Friday, July 10, 2009

A Biblia e os Seus Segredos

Ao primeiro olhar o livro interessou-me moderadamente

A Biblia e os Seus Segredos

Peguei e tentei saber um pouco mais e, apesar de um pouco de pé atrás com o título sensacionalista, fiquei suficientemente interessada para o trazer para casa.

É escrito pelo escritor e jornalista Juan Arias, (entrevista) tido como profundo conhecedor e estudioso da realidade do Vaticano.

* * *

Durante séculos, a ninguém passou pela cabeça de que algo narrado na bíblia pudesse 'não ser verdade'. Esses escritos, que contam a aliança do povo de Israel com o seu Deus, foram considerados tanto pelo judaísmo como pelo cristianismo, como revelados ou inspirados por Deus. Por conseguinte 'tinham' de ser verdade. E, em caso de conflito, por exemplo, entre o narrado na Bíblia e o descoberto pela ciência, era a ciência que, necessariamente, estava errada.

Só com a chegada da revolução industrial e tecnológica, em princípios do século XVIII e com a diferenciação entre o secular e o religioso, houve estudiosos da Biblía - fora e dentro dos limites da Igreja - que comecaram a ver tais escritos com outros olhos, prescindindo do seu carácter sagrado
[...]
Na obra 'Bible Unearthed', sem dúvida o estudo mais moderno e melhor documentado sobre as origens do antigo Israel e dos textos biblicos, os seus autores, Israel Finkelstein e Neil Asher, escrevem, acerca do tema do êxodo do Egipto, uma das coisas mais polémicas sob o ponto de vista histórico: 'A epopeia da saída de Israel do Egipto não é nem verdade histórica nem ficção literária.

*

...mesmo dentro do mundo judaico, considera-se que a grande revolução de Jesus de Nazaré foi a sua luta a favor da igualdade da mulher.

Com simplicidade, o profeta esqueceu-se dos tabus que existiam no seu tempo contra as mulheres e tratou-as como seres humanos, com os mesmos direitos que os homens. Se era proibido falar com uma mulher na rua ou tocar-lhe, Jesus deixava-se abraçar mesmo pelas prostitutas. Se a mulher tinha um lugar reservado no templo, separada dos homens, se não podia estudar a Bíblia, Ele faz-se acompanhar por mulheres juntamente com os discípulos, [...] Se o adultério era castigado com a pena de morte por lapidação, Jesus, escrevendo com o dedo sobre a poeira das lajes da entrada do Templo, faz com que um grupo de velhos se afaste cheio de vergonha, eles que, para provocar a sua indulgência para com as mulheres, lhe trouxeram de rastos o corpo jovem de uma mulher apanhada em pecado, recordando-lhe que a lei ordenava que ela fosse apedrejada até à morte. Jesus salvou-a.(*)
*
...a história da igreja e dos seus bispos e papas está cheia de grandezas e de misérias. Poucos poderiam imaginar, por exemplo, como foi a tarde anterior à morte do Papa João Paulo I, que tinha sido eleito sucessor de Pedro trinta dias antes. Segundo o guarda-suiço que, por norma, passeava continuamente pelo corredor dos aposentos papais, houve uma disputa tão acalorada entre o pontífice e os cardeais da cúria romana no gabinete pontifício, que se podia ouvir ao longe os gritos e mesmo os murros que suas eminências davam em cima da secretária do Papa.

Se o que aconteceu naquela tarde - segundo alguns, aquela acesa disputa, esteve na origem do enfarte que o Papa sofreu durante a noite - talvez nunca o venhamos a saber. Sabemos, isso sim, que os cardeais tiveram com ele uma acesa discussão porque lhes tinha proposto algumas mudanças que não lhes agradavam. João Paulo I era um papa conservador na doutrina, mas muito lúcido no que se refere ao exemplo que a igreja devia dar ao mundo, especialmente no que concerne à pobreza. Parece que, naquela tarde, o Papa teria sugerido aos cardeais que abandonassem os palácios vaticanos, permitindo assim que uma instituição internacional ali se instalasse. A sua ideia era transferir-se com os seus acessores para um subúrbio pobre de Roma para dar o exemplo ao mundo. A ideia não deve ter agradado demasiado aos seus colaboradores, e é verdade que os gritos dos cardeais e os murros em cima da mesa de trabalho do Papa se podiam ouvir cá fora. Os apontamentos daquela turbulenta sessão de trabalho com os cardeais - e não o livro de orações de Tomás de Kempis (A Imitação de Cristo) - era o que João Paulo I tinha sobre a cama quando o enfarte o surpreendeu. Uma grande mágoa? Estas notícias publicadas no dia seguinte pelo diário espanhol El País, só foram confirmadas vinte e cinco anos depois; alguns acessores próximo do Papa misteriosamente falecido admitiram que tal discussão em tom muito elevado ocorreu de facto.

*
uma tese recente abalou a opinião pública em finais do século passado: o jornalista norte-americano Michael Drosnin trabalhara no Washington Post e no Wall Street Journal; segundo Drosnin o famoso matemático judeu Eliyahu Rips teria descoberto um código matemático secreto no texto original hebraico da Bíblia e esse código secreto permitiria conhecer ou predizer o futuro.

Drosnin não era crente, mas ele próprio, após anos de trabalho com Rips, encontrou no tal código, entre outras coisas, o anúncio do assassínio do primeiro-ministro de Israel, Isaac Rabin. E com mais de um ano de antecipação! O nome de Rabin aparecia apenas uma vez e estava cruzado com as palavras 'assassino que assassinará'; é o que se conta no popular livro 'O Código do Bíblia', traduzido em muitas linguas.

Perante tal descoberta, o jornalista foi até Israel para avisar o primeiro-ministro. fê-lo com uma carta entregue a Rabin pelo seu amigo e poeta Chaim Guri. O código da Bíblia anunciava que o primeiro-ministro ia ser assassinado no ano judaico que começava em Setembro de 1995. E ele morreu de facto vítima do atentado que se verificou a 4 de Novembro desse ano. Depois do assassínio, Drosnin foi convocado pelo novo primeiro-ministro, que o apresentou ao chefe da Mossad, os serviços secretos de Israel, para que lhes falasse do código em questão.

Trata-se, sem dúvida, de algo mais que uma simples fantasia. A descoberta do matemático israelita foi confirmada por outros importantes matemáticos de Harvard, de Yale e da Universidade Hebraica e foi repetida por um perito do Departamento de Defesa dos Estados Unidos. E a verdade é que o assassínio de Rabin não foi o único acontecimento encontrado no código secreto. Foram-no também a Segunda Guerra Mundial, o Holocausto, o escândalo de Watergate, a bomba de Hiroxima, a chegada à Lua e mesmo a colisão de um cometa com Júpiter.


* (através da conhecida frase -o que está livre de pecado, que lhe atire a primeira pedra)

3 comments:

  1. wickedlizard1:41:00 pm

    k interessante proposta! Adoro esse tipo de livro!

    Aqui vai uma

    http://www.anitadiamant.com/theredtent.asp?page=books&book=theredtent

    Adorei este livro. Acho que vais gostar tambem. :)

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  2. Já visitei o link e fiquei interessada: vou ficar atenta para o ler.
    Continuo sem conseguir comentar no opera... Grrr! a ver se descubro -e resolvo esse mistério recente.
    estive a ver os gatinhos maravilhosos que lá tens!
    :)

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  3. Que interessante, amiga. Fiquei curiosa. Sobre a descoberta deste codigo, fiquei sabendo a alguns anos e bem superficialmente e hoje com a leitura e mais dados, despertou a minha curiosidade. Fatos e fundamentações fadados a um longo ou eterno e obscuro silêncio estão saindo de um longo túnel. Ficamos as bordas deste para uma luz do lado de cá também. E creio que há que se estender e multiplicar descobertas para que não caiam na rede sensacionalista ou olhada como, impedindo a luz que será benevolente para todos nós.

    * Volto depois para ler os textos enxertados.


    Beijoooooooooo

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