Monday, December 06, 2004

Hoje, a última aquisição literária:



O último livro com que entrei em casa, poucas horas atrás: Eu, Safiya, escrito por Raffaele Masto, um jornalista particularmente atento ás questões africanas e frequentemente destacado para esse continente.

Suponho que muitos se lembraram do caso de Safiya Hussaini, (semelhante ao de Amina Lawal). Aldeã do Norte da Nigéria, condenada a morte por apedrejamento segundo a Charia * (lei islãmica) por ter tido uma filha fora do matrimónio.

Porque foi dada a conhecer ao mundo e teve um enorme impacto e mobilização internacional a favor da amnistia, Safiya está livre, pôde continuar a sua vida e cuidar da educação dos filhos, além de nos contar a história agora transformada em livro.

Vou no primeiro capítulo, na fuga da aldeia Tungar Tudu, pelo deserto com a pequena filha Adama, após saber da condenação á morte.

*A incompatibilidade da Charia com a Constituição do país é reconhecida oficialmente pelo governo nigeriano.
No entanto, o Presidente Olusegun Obasanjo nunca se manifestou contra os Estados que aplicam a lei islâmica, ou fez prevalecer a constituição.


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