Monday, July 20, 2009
mais um livro lido
O livro Michelle - uma biografia já está na secção dos lidos. Do todo, recordo algumas passagens que fizeram com que a parceria Michelle-Barack enquanto casal funcionasse e hoje seja uma realidade sólida:
"Houve um período importante de crescimento no nosso casamento [...] Ele estava no senado estatal, tinhamos filhos pequenos e era difícil. Eu estava a lutar para tentar que as coisas funcionassem para mim".
Michelle foi sempre hiperorganizada e uma pessoa que gosta de levantar cedo e assim decidiu passar a ir ao ginásio às quatro e meia da manhã, em parte para manter a forma, em parte para obrigar Barack a tomar conta das coisas em casa.
[...] Eu estava sentada com a minha bebé ao colo, zangada, cansada, fora de forma. Eram quatro da manhã, hora da bebé mamar. E o meu marido estava deitado ali, ao meu lado, a dormir". Ela percebeu que, se não estivesse ali, ele tinha de lidar com aquilo. "Quando voltava para casa depois do ginásio, as crianças já estavam levantadas e já tinham comido. Foi uma coisa que eu tive que fazer por mim" [...] Percebi que que não podia viver a vida cheia de ressentimento; isso iria destruí-la e envenenar a relação.
E algumas outras questões muito válidas para qualquer agenda de debate sobre a vida actual:
Uma semana ou duas após a vitória do marido, Michelle tentou acalmar a especulação e declarou que enquanto primeira-dama se perspectivava como "Mãe-em-Chefe". Em vez de acabar com a especulação esta declaração teve como efeito abrir a discussão entre as mulheres. Foi bom Michelle ter-se sentido obrigada a realçar o seu lado de mãe ou não? Há pouco mais de uma década a mulheres que trabalhavam sentiam que não se podiam dar ao luxo de referir o seu lado maternal. Será que isto é um progresso? [...] uma jornalista exprimia a sua preocupação afirmando a que aquilo a que estávamos a assistir era a uma "maternalização" de Michelle que, segundo ela, estaria a ser forçada a assumir um papel convencional e não ameaçador e a ser retratada pelos média como se a única coisa importante acerca dela fosse a sua capacidade de ser mãe.
"Eu preciso de poder tomar conta de mim e das minhas filhas [...] Tenho de estar numa posição em que se acontecer alguma coisa menos boa ou inesperada, quer dizer, onde é que essas pessoas que criticam a minha competência para fazer parte dos conselhos de administração vão estar se eu tiver de tomar conta das minhas crianças? [...] eu tenho de manter um certo grau de credibilidade profissional, não apenas porque gosto, mas porque não quero vir um dia a estar numa posição de vulnerabilidade com as minhas filhas"
Para as mulheres negras da América, é claro, Michelle Obama é um símbolo particularmente importante. Uma mulher tão forte, com opiniões e autoconfiante que tem uma relação de amor sólida com um marido que a respeita e admira é uma imagem sobre a qual uma série de jornalistas negras se sentiu impelida a escrever a seguir às eleições. "A nova primeira-dama vai ter a opotunidade de acabar com os esterótipos desagradáveis que existem ecerca das mulheres negras e, em geral, educar o mundo sobre a cultura negra americana", escreveu Allison Samuels na Newsweek num artigo intitulado "O que Michelle Obama significa para nós."
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