E quando a astrologia olha para George W. Bush... :-)
As previsões divulgadas na edição de janeiro de Constelar começam a confirmar-se, graças ao limitado repertório de opções políticas do presidente George W. Bush (ao lado em ilustração de Carlos Hollanda). Se bem que símbolos astrológicos sejam abertos, oferecendo uma variada gama de possibilidades de tradução, Bush - ou Mr. Danger, como o provocativo presidente venezuelano Hugo Chávez prefere chamá-lo - comporta-se sempre de acordo com a possibilidade mais óbvia, num grau de previsibilidade que faz a alegria de qualquer astrólogo.
Vejamos o que foi dito sobre os Estados Unidos na edição de janeiro de Constelar (disponível na internet desde a virada do ano):
Trata-se de um mês (janeiro de 2006) perigoso para os EUA,
sendo que a ativação mais crítica é exatamente a Lua
progredida na 8 em oposição a Plutão radical na 2,
aspecto que costuma indicar a emergência de temores
ou suspeitas que alimentam um clima emocional propício
à tomada de decisões radicais ou baseadas na força.
O aspecto seguinte, que envolve Urano, apenas reforça
a tendência para ações intempestivas.
Efetivamente, foi um mês cheio de adrenalina. Precisamente em 20 de janeiro de 2006, data em qua a oposição da Lua progredida a Plutão se tornou exata, estourou na imprensa a revelação de que o Google, mais importante site de buscas do mundo, estava envolvido em uma queda de braço com a administração George W. Bush por ter-se negado a cumprir uma intimação do governo norte-americano que fere a política de privacidade da companhia. O governo exigia, segundo a Folha Online de 20/1/2006, "uma lista com todos os termos digitados na caixa de buscas durante uma semana específica". Além disso, o Google deveria repassar também "cerca de 1 milhão de endereços virtuais contidos em seu banco de dados e selecionados a esmo". Em outras palavras, Bush cobrava do Google uma colaboração direta para exercer controle (Plutão) sobre os interesses dos internautas (ou seja, cidadãos comuns - Lua) e sobre a troca de informações por meio eletrônico - censura, enfim. Seria a onipresença do Estado, tal qual o Big Brother imaginado por George Orwell em seu romance 1984.
A desculpa do governo não podia ser mais esfarrapada: o objetivo seria rastrear possíveis pedófilos em busca de pornografia infantil (uma desculpa "lunar", já que a Lua rege a infância...).
Dias depois o grupo palestino Hamas, de orientação bem mais radical do que o Fatah, que detinha o poder até então, ganhou as eleições para a renovação do parlamento da Palestina, com direito a formar um novo governo. Nada mais natural que Bush reagisse:
O presidente americano foi firme em relação
ao movimento radical Hamas, vencedor
das recentes eleições palestinas, reforçando
a necessidade de seu desarmamento e a
total rejeição ao terrorismo, da mesma forma
que exigiu que o grupo reconheça a
existência de Israel. (Folha Online, 31/1/2006)
Como o Hamas não reconhece Israel nem pretende abdicar do uso de armas, eis formada uma nova interface de conflitos, de desdobramentos imprevisíveis.
Voltando ao texto da edição 91 de Constelar:
O contato Lua-Plutão remete a questões
econômico-financeiras (casas 2 e 8),
incluindo bancos e fundos de pensão.
Fala também de empréstimos, de deficit
público e da estabilidade da moeda.
Considerando que os Estados Unidos tem
hoje o maior deficit público do mundo,
podem vir à tona revelações ou eventos
capazes de abalar a economia do país
e de levar o governo Bush a medidas de
emergência.
*
Agora, aos fatos. Se bem que não tenham ocorrido abalos imediatos na economia americana, janeiro de 2006 caracterizou-se por dois fatos que poderão trazer problemas num futuro próximo:
*
a) Bush reiterou em diversas ocasiões a disposição de não desocupar militarmente o Iraque, aproveitando para insinuar também a possibilidade de intervenção em outras regiões do mundo, como o Irã. A guerra vem-se constituindo num sorvedouro de recursos para os Estados Unidos, além de aumentar o já enorme deficit público do país.
a) Bush reiterou em diversas ocasiões a disposição de não desocupar militarmente o Iraque, aproveitando para insinuar também a possibilidade de intervenção em outras regiões do mundo, como o Irã. A guerra vem-se constituindo num sorvedouro de recursos para os Estados Unidos, além de aumentar o já enorme deficit público do país.
*
b) Alan Greenspan, 79 anos, deixou em 31 de janeiro a presidência do FED (Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos), após comandá-lo por 18 anos e meio. A propósito, a Folha Online publicou:
*
Economistas e governos prendem a respiração,
com a expectativa da troca, devido à incerteza
sobre a atuação do presidente do banco para
manter a estabilidade financeira americana - uma
das principais atribuições da instituição.
**
Contudo, outros assuntos tiveram destaque ainda maior para os Estados Unidos neste janeiro de 2006. Voltando ao texto da previsão de Constelar, edição 91:
*
Como a ativação de Plutão traz à tona suspeitas
reais ou imaginárias, e considerando o quadro
internacional vivido pelos Estados Unidos nos
últimos anos, pode ser o momento da eclosão
de novos atos terroristas ou de tomada de ações
militares com base em supostos perigos.
Mas qual inimigo, dos muitos que George Bush
cultiva, tem maiores chances de representar o
papel de Plutão para os Estados Unidos em
2006? Quem pensou no Irã tem boas chances
de estar com a razão (...).
*
O sempre previsível George W. Bush mais uma vez deu razão às previsões ameaçando Irã e terroristas da Al-Qaeda sem meias palavras:
*
"O governo iraniano desafia o mundo com
suas ambições nucleares, e os países do
mundo não devem permitir que o regime
iraniano tenha armas nucleares", defendeu,
acrescentando que "a América continuará
a reunir o mundo para fazer frente à esta
ameaça". (Folha Online, em 1/2/2006,
transcrevendo trechos do discurso anual sobre
o Estado da União, proferido por Bush na véspera)
*
Bush também disse que seu país continuará no
Bush também disse que seu país continuará no
Iraque "para ganhar", descartando "uma
retirada brusca" (...). "Uma brutal retirada
de nossas tropas do Iraque seria abandonar
nossos aliados iraquianos à morte e à prisão
(...) daria poder a gente como Bin Laden e
Zarqawi em um país estratégico, deixando
em evidência que a palavra dos Estados Unidos
vale pouco", acrescentou. (Idem)E, finalmente,
mais um trecho das previsões de Constelar:
*
Cabe observar ainda que, seja por progressão
Cabe observar ainda que, seja por progressão
secundária seja por arcos solares, o Sol dos Estados
Unidos entrou há pouco mais de um ano em Peixes,
depois de passar trinta anos em Aquário. O Sol em
Peixes dá uma nova coloração à política externa
americana, incorporando um forte elemento de
messianismo ("salvar o planeta" do "eixo do mal").
Ainda veremos muito George Bush defendendo o
que define como a "missão americana" de preservar
os "valores da democracia" ou coisa que o valha.
*
Agora, eis o que publicou a Folha Online de 31/1/2006:
Agora, eis o que publicou a Folha Online de 31/1/2006:
*
O presidente americano, George W. Bush,
vai reafirmar, no discurso do Estado
da União que faz nesta terça-feira, a intenção
dos Estados Unidos de "lideraros eventos no
mundo". "No exterior, nossa nação está
comprometida com um objetivo histórico, de l
ongo prazo: nós buscamos o fim da tirania no mundo. (...)
Não podemos abandonar nossos compromissos e
recuar para nossas fronteiras. Se deixarmos quem
nos ataca em paz eles não vão nos deixar.
Vão simplesmente mudar o campo de batalha para
nossa própria costa", diz o discurso.
Em resumo: mais uma vez George W. Bush se comporta
de acordo com o óbvio e dá razão às previsões mais pessimistas.
E é bom não esquecer que a oposição Lua-Plutão se mantém ativa
ainda durante algumas semanas, e que seus efeitos podem se
desdobrar ainda ao longo de alguns meses.
Em todo o período, é bom prestar atenção em Mr. Danger.
*
No comments:
Post a Comment