Sunday, November 21, 2004
Angustias e Stephen Hawking
A minha grande angustia aí pelos meus 5-6 anos (!) era a questão da infinitude do universo.
Sei que não é uma idade muito frequente para esse tipo de preocupações pelo que quero explicar que lá em casa conversas sobre coisas tipo anãs brancas, gigantes vermelhas, buracos negros, electrões, quasares e outros temas que tais eram habituais e motivo de duelos intelectuais frequentes que sempre me fascinavam quando os testemunhava.
Eu com a minha minúscula experiência de vida no planeta só tinha a noção de matéria finita: uma mesa começa num ponto e acaba noutro, mesmo algo realmente grande como um continente, um oceano ou até um planeta começam e acabam num dado ponto... e isso eu conseguia imaginar!
A impossibilidade de estabelecer um paralelo de infinito face á minha experiência com a matéria que eu tinha como finita, provocava-me uma angustia seguida de uma espécie de vertigem.
Acho que os meus neurónios de seis anos entravam em curto circuito por conta do espaço infinito!
Quando coloquei meu pai a par das minhas inquietações científico-emocionais, ele tranquilizou-me como sempre fazia, remetendo-me a mais informação. Lembro-me que forneceu á minha mente analítica alguns conceitos que mais tarde eu viria a encontrar ao ler “O Tao da Física” de Fritjof Capra em que a abordagem científica á matéria e o conceito de divindade se tocam subtilmente criando um ponto de união.
Encontrei este texto que acho interessante sobre a temática Deus/ciência.
E este ,
E este também com citações de Stephen Hawking, alguém por quem sinto muita admiração como ser humano e como cientista.
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