Era uma vez, num lugar bem longínquo (e, ao mesmo tempo aqui), há muitos e muitos anos (e, ao mesmo tempo, agora), um grupo de cavaleiros viajando numa noite escura. Com seus cavalos já cansados, subiam uma montanha pedregosa e íngreme.
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A exaustão e o desânimo estavam presentes em todos membros do grupo. O desejo de todos era parar e dormir, mas a viagem não podia ser interrompida.
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Nisto, uma voz forte surgiu, vinda dor céus, como um trovão:
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-Desmontem de suas montarias, encham suas sacolas com as pedras que há no chão e remontem, continuando a viagem. Ao amanhecer, vocês estarão alegres e tristes ao mesmo tempo.
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Alguns desmontaram, outros não.
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Uns pegaram muitas, outros poucas pedras.
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Sem muita demora seguiram viagem.
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Ao amanchecer, conforme a voz anunciara, estavam alegres e tristes ao mesmo tempo.
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Alegres porque não eram pedras comuns: eram diamantes.
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E tristes, porque ficaram arrependidos de não terem recolhido maior quantidade.
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Assim é a vida.
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(história de Lair Ribeiro, num dos seus livros)
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uma entrevista com o autor
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