Um bom 2008 a todo o mundo...
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Um bom 2008 a todo o mundo...
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La imagen de Annalyn, una niña filipina que vive en una colonia de mineros cerca de Manila, ha recibido el tercer premio.
*Quando vamos ver quem fala assim, geralmente encontramos alguém que não faz nada, nem prática nem teoricamente, limita-se a criticar quem faz.
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Este texto, de Eva Enseler, denunciador de uma realidade que continua a repetir-se, em quase todos os cenários de guerra, pode ser lido na íntegra aqui: Feminicídio no Congo - Um resumo do Conselho de Segurança das Nações Unidas
Volto do inferno. Procuro desesperadamente uma maneira para vos contar o que vi e ouvi na República Democrática do Congo. Procuro uma maneira para vos contar as histórias e as atrocidades, e ao mesmo tempo, evitar que fiquem abatidos, chocados ou afectados mentalmente. Procuro uma maneira de vos transmitir o meu testemunho sem gritar, sem me imolar ou sem procurar uma AK 47. Não sou a primeira pessoa que denuncia as violações, as mutilações e as desfigurações das mulheres do Congo. Existem relatórios a respeito deste problema desde 2000. Não sou a primeira que conta estas histórias, mas como escritora e militante contra a violência sexual contra as mulheres, vivo no mundo da violação. Passei dez anos a ouvir as histórias de mulheres violadas, torturadas, queimadas e mutiladas na Bósnia, Kosovo, Estados Unidos, Cidade Juárez (México), Quénia, Paquistão, Haiti, Filipinas, Iraque e Afeganistão. E apesar de saber que é perigoso comparar atrocidades e sofrimentos, nada do que eu tinha ouvido até agora era tão horrível e aterrorizador como a destruição da espécie feminina no Congo. [...]
Passei duas semanas em Bukavu e Goma a entrevistar as sobreviventes. Algumas eram de Bunia. Efectuei pelo menos oito horas de entrevistas por dia. Almocei e fui a sessões de terapia com estas mulheres. Chorei com elas. O nível de atrocidades supera a imaginação. Não tinha visto em nenhuma parte este tipo de violência, de tortura sexual, de crueldade e de barbárie. No Este do Congo existe um clima de violência. Nesta zona as violações tornaram-se, tal como me disse uma sobrevivente, um “desporto nacional”. As mulheres são menos que cidadãs de segunda classe. Os animais são mais bem tratados. Parece que todas as tropas estão implicadas nas violações: as FDLR, as Interahamwe, o exercito congolês e até as forças de paz da ONU. A falta de prevenção, de protecção e a ausência de sanções são alarmantes. [...]
Eu quero falar-vos da Noella. Mudei-lhe o nome para a proteger porque ela só tem nove anos de idade. A Noella vive dentro de mim agora, persegue-me, leva-me a tomar acções, a lembrar. Ela é magra, muito inteligente e viva. O dano está no seu corpo ligeiramente torto, envergonhado, preocupado. Ela sente a ansiedade nos seus pequenos dedos. Começa a contar a sua história como se ainda a estivesse a viver. Para ela o tempo parou. [...]
Eu estou aqui, como artista e activista, mas sobre tudo estou aqui como um ser humano destroçado pelo que ouvi na República Democrática do Congo.
Vou a caminho do terceiro livro , Filhas do Deserto.
Ainda não li mas sei que é centrado na luta de Waris Dirie contra a MGF
A mutilação genital feminina continua a ser praticada não só em 28 paises africanos (A ONU estima que seis mil raparigas e mulheres sejam diariamente atingidas por ela) como tambem é praticada no Ocidente por emigrantes oriundos desses paises que não abdicam da tradição.
Tem sido particularmente importante a criação de leis específicas em cada país para proibir esta práctica, contrariando assim todos aqueles que invocam o direito constitucional de liberdade religiosa...
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É facil erguermo-nos e falar contra algo distante - é fácil falar da MGF para uma sala de estranhos [...]
Falar da MGF no Ocidente era fácil - a verdadeira batalha é na Somália. Alá conduziu-me de volta ao meu país para que eu pudesse saber o que tem de ser feito. Rezo para que ele me dê a para força para falar ao meu próprio povo de uma forma que possam escutar e compreender. A minha visita mostrou-me como será dificil as pessoas mudarem - mas estou cheia de esperança. Amo o meu país. Se me perguntarem neste preciso momento onde desejaria estar - cantarei sobre África. "Olá, África! Como estás? Eu estou bem e espero que tu tambem."
(excerto final de Aurora no Deserto)
*Waris trabalha presentemente como embaixadora das Nações Unidas
Aurora no Deserto, nome do segundo livro é tambem o nome da Fundação criada por Waris Dirie entre outros objectivos tambem para proporcionar às crianças da sua amada Somália melhor saúde, educação e oportunidades e trabalha no terreno para junto com quem partilha a visão de Waris criar uma Somália sem fome, doença ou violência
Este segundo livro foca-se na recuperação da intimidade de Waris com a mãe, com quem tinha uma ligação especial e a toda a familia que tinha ficado para trás, na Somália, anos antes. Tambem os choque culturais estão presentes dentro e fora do clã, e o panorama social/politico não é dos mais animadores, mas Waris não é mulher de desistencia fácil...
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Nessa noite, à volta da fogueira, tivemos uma grande discussão acerca dos homens. Burhaan disse-me que a minha cunhada andava a perguntar por que eu não era casada.
- Não é assim tão fácil - disse eu. - Não é como se fosse um dos vossos camelos ou cabras. não se pode comprar e vender quando já não se quer.
Nhur limitou-se a olhar para mim e vi que ela não estava a compreender. É assim que eles são criados e é a unica coisa que sabem - obedecer a um homem. Nhur e a mãe perguntaram-me se eu tinha um bebé.
- Sim tenho um lindo rapazinho - disse-lhes.
- É parecido contigo? . perguntou a minha mãe.
- Em tudo - assegurei-lhe. Ela olhou-me e revirou os olhos para Alá. Não disse nada a não ser "Hum, hum"! mas todos riram, especialmente o meu pai. [...]
- Mas onde está o pai dele? - perguntou Nhur.
- Corri com ele da minha vida - respondi.
- Porquê? - gritaram em uníssono.
- Porque não me servia para nada na minha vida ou na do meu filho; pelo menos agora.
Riram-se todos daquilo, mas estavam chocados.
- Como é que fizeste isso? - perguntou Asha. - Ele não te expulsou? Pensava que era o homem que corria com a mulher.
- Não - disse eu.
A minha cunhada parou de rir e ficou muito séria. Disse:
- Aqui somos fracas. As mulheres deste país não podiam fazer isso.
- Irmã, eu nasci aqui - disse eu - Fui criada aqui mesmo como tu. Aprendi muitas coisas aqui, como a confiança. Tambem aprendi a depender de mim mesma. Não me sento e espero que outra pessoa faça alguma coisa; levanto-me e faço-a. Foi isso que aprendi aqui.
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[...] entreabri os olhos e vi apenas uma coisa: a cabeça de um leão! Totalmente desperta e fascinada, senti os meus olhos abrirem-se desmesuradamente como se quisessem conter o animal inteiro que estava diante de mim. Tentei levantar-me, mas as minhas pernas fracas recusaram-se a obedecer-me pois não comia há vários dias. Deixei-me cair contra a árvore debaixo da qual me abrigara para me proteger daquele sol implacável em pleno meio-dia do deserto africano. [...] o leão estava tão próximo que sentia o seu cheiro almiscarado no ar quente.
[...] Não tinha nada para me proteger, nenhuma arma. Nem forças para correr. Mesmo na melhor das hipóteses, sabia que não conseguiria escapar ao leão subindo à arvore porque, como todos os felinos, era certamente um excelente trepador. [...] Não sentindo qualquer espécie de medo, voltei a abrir os olhos e disse-lhe: - Vem, estou pronta.Encontrei o texto na cora titulado de Por que Deus nunca chegará a ser professor titular ou pesquisador...
não pude deixar de sorrir bastante com algumas coisas...
...e resolvi importar para aqui essa graça:
1. Só tem uma publicação;
2. Esta publicação não foi escrita em inglês, e sim em hebraico (mesmo que tenha sido traduzida para vários idiomas);
3. A referida publicação não contém referências bibliográficas;
4. Não tem publicações em revistas indexadas, ou com comissão editorial, ou ainda com pareceristas;
5. Há quem duvide que sua publicação tenha sido escrita por ele mesmo. Em um exame rápido, nota-se a mão de, pelo menos, 11 colaboradores;
6. Talvez tenha criado o mundo. Mas o que tem feito, ou publicado, desde então?
7. Dedicou pouco tempo ao trabalho (apenas 6 dias seguidos);
8. Poucos colaboradores Seus são conhecidos;
9. A comunidade científica tem muita dificuldade em reproduzir Seus resultados;
10. Seu principal colaborador caiu em desgraça ao desejar iniciar uma linha de pesquisa própria;
11. Nunca pediu autorização aos Comitês de Ética para trabalhar com seres humanos;
12. Quando os Seus resultados não foram satisfatórios, afogou a população;
13. Se alguém não se comporta como havia predito, elimina-o da amostra;
14. Dá poucas aulas e o aluno, para ser aprovado, tem que ler apenas o Seu livro, caracterizando endogenia de idéias;
15. Segundo parece, Seu filho é que ministra Suas aulas;
16. Atua com nepotismo, fazendo com que tratem Seu Filho como se fora Ele mesmo;
17. Ainda que Seu programa básico de curso tenha apenas dez pontos básicos, a maior parte dos Seus alunos é reprovada;
18. Além das Suas horas de orientação serem pouco freqüentes, apenas atende Seus alunos no cume de uma montanha;
19. Expulsou os Seus dois primeiros orientandos por aprenderem muito;
20. Não teve aulas e nem fez mestrado com PhDeuses;
21. Não defendeu teses de Doutorado ou Livre Docência;
22. Não se submeteu a uma banca de doutos titulares;
23. Não fez proficiência em inglês;
24. Não existe comprovação de participação Sua em bancas examinadoras e de publicação de artigos no exterior.
Actualmente Jolie reserva um terço dos seus ganhos para causas humanitárias nas quais continua a colaborar activamente.