Monday, January 14, 2008

penso como ela...

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Acredita profundamente no mérito técnico e científico dos portugueses e não percebe por que há tantos complexos a esse nível. “Cheguei a Bruxelas única e exclusivamente por mérito técnico e científico próprio. Nunca fui funcionária governamental e estava fora do país desde 1997. Só não faz caminho quem não quer. Não acredito em discriminação. E mesmo que ela exista, pode ser superada porque tudo na vida é superável.”

Penso como ela... e pelo menos no contexto ocidental, nas culturas democráticas (mais ou menos...), com maior ou menor esforço -porque as condições pessoais contam uma boa percentagem na facilidade ou dificuldade do caminho, a verdade é que existe sempre a possibilidade de cada um estabelecer as suas metas de vida sem prejuizo por género ou condição social.

Falo no contexto ocidental porque em certos lugares da terra nada se passa assim e nascer pertença de determinada classe social ou género faz toda a diferença e abre caminho para o ser humano dar largas à estupidez e maldade habituais...

Sem perder no entanto de vista outros modos de estar mais positivos sempre me delicio com que tem força interior e convicção suficiente para sem se deixar amachucar -e porque deixaria?! por modismos sociais, transgredir descontraidamente e levar a sua avante... muito longe!

Mulheres de todos os tempos,

como ela: ;-)

Eu cheguei até a saltar de trampolinzinho com esqui, mas eu era sempre posta pra fora, porque era proibido pras mulheres. Eu parecia menino, com aquela touca. E tinha um treinador pra todo mundo. As crianças faziam fila, ele ensinava e a gente saltava. Eu adorava aquilo. Então eu saltava, corria de novo pra fila e saltava de novo. Até que um ou outro garoto que me conhecia, me dedurava. Ele dizia: professor esse aqui não é menino não, é menina. Aí ele me olhava com aqueles olhos severos: é verdade que você é menina? Sou. Ponha-se fora daqui, você não sabe que menina não pode?
LOU: As meninas já eram discriminadas...

NORA: Aí eu ficava esperando que mudasse o treinador. Quando vinha um novo treinador eu me metia na fila de novo pra saltar. Eu sempre gostei de esporte, de tudo.

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