Foi com as palavras do título que tomei conhecimento da morte do coreógrafo francês Maurice Bejart hoje em Lausanne, Suiça.
São palavras dele:
"Converter-se é um verbo que não me convém", afirmou o artista em um livro de entrevistas chamado "Assim dançou Zaratustra" (2006).
"Encontrar-me com o Islã não me desviou um segundo de minha infância católica, não me impediu de ser um fervoroso adepto do budismo, nem me fez perder o amor por outras maravilhas do espírito. Vejo minha jornada espiritual como uma grande continuidade"
E definem-no assim:
«Muito progressista», Béjart preocupou-se com a defesa dos direitos dos artistas e a emancipação da classe artística
A propósito desta faceta de progressismo, Horta recordou o episódio protagonizado pelo coreógrafo francês no Coliseu, «no tempo de Salazar», quando «pediu um minuto de silêncio pelas vítimas da guerra colonial».
Em consequência desta atitude, Béjart foi intimado a deixar o território português.
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