Os Gregos tinham duas palavras para designar o tempo, Kayros e Kronos. Quando participamos no tempo, perdendo, por isso, a noção da sua passagem, vivemos no Kairos: estamos totalmente absorvidos e vivemos no momento presente, que pode realmente estender-se por horas. Sempre que nos sentimos apaixonados pelo que estamos a fazer ou pelas pessoas com quem estamos, sempre que ficamos totalmente absorvidos, empenhados e fascinados, vivemos no Kairos.
A criatividade que brota do íntimo permitindo que a pessoa seja a alma através da qual surgem palavras música ou respostas, acontece no Kairos tal como quando escutamos palavras ou música que perecem expressões de nós próprios: "música tão profundamente ouvida que nem é ouvida, mas somos nós a musica enquanto dura a musica" (aspas citando T.S.Elliot-"The Dry Salvages",in Four Quartets).
O Kairos é um tempo que alimenta a alma. Para nós, tudo o que façamos em Kairos alimenta a alma.
É um estado de completa simplicidade [...] No Kairos, só existe o momento presente.
A segunda designação para o tempo, Kronos, refere-se ao tempo mensurável, aquilo que normalmente queremos dizer quando pensamos em tempo. É o tempo do calendario, o tempo do relógio[...]é aquilo que nunca nos parece suficiente para o que necessitamos de fazer.[...]Chronos é o tempo linear, que cobramos aos outros, e que é muitas vezes equiparado a dinheiro ("tempo é dinheiro").
"Até Ao Mais Intimo Do Ser"-Jean Shinoda Bolen
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