*
Era uma vez um escritor que morava numa praia tranquila junto a uma colónia de pescadores. Todas as manhãs, passeava-se à beira-mar, para se inspirar, e, à tarde, ficava em casa a escrever.
Um dia quando caminhava na praia, viu um vulto que parecia dançar. Quando se aproximou, viu que era um jovem que apanhava da areia as estrelas do mar, uma por uma, e as atirava de volta para o oceano.
- Porque está a fazer isso? - perguntou o escritor.
- Não vê? - disse o jovem - A maré está baixa e o sol está a brilhar. Elas vão secar ao sol e morrer, se ficarem aqui na areia.
- Meu jovem, existem milhares de quilómetros de praia por este mundo fora e centenas de milhares de estrelas-do-mar, espalhadas pelas praias. Que diferença faz? Mesmo que volte a lançar algumas para o oceano, a maioria perecerá de qualquer forma.
O jovem apanhou mais uma estrela da areia, lançou-a ao oceano, olhou para o escritor e disse:
- Para esta, eu fiz a diferença.
Naquela noite o escritor não conseguiu dormir, nem sequer conseguiu escrever. De manhãzinha foi para a praia. Reuniu-se ao jovem e juntos começaram a lançar estrelas do mar de volta ao oceano.
* *
Espero que seja um dos (as) que querem que a sua presença faça deste Universo um lugar melhor. Assim sendo, aguardo a sua chegada para juntos, podermos lançar estrelas-do-mar para o oceano.
* (publicado no livro Comunicação Global-Neurolinguistica Aplicada à Comunicação)
*
No comments:
Post a Comment