existem para servir o homem...


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*Já perdi a conta das vezes que trouxe Peter Singer a este blog; professor, filósofo e vegetariano além de defensor incontornável e autor da Libertação Animal, mas deixo mais esta entrevista dele

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A verdade sobre o modo como tratamos as outras espécies que compartilham connosco o planeta: o vídeo premiado Earthlings (Terrícolas)

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Nana Mouskouri- The Rose

e para completar...

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Austrália: o sol brilha, mas não para todos...

...a trilogia de horrores bem actuais, além da descriminação sexual e da violência de género em clima de guerra (uma aberração nascida de outra aberração, espelho fiel do nível de perversão de quem protagoniza essas acções) não podemos esquecer a imensidão de algo tão absurdo e subterrâneo quanto a pedofilia...

Fui levada a esse tema ao procurar mais informação sobre o caso obnóxio noticiado muito recentemente na imprensa da juíza australiana Sarah Bradley que libertou (!) os nove arguidos de violação de uma menina aborígene de dez anos...

Eles confessaram o crime e ela, juíza, segundo o jornal que li noticiava, proferiu as seguintes palavras:
"acredito que a rapariga não foi forçada, provavelmente aceitou ter relações com todos vocês"
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
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Pequeno detalhe se calhar sem importância nenhuma: segundo o The Australian eles pertencem a uma das famílias mais poderosas de Cabo York
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A menina aborígene é de origens modestas.
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Pois.
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O primeiro-ministro Kevin Rud manifestou-se enjoado e atemorizado pelo caso e declarou a sua intenção de tolerância zero acerca deste tipo de acontecimentos
Dada a indignação não só na comunidade australiana mas também a nível mundial que o caso suscitou, ele não encerrará de modo tão injusto e as mais recentes notícias apontam para afastamento daquela juíza do caso.
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Recentemente vi um documentário acerca das prisões brasileiras...
da sobrelotação, do consumo de droga, das políticas e prepotências inter-presos e entre eles e guardas...
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Da absoluta ausência de qualquer critério que aponte um caminho de reabilitação, pelo contrário: mais parece um curso intensivo de criminalidade e de salve-se-quem-puder.
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Até aí já eu sabia como também sei que retirando raras excepções é o mesmo em quase todas as prisões na quase totalidade dos países
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mas dei comigo a pensar no caso da menina-do-Pará...
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se ela é deficiente -como dizem, prende-se um deficiente? junto com pessoas não-deficientes? e a confirmar-se a deficiência qual o grau de imputabilidade?
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é normal que uma juíza, que por motivos óbvios devia ter acrescida sensibilidade ao seu próprio género, coloque a jovem na prisão sabendo que ela só tinha população masculina?! e estava sobrelotada?
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e sabendo das sevícias de que estava a ser vítima, a manteve no mesmo lugar?!
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muitas pessoas sabiam do que se passava: visitas, guardas e os próprios presos durante longos dias, mas nada disseram
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por medo ?
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triste gente que tem medo de denunciar injustiças e correr riscos e nem dos mais elementares direitos sabe.
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Tudo o que de mau e injusto assistimos e não denunciamos nem combatemos dilacera-nos interiormente, porque os outros são tambem um pouco de nós, não somos sistemas fechados...
a factura desses silêncios aparece sempre, muitas vezes sobre a forma de doenças.
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além de que, numa óptica muito práctica, estamos a dar força à impunidade do transgressor
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mas voltando ao caso, não devia esta menina, ou quem a represente (afinal ela ainda é menor, mas não para ser presa!) processar todos/as os que a colocaram em tal situação?!
em última análise, o estado, que parece que coloca pessoas sem competência suficiente para os cargos que ocupa.
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Sabem o que motivou a prisão da menina ?
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pequeno furto.
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Enquanto isso arguidos de violação pedófila são libertados...
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Leiam este documento:
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Tuesday, December 11, 2007

Viagem guiada ao inferno


Este texto, de Eva Enseler, denunciador de uma realidade que continua a repetir-se, em quase todos os cenários de guerra, pode ser lido na íntegra aqui: Feminicídio no Congo - Um resumo do Conselho de Segurança das Nações Unidas

Volto do inferno. Procuro desesperadamente uma maneira para vos contar o que vi e ouvi na República Democrática do Congo. Procuro uma maneira para vos contar as histórias e as atrocidades, e ao mesmo tempo, evitar que fiquem abatidos, chocados ou afectados mentalmente. Procuro uma maneira de vos transmitir o meu testemunho sem gritar, sem me imolar ou sem procurar uma AK 47. Não sou a primeira pessoa que denuncia as violações, as mutilações e as desfigurações das mulheres do Congo. Existem relatórios a respeito deste problema desde 2000. Não sou a primeira que conta estas histórias, mas como escritora e militante contra a violência sexual contra as mulheres, vivo no mundo da violação. Passei dez anos a ouvir as histórias de mulheres violadas, torturadas, queimadas e mutiladas na Bósnia, Kosovo, Estados Unidos, Cidade Juárez (México), Quénia, Paquistão, Haiti, Filipinas, Iraque e Afeganistão. E apesar de saber que é perigoso comparar atrocidades e sofrimentos, nada do que eu tinha ouvido até agora era tão horrível e aterrorizador como a destruição da espécie feminina no Congo. [...]

Passei duas semanas em Bukavu e Goma a entrevistar as sobreviventes. Algumas eram de Bunia. Efectuei pelo menos oito horas de entrevistas por dia. Almocei e fui a sessões de terapia com estas mulheres. Chorei com elas. O nível de atrocidades supera a imaginação. Não tinha visto em nenhuma parte este tipo de violência, de tortura sexual, de crueldade e de barbárie. No Este do Congo existe um clima de violência. Nesta zona as violações tornaram-se, tal como me disse uma sobrevivente, um “desporto nacional”. As mulheres são menos que cidadãs de segunda classe. Os animais são mais bem tratados. Parece que todas as tropas estão implicadas nas violações: as FDLR, as Interahamwe, o exercito congolês e até as forças de paz da ONU. A falta de prevenção, de protecção e a ausência de sanções são alarmantes. [...]

Eu quero falar-vos da Noella. Mudei-lhe o nome para a proteger porque ela só tem nove anos de idade. A Noella vive dentro de mim agora, persegue-me, leva-me a tomar acções, a lembrar. Ela é magra, muito inteligente e viva. O dano está no seu corpo ligeiramente torto, envergonhado, preocupado. Ela sente a ansiedade nos seus pequenos dedos. Começa a contar a sua história como se ainda a estivesse a viver. Para ela o tempo parou. [...]

Eu estou aqui, como artista e activista, mas sobre tudo estou aqui como um ser humano destroçado pelo que ouvi na República Democrática do Congo.

mais



Eve Ensler é bastante conhecida entre nós através da peça teatral monólogos da vagina, adaptada por Miguel Falabella e já apresentada em Portugal recentemente.
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Sunday, December 09, 2007

...3

Vou a caminho do terceiro livro , Filhas do Deserto.

Ainda não li mas sei que é centrado na luta de Waris Dirie contra a MGF

A mutilação genital feminina continua a ser praticada não só em 28 paises africanos (A ONU estima que seis mil raparigas e mulheres sejam diariamente atingidas por ela) como tambem é praticada no Ocidente por emigrantes oriundos desses paises que não abdicam da tradição.

Tem sido particularmente importante a criação de leis específicas em cada país para proibir esta práctica, contrariando assim todos aqueles que invocam o direito constitucional de liberdade religiosa...

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É facil erguermo-nos e falar contra algo distante - é fácil falar da MGF para uma sala de estranhos [...]
Falar da MGF no Ocidente era fácil - a verdadeira batalha é na Somália. Alá conduziu-me de volta ao meu país para que eu pudesse saber o que tem de ser feito. Rezo para que ele me dê a para força para falar ao meu próprio povo de uma forma que possam escutar e compreender. A minha visita mostrou-me como será dificil as pessoas mudarem - mas estou cheia de esperança. Amo o meu país. Se me perguntarem neste preciso momento onde desejaria estar - cantarei sobre África. "Olá, África! Como estás? Eu estou bem e espero que tu tambem."

(excerto final de Aurora no Deserto)

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...2... Aurora no Deserto


Waris trabalha presentemente como embaixadora das Nações Unidas

Aurora no Deserto, nome do segundo livro é tambem o nome da Fundação criada por Waris Dirie entre outros objectivos tambem para proporcionar às crianças da sua amada Somália melhor saúde, educação e oportunidades e trabalha no terreno para junto com quem partilha a visão de Waris criar uma Somália sem fome, doença ou violência

Este segundo livro foca-se na recuperação da intimidade de Waris com a mãe, com quem tinha uma ligação especial e a toda a familia que tinha ficado para trás, na Somália, anos antes. Tambem os choque culturais estão presentes dentro e fora do clã, e o panorama social/politico não é dos mais animadores, mas Waris não é mulher de desistencia fácil...

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Nessa noite, à volta da fogueira, tivemos uma grande discussão acerca dos homens. Burhaan disse-me que a minha cunhada andava a perguntar por que eu não era casada.

- Não é assim tão fácil - disse eu. - Não é como se fosse um dos vossos camelos ou cabras. não se pode comprar e vender quando já não se quer.

Nhur limitou-se a olhar para mim e vi que ela não estava a compreender. É assim que eles são criados e é a unica coisa que sabem - obedecer a um homem. Nhur e a mãe perguntaram-me se eu tinha um bebé.

- Sim tenho um lindo rapazinho - disse-lhes.

- É parecido contigo? . perguntou a minha mãe.

- Em tudo - assegurei-lhe. Ela olhou-me e revirou os olhos para Alá. Não disse nada a não ser "Hum, hum"! mas todos riram, especialmente o meu pai. [...]

- Mas onde está o pai dele? - perguntou Nhur.

- Corri com ele da minha vida - respondi.

- Porquê? - gritaram em uníssono.

- Porque não me servia para nada na minha vida ou na do meu filho; pelo menos agora.

Riram-se todos daquilo, mas estavam chocados.

- Como é que fizeste isso? - perguntou Asha. - Ele não te expulsou? Pensava que era o homem que corria com a mulher.

- Não - disse eu.

A minha cunhada parou de rir e ficou muito séria. Disse:

- Aqui somos fracas. As mulheres deste país não podiam fazer isso.

- Irmã, eu nasci aqui - disse eu - Fui criada aqui mesmo como tu. Aprendi muitas coisas aqui, como a confiança. Tambem aprendi a depender de mim mesma. Não me sento e espero que outra pessoa faça alguma coisa; levanto-me e faço-a. Foi isso que aprendi aqui.

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Waris Dirie - 1, 2 e 3!



Saiu um novo livro de Waris Dirie que faz parte do meu pacote de escolhas para leitura próxima.

Recordo que Waris começou por escrever um primeiro livro, Flor do Deserto, em que relata um percurso pouco usual: a filha de nómadas na Somália, criada no deserto em completa liberdade a conduzir o gado e a adaptar-se ao fluir de cada dia, transforma-se numa muito bem sucedida mulher no mundo ocidental.

Aos cinco anos Waris é excisada e pode-se falar de um primeiro trauma, mas é aos doze quando o seu casamento com um homem de sessenta é negociado e imposto pelo pai a troco de 5 camelos, que Waris prefere fugir pelo deserto e arriscar-se a morrer, a obedecer ao que lhe é destinado.

Muitos acontecimentos vão ainda passar nas páginas deste primeiro livro, até chegar a Inglaterra, até ficar por sua conta, até iniciar uma bem sucedida carreira internacional como modelo de moda, com Waris sempre a defender-se física e mentalmente com um vigor e capacidade invulgares.

Mas é quando tem a coragem de contar a uma jornalista da revista Marie Claire os costumes bárbaros da excisão de que foi tambem vítima - que entretanto ela própria desfez clinicamente; e que continuam a matar ainda hoje (um pouco por todo o mundo, devido a algumas comunidades emigrantes) que a atenção internacional para este problema foi colocada em foco máximo em resultado da reportagem publicada.

Waris encontra finalmente o caminho de vida que hoje percorre e a leva como embaixadora das Nações Unidas a difundir a luta contra esse tipo de tradição assassina.

Talvez tenha sido para isso que a fuga no deserto com que este livro abre tenha contado com muita sorte e tambem a benovelencia de um leão que decidiu prescindir da refeição fácil...


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[...] entreabri os olhos e vi apenas uma coisa: a cabeça de um leão! Totalmente desperta e fascinada, senti os meus olhos abrirem-se desmesuradamente como se quisessem conter o animal inteiro que estava diante de mim. Tentei levantar-me, mas as minhas pernas fracas recusaram-se a obedecer-me pois não comia há vários dias. Deixei-me cair contra a árvore debaixo da qual me abrigara para me proteger daquele sol implacável em pleno meio-dia do deserto africano. [...] o leão estava tão próximo que sentia o seu cheiro almiscarado no ar quente.

[...] Não tinha nada para me proteger, nenhuma arma. Nem forças para correr. Mesmo na melhor das hipóteses, sabia que não conseguiria escapar ao leão subindo à arvore porque, como todos os felinos, era certamente um excelente trepador. [...] Não sentindo qualquer espécie de medo, voltei a abrir os olhos e disse-lhe: - Vem, estou pronta.

Era um belo macho, com uma juba dourada e uma longa cauda que abanava incessantemente para repelir as moscas. Tinha cinco ou seis anos era jovem e saudável [...] Durante toda a minha vida tinha visto aquelas patas atacarem zebras e gnus centenas de quilos mais pesados que eu.

O leão observou-me com os seus olhos de mel piscando suavemente. Fixei os seus olhos castanhos, e ele desviou o olhar. - Vamos, acaba comigo. - Ele observou-me de novo antes de desviar o olhar. Lambeu as mandibulas e sentou-se. Depois levantou-se de novo, caminhou diante de mim, para a frente e para trás, com um andar sensual, elegante. Acabou por se virar e afastar-se, certamente convicto de que os meus ossos tinham tão pouca carne que não valia a pena comer-me. Vi-o afastar-se com grandes passadas através do deserto, até a sua pele dourada se confundir com a areia

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Friday, December 07, 2007

Food of the Gods


Terence Mackenna visto por R Venosa

Do blog donde vem a imagem do post anterior, encontrei um tema com Terence Mckeena sobre quem eu já postei aqui faz tempo

O post, que fala sobre o falecimento dele em 2000, traz tambem uma entrevista que vale a pena ler.

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Terence Mackenna foi escritor, filósofo e dedicou-se ao estudo dos efeitos das plantas alucinogénicas na mente humana ajudando a desmistificar alguns tabus
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Deus?

Encontrei o texto na cora titulado de Por que Deus nunca chegará a ser professor titular ou pesquisador...

não pude deixar de sorrir bastante com algumas coisas...

...e resolvi importar para aqui essa graça:


1. Só tem uma publicação;

2. Esta publicação não foi escrita em inglês, e sim em hebraico (mesmo que tenha sido traduzida para vários idiomas);

3. A referida publicação não contém referências bibliográficas;

4. Não tem publicações em revistas indexadas, ou com comissão editorial, ou ainda com pareceristas;

5. Há quem duvide que sua publicação tenha sido escrita por ele mesmo. Em um exame rápido, nota-se a mão de, pelo menos, 11 colaboradores;

6. Talvez tenha criado o mundo. Mas o que tem feito, ou publicado, desde então?

7. Dedicou pouco tempo ao trabalho (apenas 6 dias seguidos);

8. Poucos colaboradores Seus são conhecidos;

9. A comunidade científica tem muita dificuldade em reproduzir Seus resultados;

10. Seu principal colaborador caiu em desgraça ao desejar iniciar uma linha de pesquisa própria;

11. Nunca pediu autorização aos Comitês de Ética para trabalhar com seres humanos;

12. Quando os Seus resultados não foram satisfatórios, afogou a população;

13. Se alguém não se comporta como havia predito, elimina-o da amostra;

14. Dá poucas aulas e o aluno, para ser aprovado, tem que ler apenas o Seu livro, caracterizando endogenia de idéias;

15. Segundo parece, Seu filho é que ministra Suas aulas;

16. Atua com nepotismo, fazendo com que tratem Seu Filho como se fora Ele mesmo;

17. Ainda que Seu programa básico de curso tenha apenas dez pontos básicos, a maior parte dos Seus alunos é reprovada;

18. Além das Suas horas de orientação serem pouco freqüentes, apenas atende Seus alunos no cume de uma montanha;

19. Expulsou os Seus dois primeiros orientandos por aprenderem muito;

20. Não teve aulas e nem fez mestrado com PhDeuses;

21. Não defendeu teses de Doutorado ou Livre Docência;

22. Não se submeteu a uma banca de doutos titulares;

23. Não fez proficiência em inglês;

24. Não existe comprovação de participação Sua em bancas examinadoras e de publicação de artigos no exterior.

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Para quem quiser abordar o conceito Deus numa vertente
mais séria e filosófica deixo este link...
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Sunday, December 02, 2007

Algumas das minhas escolhas para o natal...





sinopse



A edição de Dar a rir, uma iniciativa da Texto Editores e dos Médicos do Mundo, tem como objectivo angariar fundos para projectos desta organização de ajuda humanitária.

com muita vontade de ler o terceiro livro dela...
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Dez minutos vezes duas livrarias e olha o resultado! Devo ser das pessoas mais rápidas do mundo a fazer compras... mas garanto que as minhas escolhas foram de coração! :-)
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Creio...


Creio nos anjos que andam pelo mundo,
creio na deusa com olhos de diamantes,
creio em amores lunares com piano ao fundo,
creio nas lendas, nas fadas, nos atlantes;
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creio num engenho que falta mais fecundo
de harmonizar as partes dissonantes,
creio que tudo é eterno num segundo,
creio num céu futuro que houve dantes,
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creio nos deuses de um astral mais puro,
na flor humilde que se encosta ao muro,
creio na carne que enfeitiça o além,
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creio no incrível, nas coisas assombrosas,
na ocupação do mundo pelas rosas,
creio que o amor tem asas de ouro. Amén.


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corpo mapa-de-desejos


Angelina Jolie tem algumas tatuagens incomuns; algumas verdadeiramente bonitas como é o caso da Know Your Rights que lhe adorna a base do pescoço e interessantes como as cordenadas geográficas do local de nascimento dos vários filhos ou um tigre de 20 por 30cm de comprimento no final das costas

Junto ao ombro esquerdo, o que é dito ser um feitiço mágico Pali, segundo Angelina para sua protecção e do seu então único filho Maddox. Os caracteres gravados em Khmer dizem: "Permite que os teus inimigos estejam longe de ti. Se adquirires riquezas podem ficar tuas para sempre. A tua beleza será como a de Apsara (uma dançarina celestial na mitologia de Khmer). Onde quer que tu vás, muitos vão prestar-te atenção, vão servir-te e proteger, cercando-te de todos os lados."

Mas a lista é longa. Um pouco dela aqui
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Actualmente Jolie reserva um terço dos seus ganhos para causas humanitárias nas quais continua a colaborar activamente.

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Recentemente, a artista plástica Kate Kretz retratou-a na obra Blessed Art Thou simultaneamente como homenagem e critica à adoração das celebridades
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Saturday, December 01, 2007

O peluche...


Já ouviram falar do caso da professora inglesa a trabalhar em terra sudanesa?

Cometeu um erro: deixou que seus alunos chamassem Mohammed a um urso de peluche...

A comunidade religiosa local ofendeu-se, a professora foi despedida e está detida além de arriscar-se -segundo a lei local, a 40 chibatadas em público.

Um incidente diplomático, em última análise, que o governo do reino unido tenta agora sanar e repatriar rápidamente Gillian Gibbons de volta ao seu país.



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Gato

*
(Excerto de Alexandre O'Neill, Gato)
*
[...]
Não há unidade
como ele,
não tem
a lua nem a flor
tal contextura:
é uma coisa única
como o sol ou o topázio,
e a elástica linha em seu contorno
é firme e subtil como
a linha da proa de uma nave.
Seus olhos amarelos
deixaram uma única
ranhura
para lançar as moedas da noite
.
*
Oh pequeno
imperador sem orbe,
conquistador sem pátria,
mínimo tigre de salão, nupcial
sultão do céu,
das telhas eróticas,
o vento do amor
na tempestade
reclamas
quando passas
e pousas
quatro pés delicados
no chão,
cheirando,
desconfiando
de tudo o que é terrestre,
porque tudo
é imundo
para o imaculado pé do gato.
[...]
Eu não.
Eu não concordo.
Eu não conheço o gato.
Eu tudo sei, a vida e seu arquipélago,
o mar e a cidade incalculável,
a botânica,
o gineceu com seus extravios,
o por e o menos da matemática,
as depressões vulcânicas do mundo,
a pele irreal do crocodilo,
a bondade ignorada do bombeiro,
o atavismo azul do sacerdote,
mas não posso decifrar um gato.
Minha razão resvalou na sua indiferença,
têm seus olhos números de ouro.
*
*