Hoje de manhã estive bem de frente para o mar, na costa do Estoril.
Só eu, mar, areia molhada e nuvens que corriam no vento, por alguns momentos.
Praia quase deserta, porque o dia estava com nuvens carregadas, desde ontem que chove por aqui, não estava frio mas algum vento.
Ao longe, e talvez pela proximidade da hora de almoço, um pequeno grupo de rapazes e raparigas muito jovens, saiam do mar nos seus fatos de borracha ainda escorrendo água, para se irem embora, devem ter estado a treinar surf toda a manhã.
(Que vontade de fazer o mesmo!).
Casais, solos, pequenas famílias, passeando seus cães, que visivelmente felizes, corriam atrás de bolas atiradas para divertimento e exercício.
Por momentos e porque o espaço livre era realmente bastante, fiquei simplesmente a observar as ondas até a mente ficar esvaziada dos vincos de pensamentos da semana carregada de solicitações externas.
Até a minha mente ficar tão plástica e fluida como os movimentos das ondas.
Até ficar tão disponível, energética e mutável como a enorme massa de água á minha frente.
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