*Sempre me chama a atenção esta frase quando visito o
blog dela:
*Lugar de mulher é de mãos dadas com todas as mulheres em qualquer lugar...*É de facto uma frase particularmente feliz... e tanto mais, quanto pouco real no nosso dia a dia mais comum, a lembrar a urgência de a tornar verdadeira...*Ela continua:*E através dessa rede de amor e solidariedade criar um novo modelo social de Vida, Harmonia e Paz para todos as mulheres, as pessoas, a Humanidade, todos os seres vivos e a Natureza... Uma energia de luz*Tambem não pude deixar de me lembrar desses dizeres ao ler no
Público de hoje, nas páginas
temas, uma reportagem sobre Clara Rojas feita refém junto com Ingrid Bettencourt sobre quem postei muito recentemente
*Alguns exertos (pode ler online o artigo completo), do artigo assinado por Alexandra Prado Coelho:
*O mistério de Emmanuel, nascido na selva, filho da refém e do guerrilheiro*De Emmanuel sabe-se pouco. Mas a criança de três anos, supostamente filho de uma relação consentida entre Clara Rojas, refém das Forças Armadas Revolucionárias Colombianas (FARC) desde Abril de 2002, e um guerrilheiro, tornou-se nas últimas semanas o mais dramático símbolo do conflito colombiano.
*
O que se sabe, então, do mistério de Emmanuel? As investigações da Procuradoria-Geral colombiana conduziram a um rapaz, Juan David Gómez, que no dia 15 de Junho de 2005 foi levado às urgências do Hospital de San José de Guaviare, com sinais de maus tratos. Segundo os médicos, a criança, que não teria ainda um ano, sofria de desnutrição, diarreia e paludismo, além de ter uma deficiência num braço.
*Citando uma guerrilheira chamada Solangie, o jornalista conta: "Foi um parto na escuridão, iluminado só pelas bombas que caíam sobre o nosso pedaço de selva, com o miúdo que não saía e a mãe implorando-me que lhe fizesse uma cesariana".
*Contou novamente que a criança teve problemas ao nascer e partiu um braço (Juan David também teria problemas num braço) e que não estava com a mãe. "Passou os primeiros dias com a mãe mas depois foi entregue a uma guerrilheira, "Rosa", que se encarregou dele, porque no acampamento era difícil aquecer-lhe um biberão e mudar-lhe as fraldas". Clara "gritava o nome do filho e pedia para vê-lo, mas eles não ligavam".
*A história de Emmanuel, menino nascido refém na selva colombiana, veio chamar a atenção para Clara Leticia Rojas, hoje com 44 anos, antiga candidata à vice-presidência da Colômbia, ao lado da candidata presidencial Ingrid Bentancout. Num retrato que faz dela a correspondente do diário espanhol El País em Bogotá, Pilar Lozano, os amigos e familiares descrevem-na como uma mulher discreta, séria, calada e muito estudiosa.
*A criança tornou-se um símbolo. "Se Emmanuel morrer", escreveu o escritor colombiano Héctor Abad Faciolince, será o fracasso da Colômbia. "Se Emmanuel não for para a escola e não crescer forte e saudável, seremos o país mais selvagem da Terra, o mais sujo, o pior".
*