Tuesday, April 19, 2011

Casper - Quando Gato Vira Mestre de Gente


Casper, esse livrinho aí acima, conta a história de um gato com impacto mediático, na mesma linha de Dewey.

Casper, um belíssimo gato preto branco, tinha por curioso habito apanhar sempre o mesmo autocarro, sempre no mesmo horário e após 18 km de percurso, sair na paragem de regresso a casa.
A principio os donos, que o tinham resgatado de um abrigo e eram donos de muitos mais gatos, não sabiam de nada. Quando souberam, tentaram impedir temendo pela sua segurança, mas isso revelou-se impossível.

O Casper tinha aquela missão e pronto!

*
Então, a minha história é uma história feliz ou triste?
Perdoem-me por o dizer, mas acho que só um humano faria essa pergunta.
Todos nós temos um tempo, e o meu, com a minha mamã, com todos vocês, chegou ao fim.
... vocês, humanos, fariam bem melhor se se descontraíssem mais vezes.
... deleitem-se com um dia soalheiro, mas encontrem também contentamento nas gotas de chuva
... Enquanto estou refastelado ao sol na ponte do Arco-Íris, gostaria de vos transmitir as últimas palavras de sabedoria de um felino que conhece muito bem o que significa ter uma segunda oportunidade. Apreciem o que têm
... e percam sempre um momento, sempre, para admirar um belo gato ou gata, quando passar. Porque, quem sabe, pode ter alguma coisa para ensinar-vos...
Com amor
Casper

(in Casper de Susan Finden e Linda Watson-Brown)




O Casper morreu prematuramente, aos doze anos, dos ferimentos provocados por um atropelamento feito por um táxi que não parou, nem procurou prestar qualquer tipo de socorro.

Mas antes disso tocou positivamente a vida de muita gente de todas as idades e sua morte, quando ja era conhecido em todo o mundo por admiradores de gatos, provocou uma reacção aparentemente inimaginável.

Casper era acarinhado por motoristas da linha de transporte que ele usava todos os dias...
Aqui com Rob, o seu motorista preferido!

*
Pouco depois de Casper morrer ouvi falar da Ponte do Arco-íris. Sempre que existe uma estreita ligação entre um animal e uma pessoa, ele atravessa a ponte para esperar por ela quando a sua hora chegar.
...
Tinha umas decisões a tomar. A primeira era se queria ver a minha imagem e a de Casper nos autocarros, todos os dias. Karen, da First Devon and Cornwall, fora muíto solícita e preocupava-se que isso pudesse ser emocionalmente muito exigente.
...
Contudo quanto mais pensava mais achava que talvez fosse uma merecida homenagem a Casper. Ele adorava aqueles autocarros e as fotografias estavam esplêndidas, portanto decidi autorizar.
A outra decisão que tive de tomar foi em relação ao condutor que matara Casper.
... não há lei que obrigue alguém ao volante de um veículo a comunicar qualquer tipo de acidente com um gato, mas eu continuava furiosa com a injustiça da situação. Se o condutor tivesse aparecido a minha porta, eu ficaria perturbada, mas, se viesse para se desculpar, isso, creio, faria toda a diferença e ajudar-me-ia a pôr um ponto final na situação. Não consegui deixar de pensar que ele "escapara". Talvez não fosse a primeira vez que o fazia, talvez mais famílias tivessem sido atingidas pela sua negligência.
...
Há tantas pequenas coisas que me fazem sentir tanto a tua falta, Casper. Adorava ser capaz de te escrever um poema, mas não tenho esse dom. Apenas posso falar-te com o coração, coração que ainda tem as pegadas das tuas patinhas firmemente gravadas.
...
A sua vida mostrou algo nas pessoas, mas a sua morte revelou ainda mais. Eu nunca teria sabido como pessoas desconhecidas podem ser bondosas, de quanto consolo podemos receber de quem nem sequer conhecemos, mas cada dia traz consigo uma nova carta, mais palavras calorosas, e é como se Casper estivesse a falar comigo, dizendo-me que me aguentasse, que fosse corajosa e mantivesse a sua memória viva.
Portanto, obrigada, Casper, muito obrigada. Até um dia!

(in Casper de Susan Finden e Linda Watson-Brown.
Lucros de vendas são revertidos a favor de animais abandonados)


(este video foi encontrado aqui)

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