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Enterro da Violência e Plantação de um Portugal Ético
O que haverá de comum em cravar ferros no lombo de um touro, destruir matas e florestas para construir betão e lançar pessoas para o endividamento, o desemprego e a miséria?
O que haverá de comum entre poluir a água, o ar e a terra, explorar o trabalho precário e abater animais saudáveis em campos de tortura disfarçados de canis e gatis?
O que haverá de comum em baixar reformas e pensões já diminutas, engordar à pressa e à força animais em campos de concentração (unidades de pecuária intensiva) e promover um modelo de crescimento económico que devasta os limitados recursos naturais do planeta?
Nós respondemos: é a VIOLÊNCIA. E é isso que não queremos, em Portugal e no mundo. É por essa razão que o PAN vai iniciar a sua campanha eleitoral com uma Queima de todas as formas de Violência contra homens, animais e natureza, seguida da Plantação de tudo o que desejamos de melhor para Portugal, o planeta e todos os seres vivos.
Junta-te a nós no Largo do Camões, no dia 20, 6ª feira, às 18.00. Traz escrito numa folha de papel tudo o que queiras ver desaparecer e numa outra tudo o que desejes ver surgir de melhor em Portugal e no mundo.
[...]
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Muito a propósito transcrevo parte do comunicado do PAN sobre um reality show que corre actualmente num canal português em que reconheço todos os contornos anti-éticos e de apelo a violência apontados no texto abaixo.
Solidarizo-me 100% com a postura demonstrada nas seguintes palavras:
Declaração do PAN sobre o reality show "Perdidos na Tribo"
"Perdidos na Tribo" é mais um reality show emitido pela TVI que estreou no passado dia 8 de Maio de 2011.
Os concorrentes deste programa são 12 famosos (terminologia usada pelo canal de televisão) que terão de viver durante 21 dias com civilizações tribais espalhadas um pouco por todo o mundo.
(...)
As tribos que irão receber os intitulados famosos são a tribo Himba, situada na Namíbia, a tribo Nakulamené, situada em Vanuatu, no Pacífico, e a tribo Hamer, situada na Etiópia. Cada grupo de quatro concorrentes irá viver durante uma semana com cada uma das tribos, tendo de levar a cabo diversas tarefas.
Neste programa pode assistir-se a todo o género de chacinas e exploração de animais. Desde a sua matança, de forma cruel e indigna, a amputações e sangramentos, tudo vale para tentar aumentar as audiências. Muito do conteúdo deste programa é de uma violência absolutamente inaceitável. A apresentação das civilizações tribais como atracções circenses no contexto de um espectáculo em nada contribui para divulgar e valorizar a sua cultura ancestral, levando sim a uma mediatização que só poderá conduzir à construção de imagens estereotipadas de uma população primitiva, ignorante e desprovida de sentido ético.
O Partido pelos Animais e pela Natureza, um partido que defende os valores da ética — violada pela mediatização da violência como espectáculo —, da multiculturalidade — distorcida pela abordagem superficial e descontextualizada das civilizações tribais —, dos direitos dos animais — que ali são chacinados em nome das audiências — e do respeito ambiental — oportunidade perdida na transmissão das lições que modos de vida ancestrais mais próximos da natureza, que ainda perduram em algumas civilizações tribais, nos poderiam oferecer — não pode deixar de denunciar o potencial impacto negativo que este programa trará aos espectadores do nosso país.
(Leia o texto integral aqui)
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